O Caso JaDi

Parte 37 ( O amigo de seus amigos )

Janina desperta novamente no ambiente bem conhecido por ela; o salão cheio de pessoas deitas e conectadas ao (agora ela sabe) tal sino de socram número quatro.

Assustada, principalmente por ter se transformado naquela criatura, a garota examina seu corpo a fim de ter certeza que não teve sequelas de sua mutação. Em seguida, começa a desconectar o cabo em sua nuca quando alguém segura seus braços e começa a dizer:

- Bem que eu desconfiava que era você! E tenho certeza que Clarisse e mais alguém está lhe ajudando!

Intrigada com aquela situação, a jovem olha fixamente aquele figura, um senhor de rosto largo com cabelos grisalhos, nariz grande e usando um óculos enorme bem aredondado e verde. O homem então desconecta Janina enquanto fala a mais três outras pessoas, duas mulheres e um ancião, usando um tom de satisfação enquanto ergue o tronco da jovem sobre o leito:

- Vejam meus parceiros! Bem que eu disse que essa mulher é o vírus que está interferindo no nosso elísios de Ramos. Ela poderá destruir tudo que nosso mestre criou.

O ancião então diz com um sorriso macabro:

- O que está esperando para mata-la?

- É que eu estou receoso em...

Uma das mulheres, com aproximadamente
quarenta anos e de um corpo bem atlético, se aproxima do homem que segura Janina. Na sequência, ela retira um punhal preso a sua cintura, onde o apontando para a garota dizendo:

- Parece estar com medo Bruno!? Me deixe matá-la então!?

Os dois começam a discutir quem ira ceifar a vida de JaDi quando a segunda figura feminina; uma moça loira, alta, bela e bem jovem, corre na direção do leito de onde está havendo o atrito e; tomando o punhal da outra mulher de forma agressiva; começa a falar com uma expressão psicopática:

-Chega que enrolação vocês dois! Quem ira matá-la sou eu!

Nesse momento, o homem deita Janina a segurando fortemente pelos braços. Ele imediatamente manda a sua parceira mais nova matar a garota. Ela então se prepara para golpear a jovem no coração quando algo surpreendente acontece; Janina se desvencilha do cidadão e de forma muito rápida segura o punhal o entortando. Na sequência, ela dá um soco no rosto da mulher de uma forma tão forte que a mesma retorce o pescoço totalmente para trás onde o mesmo se quebra. Além disso, o corpo de sua vítima é arremessado sobre outros leitos em decorrência da pancada; chegando a derrubar diversos outras pessoas ali acopladas.

Assustados com o fato, Bruno, o ancião quando a mulher de meia idade; se afastam de Janina que também fica no mesmo estado, enquanto olha para seu punho tentando entender como consegui aquela força descomunal.

Furioso, o tal Bruno pula sobre a garota com as mãos na direção do pescoço dela. Mas antes mesmo dele conseguir agarrá-la; JaDi o apanha pelos pulsos. Ela começa a gira-lo, depois o arremessa contra a parede de vidro fumê que se quebra; deixado o corpo de Bruno estirado fora daquele ambiente.

Após o fato um alarme começa a tocar.

O ancião entra em desespero e saca uma arma atirando contra Janina que com um reflexo inimaginável se esquiva dos tiros. Bem assustada e respirando rápido, ela tenta encontrar uma saída para aquela situação quando; avista o punhal que havia entortado caído no chão. Janina se arrasta até o objeto o pegando, e com os olhos cheios de lágrimas pensa:

" Vou usar esse coisa contra esse velho louco! Apenas tenho de desentortar-lo! "

Sem dificuldades, a jovem desentorta a lâmina. Em seguida ela se levanta e ao avistar o ancião; arremessa o punhal contra o pescoço do idoso, o varando de um lado ao outro. (Tudo isso ocorre em poucos segundos).

Bem assustada, a mulher de corpo atlético, recua pedindo para Janina se afastar quando um tiro é disparado acertando a mesma em cheio na cabeça. JaDi se vira na direção do disparo e avista um senhor calvo com poucos cabelos grisalhos nas laterais, alto, forte, usando um imenso bigode, trajando um terno verde surrado e com uma grande arma em mãos.

- Quem é você?- Pergunta Janina bem aflita.

- O amigo de seus amigos. Astolfo. Ao seu dispor!

- Você acha que vou acreditar nisso? Fui recomendada para não confiar em ninguém!

- Eu sei. Berto, Clarisse, Renato e a fada azul devem ter dito isso a você. Como sei disso? Eu sou a mente principal por trás desse plano de acabar com essa carnificina criada pelo maldito...

De repente vozes e passadas começam a se aproximarem. Astolfo então corre na direção de Janina e a puxa pela mão até o leito dizendo:

- Deite-se. Irei acoplar você! Volta ao sino antes antes que os guardiões cheguem.

- E se eu não quiser!?

Com um sorriso o homem fala:

- Vou pedir para você me matar. Depois; sei lá o que ira acontecer com sua pessoa quando cair nas mão do ditador Ramos.

Mais uma vez Janina fica a mercer de um estranho que diz querer ajudá-la. Só que dessa vez esse estranho sabe muito sobre seus supostos amigos. Além do mais; sua intuição diz que algo muito ruim se aproxima enquanto aquele alarme continua a tocar.

(Agora o que realmente esta intrigante Janina é como ela pode está tão forte!? Se esse plano atual em que se encontra, é provavelmente o mundo real!).

Sem mais delongas, a jovem acompanha Astolfo até seu leito onde ele a acopla novamente, em seguida lhe joga um pó no rosto dizendo:

- Adormeça logo e siga o mais rápido possível para a floresta maldita. Qualquer dúvida minha filha lhe ajuda.

- Filha!?

Astolfo se afasta de Janina aproximando-se de um jovem ali deitado sem está acoplado. Ele então aplica um tipo de medicamentos no rapaz usando uma seringa, onde o mesmo começa a se retorcer adquirindo uma imensa forma mutante ( Um tipo de tubarão de penas com os membros de um gorila). Em seguida, Astolfo chama Renato e ambos empurram a criatura, ainda presa ao leito, pela porta de ferro verde o deixando no corredor onde Bruno está caído, ainda vivo.
Em seguida, os dois trancam o portão enquanto escutam diversos guardiões do ditador Ramos se aproximando.

Já quase perdendo os sentidos, Janina ainda consegue escultar gritos de desespero. Segundos depois ela adormece.