Primeiro Arco - Pelo resto da minha vida.

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~ Point Of View Maria Luisa Diniz Mc London ~


~ Capitulo anterior ~ 


- sabe. Eu gostei da sua casa. da sua cueca. - apontou para a mesma em meu corpo, não deixando de sorrir - do seu cheiro - vejo ela cheirar a camisa que usava e morder aqueles lábios maravilhosos. Apenas isso fez o calor se espalhar pelo meu corpo, engoli em seco quase que me tremendo toda de tesão. - posso te agradecer com um café ?? - aceno lentamente, ainda meio anestesiada pelo calor que se espalhava por dentro de mim. e esse calor apenas se intensificou um bilhão de vezes quando a garota levantou e saiu da cama, saindo de dentro dos lençóis, me mostrando as suas pernas nuas e o seu cabelo longo se sacudir e chocar contra a curva da sua bunda que era coberta apenas por aquela camisa.

E meu Jesus cristo.

O seu pai fez uma bela de uma obra de arte.


~ Atualmente ~ 

De repente aqueles flashs de memória que tive assim que acordei, voltaram a tona, mas dessa vez, de olhos fechados, e com a minha respiração profunda, eu pude realmente ver as minhas lembranças, as poucas que eu tinha.

Era como se eu estivesse de volta a noite de ontem. Como se tudo estivesse se repetindo nesse mesmo segundo, aquela mesma sensação, o mesmo sentimento. Ate mesmo o meu coração estava acelerado, palpitando.

Parecia que meu corpo não estava na cama, parecia que eu tinha voltado aquele gramado, voltado a segurar e abraçar o corpo de America enquanto dançávamos ao som de Lust for life. Era tão real que ate os arrepios que senti naquela noite, voltaram a percorrer os meus braços, ombros, costas.

E mesmo que tudo tenha se acabado em eu tentando me controlar para não quebrar a cara do Keaton. Ainda assim, a sensação de ser acalmada por ela foi algo inesquecível.

Meus olhos se abriram, o teto do meu kit net estava escuro ainda, a dor de cabeça voltou a me provocar mas não tanto quanto o barulho do chuveiro sendo desligado.

Finalmente minha mente voltou a realidade, rapidamente me coloquei de pé, na frente do guarda roupa, eu não tinha algo que era bom o suficiente para ela vestir, e seu vestido parecia não ter volta. Pelo menos não antes de lavar.

Se ela não achasse melhor comprar outro é claro.

Neguei com a cabeça, me sentia estranha por parte de mim negar isso, a outra parte ainda comparava América com as patricinhas, com as que não conseguiam nem pensar em usar a mesma roupa no mês ou ano. Sei la. Elas pareciam comprar roupas não só por diversão.

Seria uma cultura ? religião ? sei la.

Primeiro mandamento da patricinha popular.

" não a necessidade de usar a mesma roupa, jogue a fora ou dê para necessitados. "

" não a necessidade de economizar, alimente o capitalismo e compre ate estourar o limite do seu cartão. "

" compre sempre, apenas compre. "

Oh sim, eu consigo ate mesmo ver a Thais falando isso para as outras.

A única patricinha naquele colégio que parece ter um pingo de senso seria a Juliana. ela rir das minhas piadas pelo menos, nunca a vi usar varias e varias roupas de marca durante uma semana. Eu admiro ela.

Nosso Maldito Fluxo - Romance Sáfico -Onde histórias criam vida. Descubra agora