10

762 74 1
                                    


Larissa almejou levar aquilo adiante, entretanto o medo evidentemente de Ohana foi inegavelmente reconhecido pela infernal. Enquanto mantinha-se segurando-a pela cintura, puxando-a cada vez mais para si... beijava-a suavemente sem exercer muito dos movimentos da loira. Porém, desvencilhou-se finalizando o beijo.

-Ohana: Me desculpa... - pediu baixo, ao captar a reação de Larissa e assimila-la as suas vontades.

-Anitta: Está tudo bem não querer agora, e tem total direito em me dizer isso. - sussurrou ao tocar seu rosto com delicadeza. - Diga-me, não se cale.

-Ohana: Eu não me sinto segura ainda. - explicou-se.

-Anitta: Tudo bem. - a tranquilizou. - Até que se sinta, esperarei pacientemente.

Ohana sentia-se levemente culpada. Afinal, não conseguir ainda ter tido uma relação sexual, era o problema qual Alex citava todas as vezes quando era posto em pauta o fim do relacionamento. A impaciência do homem quanto a isto, era explícita. Entretanto, foi confortante saber que diferente dele, Anitta possuía um posicionamento oposto.

-Ohana: Pode ficar um pouco? - pediu baixo, evitando que em algum momento seu pai escutasse algum barulho.

Lúcifer assentiu ainda silenciosa, então selou os lábios da loira em um selinho rápido. Seus olhos percorreram todo o interior do ambiente, notando o tamanho mediano, coloração monocromática em tom claro e uma decoração que evidentemente adaptava-se a personalidade angelical e doce da garota.

-Ohana: Vem... pra cama. - chamou baixinho, segurando-a pela mão.

A loira deitou-se na cama de solteiro, encostando-se na parede para dar espaço a Larissa. Repousou a cabeça em seu peito e descansou uma das mãos sobre o abdômen da morena.

-Ohana: Não quer tirar isso? - referiu-se ao vestido, de forma genuína sem maldade alguma. - Está apertado.

Larissa negou em um sussurro, repousando uma de suas mãos na cintura da garota. Podia sentir sua fraca respiração, enquanto planejava apenas deixá-la dormir para que pudesse ir embora. O quarto estava escuro, e a temperatura era baixa devido ao ar condicionado. Lúcifer não sentia frio, esta era uma das condições humanas que não afetava-a. Entretanto, não negou quando a loira cobriu-as com o edredom.

A infernal pode sentir a mão delicada da garota afastar-se do seu abdômen e repousar em sua clavícula. Larissa acariciou seu rosto pacientemente enquanto podia observá-la melhor. Ohana carregava em mente traumas, que evidentemente eram causados pelo próprio pai, sua posição retrógrada e conservadora eram constantemente impostas sobre a garota.

Lúcifer não conseguia entender a razão para toda maldade qual era exposta. Aquilo era exacerbadamente absurdo. Mesmo que fosse para o Diabo.

Ohana foi sempre criada de tal maneira, e Tomás via aquilo como educação. Por um tempo, não foi tão abusivo como parecia e até passava despercebido pela mãe, e pela garota em si. Viam apenas como um pai mega protetor. Mas com o passar do tempo, as proibições continuas, as decisões tomadas e até mesmo os posicionamentos eram interferidos por Tomás. Ele sempre sabia de tudo, e sempre a confrontava em relação a tudo.

Para não causar-lhe problemas, e deixá-la correr o risco de ser agredida sem poder socorrê-la. A deixou sozinha, antes mesmo que o dia clareasse, por volta das 4:00 da manhã. Luci a cobriu melhor com o edredom, e sorriu ladina antes de deixar um beijo em seu rosto e tocar seus fios loiros em tom de perdição, caminhar até a porta de seu quarto e descer as escadas vagarosamente com os saltos em mão.

O Diabo pela primeira vez em vida, estava tendo compaixão.

(...)

-Melissa: A pureza que exala de você me enoja. - relatou ao sentir o cheiro impregnado da loira, na roupa de satanás.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora