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Lúcifer adentrou a sala do CEO assim que encontrou. O homem a olhou assustado, pela entrada repentina, entretanto não confrontou a infernal. Sua aparência o encantava, assim como encantava todos os mundanos.

-Anitta: Preciso de uma advogada. - a morena mencionou sentando-se mesmo sem ser convidada para fazê-lo.

-Aston: Estou a disposição. - o homem comentou rapidamente, com um sorriso amável e um olhar apreciativo.

-Dafne: Humanos... - resmungou em um sussurro, mantendo-se de pé ao lado da porta já fechada.

Anitta apenas revirou os olhos e encarou o homem do outro lado da mesa, por alguns segundos.

-Anitta: Não... você não, me parece inútil. - ela disse sem escrúpulos, o que fez o dono do ambiente engolir em seco. - Eu quero Ohana Lefundes. - soou convicta, descansando as pernas sobre a mesa do mundano. Pouco importando-se com modos.

-Aston: Ela é novata, garanto-lhe que não será eficaz o suficiente. - ele mencionou rapidamente.

A infernal sorriu lateralmente, com seu olhar dominador que desejava sufoca-lo até a morte. Dafne podia quase ver sua verdadeira face aparecer, e sua ira exalar-se sobre o lugar.

-Anitta: Eu quero que me mostre o caminho até ela. - mencionou tentando ser paciente, tentando manter-se calma. Enquanto o demônio parecia sussurrar no interior de sua alma. "Seja boazinha, Luci. Eu sei que os humanos são uma causa perdida. " - É você quem divide os casos, quero que deixe o meu nas mãos dela. Especificamente nas dela.

Anitta estava tendo alguns problemas com sua boate, havia feito um contrato com o dono do quarteirão a alguns longos anos. Entretanto isto não tinha se oficializado na justiça e desde a morte do empresário bilionário, o herdeiro vinha tentando tomar o grande local popularizado pertencente à ela. Podia matá-lo? Sim, mas nunca havia sentido a necessidade de tirar vidas humanas, afinal podia manipula-las. Mas em específico, o maldito herdeiro, a vinha trazendo problemas. Manteria suas mãos limpas, sem matar nenhum humano como sempre fez em toda sua eterna e dolorosa vida. Resolveria isso nas leis mundanas. Além de que, chegar perto da puritana era seu real objetivo. Tendo-a como advogada era bem mais fácil.

-Aston: O escritório dela é o último, no fim do corredor. - ele mencionou, desconfortável pela decisão da morena e seu olhar persuasivo.

-Anitta: Obrigada. - ela disse, soando um tanto quanto insignificante antes de se retirar da sala.

Lúcifer caminhou posturada como sempre, pacientemente até o fim do corredor. Dafne tocou seu ombro, conquistando um olhar atencioso e questionador.

-Dafne: Você pode matar o herdeiro, dar propina ao juiz ou simplesmente pagar o quíntuplo pela boate. - relatou. - Não entendo.

-Anitta: A pureza dela me atrai, quero entendê-la.

-Dafne: E se tudo isso não passar de uma obra do seu pai, destinando você a ela para que possa manipular-te? - sugeriu deixando Lúcifer um tanto quanto pensativa.

-Anitta: Então adorarei transar com o ser divino dele, posto na terra, e fazê-la gemer chamando pelo meu nome. - ela disse com um sorriso fraco, teimoso. - Imagina que fantástico! Um ser puro chamando pelo Diabo.

Dafne a olhou ainda silenciosa, fazendo a infernal perder o sorriso fraco e petulante, a expressão cômica e atrevida.

-Anitta: Conquista-la não será tão difícil assim, será? - questionou confusa.

Afinal, o Diabo não era onipresente, nem mesmo sabia de tudo.

-Dafne: Está interessada? - questionou confusa, o Diabo não tinha sentimentos.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora