Parte 38

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Janina acorda deitada no chão com a cabeça no colo de Clarisse enrolada um tipo de roupão de banho azul escuro. Bem assustada, ela se levanta rapidamente. Sua amiga faz o mesmo com uma feição de preocupação e medo.

Demonstrando um olhar de temor mas com um semblante de fúria; JaDi dá um tapa no rosto de Clarisse que diz:

- Eu compreendo sua raiva garota! Mais se disséssemos a consequência de nossa ajuda para salva-la daquele estado deplorável que você chegou após a transição... Jamais aceitaria essa opção.

- E a opção era me transformar em um mostro? - Grita a jovem apontando o dedo indicador no rosto de Clarisse.

- Sim. A unica solução era lhe transformar em um "humadronca".

Rindo de raiva, Janina da outro tapa no rosto de Clarisse, e após uma crise de riso fala:

- Mas que desaforo o seu hein "amiga!" Além de afirmar que a intenção era me transformar naquela "coisa!" Ainda me batiza na minha forma monstruosa! Ai... que lindo! que coisa fofa!

- Garota, eu compreendo sua ironia e raiva! Só que o sangue das droncas que aplicamos em você... Foi a unica saída para salva-la! Entenda!!!

Passando a mão no rosto e depois dando leves tapas na cabeça a jovem fala:

- Que dizer que aplicaram em mim o sangue daquele bicho que quase me matou?

- É.

- Aqueles bichos do demônio fedem morte! E se não fosse pelo finado Berto eu estaria no cemitério há tempos. E ainda tive de comer a tal carne super vitaminada e de gosto estranho daquela coisa. Agora por fim... Você e seu parceiro me transformaram em um deles! Vocês são dois desgraçados!

JaDi então faz menção de dar outro tapa em Clarisse, só que desta vez é contida. Segurando a mão da garota a mulher de forma angelical começa a falar:

- Deixe-me explicar o fato real antes que você arrebente minha "cara" há tapas. - A mulher solta a mão da jovem - Após sua transição feita pela fada, que eu conheço muio bem, a tua debilitação foi quase mortal... E o único jeito de salva-lá era lhe aplicando o sangue da dronca. Mesmo sabendo que você se transformaria em uma dronca-humana ou melhor... Uma humadronca. Mas sabendo de sua capacidade mental, resolvemos continuar com o procedimento. Por isso que eu quando o Renato, permanecemos no trailer para auxilia-lá a dominar essa sua mutação.

- Nossa!!! Obrigada então! Diz Janina usando sarcasmo - E agora me diga... Por que você e seu parceiro estavam tão bem... munidos! Seria para me matar?

- Sim. Caso você não controlasse a criatura teríamos de ceifar sua vida.  Se não sua mente viveria eternamente presa em um corpo independente quanto irracional. Mais alguma dúvida JaDi?

- Tá.... ta certo. Nesse lugar de maluco tenho de aceitar muita coisa. Mesma indignada e não querendo acreditar. Agora... Qual a possibilidade de minha pessoa se transformar naquilo?

- Todas. Por isso você tem de aprender dominar sua mutação. Além do mais... A humadronca poderá ser bem útil.

Rindo novamente Janina põe a não no ombro da mulher e diz:

- Clarisse, você acha que minha pessoa voltará a virar aquele mostro? Nunca!!! Nunca mais!

- Dizer nunca é um erro. Mas tomará que não haja um fato que exponha esse erro.

- Não haverá condição alguma para um fato desse se repetir.

- Se você diz JaDi... Quem sou eu para descordar. Agora me diga o que houve após seu desmaio? o Renato chegou a tempo para ajuda-lá?

- Não precisou, seu papai Astolfo me ajudou.

- Meu pai?! mais...

Clarisse então cai no chão de joelhos e começa a chorar. Sem entender o acontecido, Janina se agacha e de junto fala:

- O que houve? Por que ficaste assim quando disse o nome de seu pai?

Com um olhar de pânico, a mulher angelical olha para JaDi dizendo enquanto limpa as lágrimas:

- É que me pai falou... Que se  um dia ele saísse de seu posto de monitoramento, teríamos apenas quarenta e oito horas para por um fim nesse organização antes que eles descubram nossas intenções de eliminá-los.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora