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Lúcifer ergueu-se da cama horas depois, Ohana dormia em seus braços em um sono pesado. Levantar e colocar a menor em uma posição confortável foi uma tarefa fácil, Ohana estava tão cansada ao ponto de nem notar que em passos silenciosos o Diabo se retirava do quarto.

-Ariel: Disse pra mim deixar a o papai vencer. - a voz doce e controlada ecoou no andar principal, levando Lúcifer a engolir em seco.

-Anitta: Puta merda! Por que você sempre aparece assim? Diabos! - reclamou deveras assustada.

O belo anjo saiu do canto escuro, caminhou em passos lentos até a infernal. Pôde cerca-la com sua demasiada atenção, enquanto fitava-a por inteiro.

-Ariel: Acontece... que a maldade sempre vence, Lúcifer. - ressaltou meio nervoso. - Eu não posso controlar!

-Anitta: Acontece que eu estava transando, e quero beber em paz. - ela disse visivelmente irritada. - Me deixa fazer isso?

-Ariel: Não. - reclamou mantendo-se de pé.

Lúcifer caminhou até o enorme estofado branquinho, revestido em couro, sentando-se com deveras calmaria. Tinha um copo de cristal em mãos, com uma considerável alta quantidade de Absinto. Seus olhos bordô ergueram-se fitando o jovial anjo com desprezo.

-Anitta: Se falar alto e acabar acordando ela, eu mesma mando você pro céu em um estalar de dedos. - Lúcifer soou fitando-o. - Não teste minha paciência.

-Ariel: Ok. - ele suspirou pesado. - O que faço?

-Anitta: Quebrante logo o coração do bondoso Deus. - ela sorriu gélida. - Eu sou sua rainha, Ariel. No fundo, sabes disso.

O robe vermelho acentuava bem suas curvas, seus cabelos lisos e negros iam até a cintura. Os olhos bordô a mostra, as joias mínimas ressaltavam sua pele bem bronzeada. Lúcifer sempre foi a mais linda entre todos os celestiais.

-Ariel: Não vai... insistir? - ele questionou confuso com a mudança de posicionamento.

-Anitta: Não. - respondeu convicta, levando a bebida a boca. Ingerindo uma pequena quantidade. - Eu não me oponho as vontades mundanas, celestes, infernais... não cabe a mim. Você quer? Então faça. Não o intervirei mais.

O sabor amargo, foi de encontro aos lábios carnudos outra vez. Nem mesmo a bebida de alta destilação, foi capaz de levar Lúcifer a tontear. Ela sorriu fraco, ao sentir seu interior queimar com o teor exacerbado de álcool.

-Anitta: Absinto. - comentou ao ver o arcanjo curioso. - É uma bebida ilícita em certos países, e bem cara. - sorriu fraco. - Destilada a base de anis e algumas outras ervas. Como losna e funcho.

-Ariel: Não quero saber do seu passado alcoólatra. - ele rebateu interrompendo-a. Levando-a a revirar os olhos e fita-lo seguidamente com estresse.

-Anitta: Continuando... - deu pouca importância. - Foi usada como remédio por um médico francês, ele morava em Couvet, na Suíça. Era... o nome dele era... - ela parecia pensativa, dispersa em relação aos problemas do caçula celestial. - Dr. Pierre Ordinaire. O maldito exilado francês que tirava-me a paciência.

-Ariel: A claro... em meados de 1792. - ele sentou-se ao lado dela. - Anos quais você nos irritou tremendamente por levar Eva em todas suas aventuras sádicas.

-Anitta: Dane-se a Eva. - ressaltou com um riso nasal de pouca importância em relação a garota.

Ariel respirou fundo, revirando os olhos e jogando-se com mais comodidade no encosto do sofá. Sabia que Lúcifer não mentia, e que sua repulsa por Eva era estonteante.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora