O Caso JaDi

Parte 16

Janina apavoradíssima não para de gritar de baixo da mesa. Seu desespero faz seu corpo tremer e suar muito. Após uns quatro minutos o silêncio quase prevale-se, só é interrompido por fortes estalos que o edifício proporciona. A jovem com muita dificuldade pelo estado de nervos em que se encontra, começa a retirar a venda dos olhos.

A garota se depara com uma cena de destruição na sala do apartamento, móveis e objetos caídos e espalhados, uma imensa rachadura no chão quanto no teto com quase meio metro. A imensa janela da sala está quebrada assim como quase toda a parede em volta, proporcionando uma visão assustado da cidade, onde é possível avistar, mesmo ainda com alguma fumaça, incêndios e prédios caídos e desmoronando.

Janina sai de baixo da mesa se aproximando do buraco na parede. Olhando para aquela catástrofe, ela cai de joelhos no chão gritando fortemente pela mãe. Chorando muito, ela passa as mãos na cabeça fechando os olhos e pensando  "Não tenho mais razão em viver nesse mundo sozinha! Nem sei por que aceitei fazer o que aquela policial me pediu!  Mãe... Pai... Já estou indo ao encontro de vocês". Quando a jovem ia fazendo menção em se atirar do edifício, seu celular toca. Ela então se vira olhando na direção de seu quarto sem acreditar, mas ao prestar atenção no tipo do toque, se lembra que é o referente ao número do chip do Diogo.

Janina corre na direção de seu quarto, mas um grande tremor no prédio a faz perder o equilíbrio e cair dentro do vão no chão e ir parar no apartamento de baixo. Com a queda, um grande pedaço de vidro acaba fincando em sua coxa direita, mesmo com muita dor ela tenta se levantar; mas por causa do ferimento não consegue andar sem sentir o vidro cortar sua carne. Ainda sim no andar de baixo, ela continua a ouvir bem longe o celular tocando.

Sem opção, a jovem agarra o caco de vidro que está em sua ferida e o puxa de uma só vez; a dor chega a ser tanta que seu grito é estridente. Chorando Janina se levanta e mesmo com o sangue esguichando de sua perna consegue andar sem tanta dor extrema.

A garota então chega até a porta só que a mesma esta trancada. Ela começa a dar ombradas mas não obtêm sucesso, depois inicia uma procura em torno do apartamento. Ela vê um telefone fixo e corre para usa-lo só que, ao colocar o fone no ouvido percebe que não a linha. O desespero aumenta ao perceber que não a mais som nenhum vindo de seu apartamento acima. Perdendo muito sangue ela volta até a porta e repete o ato de ombrear a mesma quando um outro tremor, bem mais intenso sacode o edifício derrubando a parede do apartamento com porta e tudo.

Com a mão na ferida da perna e mancando, Janina sai andando de forma rápida pelo corredor até as escadas, pois ao passar pelos elevadores viu que não estavam funcionado devido a queda de energia. A jovem começa a subi-lás para o andar superior com o intuito de apanhar o celular quanto outro tremor a derruba escadaria a baixo, voltando ao andar que se encontrava. Ainda muito trêmula Janina respira fundo e pensa - "É melhor eu sair desse inferno antes que o prédio desabe. Tenho de ir procurar o Diogo... Com certeza ele deve está vivo. Se eu estou viva por ficar escondida de baixo da mesa!... Ele também deve está! Ainda mais tentado me ligar!"-

Janina começa a descer o edifício pela saída de emergência, com bastante dificuldades por conta de entulhos, decorrentes dos tremores, que estreitam as passagens. Algumas portas de acesso aos andares emanam  muito fogo. Tudo isso na escuridão; além da dor e do medo.

Depois de um bom tempo a garota finalmente chega no térreo. Ela segue na direção da portaria e finalmente pisa na rua, onde pouco se vê devido as imensas nuvens de poeira. Pensando em algum lugar seguro longe das grandes edificações, Janina de lembra do parquinho onde encontrou Diogo, pois lá é um ambiente aberto sem muitas construções por perto. A jovem então com a mão na ferida que já não sangra tanto, começa a se locomover até o parque.