Parte 27

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Janina continua a cantar incessantemente belíssimas canções italianas, que deixam os zumbis da cidade dos mortos em sono profundo.

Ao percebe que todas as criaturas, até onde seus olhos conseguem ver, estão bem adormecidas; a garota se apoia no microfone de pedestal onde  sorri terminando a canção. Mas no mesmo instante os zumbis voltam a desperta, subindo no palco de forma rápida tentando atacar Janina, que recomeça a cantarolar.

Após quase uma hora de incessante cantoria, a garota resolve parar outra vez, ficando a torcer para as criaturas não despertarem. Mas o resultado é igual ao anterior, com isso Janina volta sua cantoria adormecendo os zumbis de novo; caídos bem próximos de seus pés. A garota fica em uma agonia profundo enquanto canta, tentando encontrar uma solução para essa nova situação desesperadora que enfrenta na maldita cidade dos mortos.

Janina então resolve apelar ao cinto mágico, e deseja ser uma mulher voadora com asas gigantes iguais a de um anjo, estar trajada com um vestido branco com uma áurea azul na roupa , longo, justo no busto e largo na cintura para baixo, possuir mil vezes sua força física e também ter um imenso martelo como arma com  poderosos raios de choque mortais. O cinto então realiza seu pedido. Mas mesma em sua nova forma, Janina já se encontra em baixo de centenas ou até milhares de zumbis.

Foi quando, de uma maneira espetacular, os zumbis começaram a ser lançados para todos os lados em decorrência de um redemoinho que se formara na base da torre.
( Esse fenômeno se deu por a garota girar feito um peão empunhando seu imenso martelo a frente do peito de forma horizontal).

Após ter se livrado de todas aquelas criaturas, Janina bate suas asas e decola verticalmente de forma super veloz na direção das nuvens.

Muito distante do chão ela procura pela luz verde e ao avista-la, dá um rodopio em torno de seu eixo se posicionando para seguir na direção do portal quando; algo totalmente inesperado e improvável acontece, alguém a segura pelo pé. Sem acreditar, Janina olha para baixo e avista um zumbi erguido por uma "montanha" formada dessas criaturas.

Sem delongas, a garota acerta o zumbi violentamente com seu martelo o arremessando muito longe, em seguida ela estende sua arma na direção da pilha feita daquelas aberrações, dando uma imensa descarga elétrica desfazendo o amontoado. Respirando fundo e com o martelo empunhado, a garota observa diversas outra torres gigantescas de zumbis se formando e vindo em sua direção. Ela então avança sobre todas começando a combatê-las.

A batalha é muito difícil, não pelo fato de serem uns mortos vivos e sim; pela quantidade de criaturas que estão atacando; onde ela tem a impressão que já são milhões.

Percebendo que será impossível detê-los, tando usando a força física tão quanto cantarolando em italiano, Janina tenta bater em retirada na direção da luz verde, só que durante seu voo em alta velocidade, ela percebe o chão crescendo e quando o mesmo está bem próximo; a garota vê que não é o chão que crescia e sim, uma montanha ainda maior formada de zumbis. Esse amontoado de criaturas a alcança, com vários  tentado puxá-la para enterra-lá naquela imensidão. Mas a jovem luta impedindo o fato, usando seus poderes elétricos quanto o martelo.

Uma batalha desvantajosa para a garota se estende longamente, pois quanto mais zumbis são eliminados mais aparecem. Quase se entregando aquela guerra infinita, Janina tem uma ideia suicida, dar uma descarga elétrica forte  tão intenso quanto um raio; de forma longa e contínua.

Usando seu martelo, a jovem se aproxima da imensa montanha de zumbis, colocando sua arma na direção de uma das criaturas que o apanha, percebendo que o zumbi segura firme a ferramenta, Janina  libera a descarga elétrica que pretende, mesmo sabendo que aquilo provavelmente ira mata-la pelo esforço mortal que ira realizar.

Um imenso raio de energia elétrica se forma em torno da corpo da garota, que ao passar pelo o seu enorme martelo atinge o zumbi que o segurava. Em seguida, os outros milhões começam a queimar e por fim explodem; formando uma nuvem de fogo e raios até todos serem desintegrados.

Após um tempo considerável mas não alongado, a fumaça abaixa, e caída no solo da cidade dos mortos próximo ao ônibus escolar está Janina, que mesma com aqueles poderes sobre-humanos encontra-se  acordada, consciente e bem cansada.

Com o corpo ainda esfumaçando e soltando raios de eletricidade involuntariamente, a garota se levanta cambaleando na direção do ônibus onde se apoia. Respirando forte, ela põe sua mão direita no rosto o esfregando onde pensa, dizendo bem baixo:

- Meu Deus! Que loucuras são essas que apareceram em minha vida? Um pesadelo infernal. Só que não vou me render e irei até o final com isso... Afinal? O que tenho a perder!?

De repente o ônibus começa a balançar e choros de crianças ecoam de dentro dele. Espantada, Janina corre na direção da porta do coletivo a abrindo e entrando onde se depara com as mesmas criança que havia visto antes; só que agora elas se encontram com diversos tentáculos em forma de veias ligando a varias partes de seus corpos no coletivo, além de umas as outros. Mas o que mais chama a atenção da garota é a carenagem interna do veículo, que parece um organismo vivo bem definido.

Assustada com a situação, a garota pergunta o que está havendo para as crianças. Elas então param de chorar direcionando olhares malignos enquanto dizem juntas:

- Maldita criatura do mundo vivo. Seu repúdio pelos nossos irmãos sem alma foi intolerável e nojento. Agora só resta a nós... Despertar o governador da cidade dos mortes para devorá-la e ressuscitar nosso povo. Que o grande senhor Matuzumbozo desperte.

- Hã!?

Essa é a unica fala de Janina, que de boca aberta fica horrorizada com aquele discurso tão quanto a cena.

Ainda parada no mesmo lugar, Janina é atacada por um desses tentáculo que quase a acerta, só que ela se esquiva jogando o corpo para trás saindo rapidamente do coletivo, bem assustada.

Já do lado de fora, a jovem  percebe que o ônibus começa a balançar muito de um lado para o outro quase tombando. Desconfiada com a situação, Janina abre suas imensas assas e voa meio metro acima do chão se deslocando para trás, pegando uma distancia considerável do coletivo. Com seu imenso martelo em punho reflete; já tomando uma posição de ataque:

"Acho que vou ter mais uma surpresa desagradável."

O ônibus então para de chacoalhar e começa, de modo metamórfico, se transformar em um imenso dragão, de proporções assustados onde Janina é obrigada a tomar muito, muito mais distancia.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora