~ Sexta-feira 20 de Março. 8:50 da manhã ~
Três semanas se passaram desde que a garota chamada América entrou no colégio, no inicio ela tinha ate mesmo frequentado a pista com a gente, ido com o pessoal no bar onde trabalho no fim de semana só para curtir a musica que toca a noite, e em todas as vezes em que nos encontrávamos, a troca de olhares era quase que vergonhosa de tão intensa.
Eu simplesmente não conseguia tirar os meus olhos dela. Durante a segunda semana eu não conseguia parar de procurá-la pelo colégio, meus olhos sempre estavam olhando tanto para a mesa dos populares quanto para o ginásio, afinal além de líder de torcida, a garota havia feito amizade com as rainhas do colégio. Agora ela andava no meio das lideres, dos jogadores, das patricinhas e Badboys. Mas nunca deixou de vir falar com os meus amigos, ou de sorrir e apertar aqueles olhinhos divinos na minha direção. Já na terceira semana, a gente mal se encontrava pois ela sempre era arrastada pelo seu novo bando, as garotas simplesmente carregavam América para tudo que é canto. Era ate fofo de ver ela no meio das outras lideres de torcida, todas eram altas comparadas a ela, a garota parecia uma criança por sua altura ser tão pouca. talvez ela sofresse de nanismo? há. impossível.
Mas para a minha felicidade América tinhas as mesmas aulas que eu em Ed. física, biologia, química e matemática avançada. Quem diria que a garota iria estar na mesma aula? Eu não diria. Aqui nós não somos exatamente divididos por ano, nos temos aulas com diversos alunos tanto do primeiro quanto do terceiro ano, as vezes ate o nono ano tem aulas em conjunto. E ainda temos um quarto ano só para aqueles que fazem cursos técnicos ou cursos que se incluem na matéria. Como o curso de eletrônica, o de enfermagem, o de biomedicina , o de mecânica e para a minha alegria o de fotografia. Obvio que eu estou nesse colégio por causa desse curso.
È justamente por ter essas benditas aulas com ela que eu pude ver de primeira o quão curiosa e esperta a garota conseguia ser. suas perguntas eram inteligentes, eram perguntas que nem mesmo os professores estavam preparados para responder, ela parecia não só dominar o assunto como ensinava os mesmos para as garotas que andavam com ela. Sim, eu estive de olho nela durante as aulas. Era simplesmente impossível não olhá-la. Minhas mãos coçavam quando eu não o fazia. Então sempre que tinha um momento onde os professores nos deixavam conversar, meu rosto se movia para o outro lado da sala, o outro canto do fundo. literalmente de frente para mim. É onde ela se sentava com suas amigas para conversar e interagir. Obvio que durante a explicação a garota quase sentava ao lado do professor.
Ela era realmente aplicada.. E isso.. isso me deixou pasma.
Cá estava eu na aula de física avançada conversando com o professor na porta da sala, esperando que ele entrasse como de costume, ele sempre passava os primeiros cinco minutos conversando comigo sobre os exercícios, e foi no meio disso que eu a vi, a garota corria um tanto desesperada, suas pernas pareciam ate tremer, seus olhos se arregalaram quando ela me vê e rapidamente ela esta correndo na minha direção completamente ofegante. Mais que infernos deu nessa pequena leprechaun ??
— O meu deus! – ouvi o seu resmungo enquanto ela lutava contra sua própria respiração desesperada - MALU! É O DYLAN! O DYLAN E-ELE ESTA.. ESTA COM PROBLEMA! – Gritou toda ofegante conseguindo me alcançar e se apoiar contra a parede, abro e fecho os meus lábios confusa, prendendo a respiração ao sentir um desespero familiar se fazer presente no fundo do meu estômago.
— Ahn. Jason eu posso resolver isso? – Eu mal perguntei e ele sorriu para mim, acenando com sua cabeça.
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Nosso Maldito Fluxo - Romance Sáfico -
Teen FictionNos desencontros e encontros dessa vida, nunca achei que a minha teria todas as reviravoltas que teve. Ser expulsa de casa, entrar em uma gangue fora da lei, fazer amizades importantes que eu levaria para toda a vida, me vincular e amar tantas pesso...