15.A filha dele

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Você já sentiu a sensação de que aquilo que você estava vivendo não era real? Como se você fosse piscar os olhos e não estaria mais ali? Com os lábios ágeis de Emma, a pressão que ela fazia entre minhas pernas com seu próprio corpo, é exatamente assim que eu me sinto.

Na hora do susto, eu não reagi, fiquei apenas parada, deixando ela me beijar, mas após alguns segundos sentindo todo o desejo que ela estava jogando em mim com seus toques subindo por dentro da minha blusa e naquele beijo rápido, desejo esse que eu nem sabia que existia, eu me juntei a ela, fechando os olhos e me rendendo.

Eu tento pensar, pensar no porquê, mas quando ela coloca sua língua entre meus lábios, eu não quis mais pensar no porquê, somente deixo que a dela encontrasse a minha, e continuasse me beijando. Quando Emma soube que eu estava entregue, ela afasta sua boca da minha e desce em pequenos beijos até meu pescoço, meu ponto fraco. Fecho os olhos e mais uma vez deixei que ela continuasse, está quente, gostoso, não quero que ela pare. Emma beija meu pescoço como estava beijando minha boca, sua língua está quente e é tão macia. Foi impossível conter o gemido, quando ela suga aquela área extremamente sensível e involuntariamente, passo meus braços em volta de seu pescoço, aproximando ainda mais o seu corpo do meu, se é que isso era possível. Talvez aquele meu gesto tenha deixado claro que ela estava sendo correspondida e com isso, sinto sua mão deslizar dentro do tecido fino da minha blusa, se posicionando em meu seio coberto pelo sutiã.

"Ousada demais... Peste."

Mas não recuo ou impeço aquele toque. Ela passa a apertá-lo com uma força moderada, enquanto me olhava. Me deparei com seus olhos verdes em chamas, me encarando de volta. Mordi o lábio para prender o gemido que tentou sair quando ela pôs a mão por dentro do sutiã, onde esperou antes de voltar a apertar.

Era tão estranho pra mim deixá-la fazer isso, era tão estranho eu estar gostando. Simplesmente eu nunca havia sequer imaginado a possibilidade.

Emma volta a me beijar, desta vez mais lento, mais molhado. Coloco minha mão por cima da sua, incentivando-a a continuar os movimentos quando ela diminuiu o ritmo. Emma me atende, depositando uma força maior no meu seio, e com sua outra mão, ela segura meus cabelos, me mantendo parada enquanto ela me beijava.

E então tudo ficou claro, aquela era a sua maneira de me mostrar que já não é mais uma criança. Era tudo um jogo pra ela.

Já chega...

Antes que eu pudesse me afastar, Emma o faz primeiro, sai de cima de mim, ficando sentada em suas pernas. Continuou me olhando, enquanto limpava os vestígios do meu batom vermelho de sua boca. Seus olhos me encaravam com raiva, sua expressão era um misto de coisas que eu não conseguiria nomear no momento.

- Era isso que iria acontecer... - levanta-se e caminha em direção a parede de vidro da sala de David. Eu imediatamente me sento, com a respiração ofegante, tentando processar. Precisei de alguns segundos para me situar e poder raciocinar direito. Após um silêncio um tanto bem vindo, consigo voltar a mim e entender algumas coisas e limpar o batom borrado da minha boca o máximo que consigo. Sorrio para mim mesma e caminho até onde Emma está.

- Achei que você fosse mais esperta, Swan... - seu olhar perdido encontra o meu. Talvez sua impulsividade tenha vendado seus olhos, a impedindo de enxergar aquilo que ela havia feito. - Obrigada por entregar em minhas mãos um argumento bastante convincente contra você.

- Ah, é mesmo? Qual seria? - fica diante de mim, novamente com ar de superioridade, cruzando os braços. Mas sua tentativa de me impor medo, é extremamente falha.

- Conte para o seu pai o que você ouviu naquele dia e eu conto o que acabou de acontecer aqui. Já que não terei mais nada a perder... - não espero por uma resposta e caminho até a porta e destranco. Mas antes de sair, me volto para a Peste, que ainda estava na mesma posição, porém com uma expressão ainda mais furiosa. - E mais uma coisa, nunca mais volte a se aproximar de mim e muito menos me tocar. Posso fazer você voltar pra França rapidinho. - com isso, saio da sala e caminho em direção a minha.

His Daughter - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora