20. Natal: Brisa do Mar

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Demorei alguns segundos para entender a quê ela se referia. Para falar a verdade, eu entendi somente quando seus braços envolveram minha cintura, puxando-me contra si com força. Sem pedir autorização, Emma encosta seus lábios nos meus.

Ela mantém uma mão em minha cintura, juntando nossos corpos e com a outra fechou a porta rapidamente, entrando de vez no meu quarto. Ela me empurra para trás, ainda me beijando. Com sua mão agora livre ela adentra meus cabelos com os dedos, daquele jeito que ela sempre faz e eu sempre me arrepio por inteira.

Cedi fácil, afinal eu queria aquilo. Eu não posso querer, mas eu quero. Cruzo meus braços em volta do seu pescoço, garantindo que ela não se afaste. Iniciamos um beijo urgente, com desejo, nossas línguas estão em contato e se exploram de uma forma ardente.

A pegada, os lábios e a língua quente de Emma, levam-me a uma lembrança, que apesar de eu não ter admitido antes, eu adorei o que ela fez comigo na sala de David.

Não sei exatamente quando passei a desejar Emma, mas reconheci o gosto do seu beijo, meu corpo reconheceu seus toques e se rendeu a todos eles.

Quebramos o contato ofegantes e ainda nos encontrávamos de olhos fechados e com nossa testas encostadas.

- Emma... - sussurro, ainda de olhos fechados.

- Não, não diga nada! - Emma traz sua mão para meu rosto. - Estamos longe da nossa realidade, longe das nossas vidas normais... Nós podemos deixar tudo o que acontecer aqui. - Ela acaricia meu rosto, implorando-me com os olhos. - Vamos aproveitar isso... - Sussurra após meu silêncio consensual.

Emma retoma nosso beijo, dessa vez, o beijo é mais calmo, mais molhado, mas ainda cheio de desejo. Esse desejo só se confirmava com suas mãos explorando meu corpo, meus quadris, minha cintura, minha bunda. Suas mãos adentram minha blusa e sinto seus dedos ágeis desprenderem meu sutiã. Ela parece não querer me dar tempo para ter crise de consciência e começa a intensificar seus toques e seu beijo.

Repito seu ato de colocar as mãos por dentro da blusa e arranho suas costas suavemente, fazendo Emma morder meu lábio e sorrir pra mim. A puxo de volta para mim e é minha vez de colocar meus dedos entre seus cabelos. Amo o cabelo de Emma, é macio e sedoso...

Ela corta o beijo, mas ainda mantém a proximidade. Emma me olha nos olhos, seu olhar verde está em chamas, como um incêndio inapagável. Meu olhar exibe um consentimento que logo é entendido por Emma, que lentamente nos guia até a cama. Caminhamos a passos trôpegos até chegarmos a cama, onde rapidamente, Emma se põe sobre mim e entre minhas pernas.

Seguro em sua nuca e a puxo em minha direção, a beijando novamente. Ela deixa seu peso cair sobre mim, fazendo pressão em nossas intimidades, enquanto nosso beijo ainda mantinha a mesma intensidade, parecia que nem precisávamos de ar, apenas dos lábios uma da outra. Ficamos perdidas naquele momento, matando o desejo e a vontade uma da outra.

Mas como eu mencionei anteriormente, as forças da natureza entraram em ação e para piorar se juntaram com a lei de Murphy...

O celular de Emma começa a tocar no bolso do short. Tentamos ignorar e mantivemos nossos lábios e corpos em contato, mas a pessoa é insistente e o toque do seu celular é uma terrível música de rock.

- Atende logo essa droga!! - esbravejo, me desvencilhando dela. Emma suspira irritada e levanta-se para atender.

- Oi, papai... Tá tudo bem, sim... A visitação foi ótima, fizemos várias anotações, tiramos muitas fotos... É, a reunião é amanhã à noite - Emma caminha dentro do quarto e vez ou outra, olha para mim que já estou de pé me recompondo. Apoio-me no encosto de uma das cadeiras, a encarando de braços cruzados, sem saber o que fazer a seguir. - Papai, eu já estava indo dormir, hoje realmente foi cansativo. Podemos nos falar amanhã? ... Boa noite, também te amo. - Emma encerra a ligação. - Vem cá. - Ela me estende sua mão. Faço menção de ir, mas algo martela na minha cabeça. Emma solta o ar e se aproxima, lentamente vai envolvendo minha cintura com os braços - Onde a gente parou? - Beija minha bochecha e vai fazendo um pequeno caminho de beijos até minha boca, onde volta a beijar meus lábios de forma leve.

His Daughter - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora