His Daughter - SwanQueen

5. Começo do fim

Após finalizarmos as últimas três entrevistas, são quase 17h. David e eu decidimos estender nosso expediente até as 19h hoje, já que conseguimos contratar um novo mestre de obras e já decidimos acertar com ele o novo serviço, que será reparar o prédio comercial do Sr. Gold.

Finalizamos a contratação, marcamos uma reunião com Gold ainda hoje e já aproveitamos para analisar mais uma vez o desastre das paredes. Após acertarmos tudo que será feito, estamos voltando para URBAN para nossos últimos trinta minutos de trabalho, quando o celular de David toca.

- Atende, por favor, e coloca no viva-voz. - Pede, concentrado no trânsito, e assim o faço. Ele parece não estar interessado em bater ou sequer arranhar a sua Evoque.

- "Onde você tá, papai?" - Peste Swan, quem mais seria?! Reviro os olhos só de ouvir sua voz.

- Oi, querida! Ainda estou trabalhando, estamos chegando na URBAN. Mas logo vou pra casa.

- "Estão?"

- Sim, Regina e eu...

- "Mas é claro" - Pelo seu tom de voz, acredito estar revirando os olhos, o que me irrita absurdamente, apesar de eu estar fazendo o mesmo agora. - "Então tá, era só pra avisar que já estou em casa."

- Está bem, eu já chego. Até daqui a pouco. - David se despede e a Peste encerra a chamada.

Se meu humor já estava péssimo, agora está muito pior. Eu realmente achei que depois desses dois anos, a criatura estaria mudada e fazendo jus a idade que tem, mas estava terrivelmente enganada.

Se ela realmente continuasse me ignorando, talvez eu conseguisse também ignorar a sua presença irritante, mas algo me diz para não cantar vitória antes do tempo.

Chegamos na URBAN e fomos para a sala de David. Eu dispenso Belle no horário normal e estamos apenas nós dois e os seguranças. Combinamos de supervisionar a reforma no prédio do Sr. Gold pessoalmente e iremos nos revezar para que em momento algum a obra fique sem supervisão.

Depois de uma parte do problema já resolvida, vou para casa. Para minha quase surpresa, Robin não está em casa e eu não me importo nada com isso, é até melhor que eu dormirei tranquila.

Devido ao dia de trabalho cansativo, dormi rápido e tive uma noite de sono tranquila. Na manhã seguinte, visto uma roupa menos formal, pois irei à obra. Um jeans, uma camisa social cinza com a logo da URBAN e minhas botas.

Chego na URBAN, passo na minha sala, como é de costume, cumprimento Belle e logo saio em direção a sala de David.

- Bom dia, está pronto? Podemos ir? - Pergunto, já invadindo a sala. Não temos muita cerimônia um com o outro.

- Bom dia, vamos sim, só me deixa terminar de analisar esse último orçamento que você me entregou ontem e já vamos. - Responde, ainda concentrado no seu computador. Eu me acomodo na cadeira em frente à sua mesa e começo a mexer no celular que de repente começa a tocar.

- Oi, Belle... - Atendo.

- "Regina, o Sr. Robin está aqui na sua sala, completamente bêbado e gritando por você" - Responde, uma Belle aterrorizada.

- Ele tá o quê? - Altero o tom de voz, já saindo do sério. - Não é possível, de novo não! - Levo as mãos a cabeça, lamentando. - Já chego aí.

David me encara tentando entender o que está acontecendo.

- O que houve? - Pergunta, aflito.

- Eu juro que vou matar o Robin. Acredita que o imbecil está na minha sala, completamente bêbado? - Novamente levo as mãos ao rosto. Haja Rivotril. - Só matando ele pra me livrar desse castigo. SÓ MATANDO!!! - Grito as últimas palavras e me levanto para resolver esse problema, mas David me impede.