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Já haviam se passado dias no inferno, entretanto ressaltava-se que na terra o tempo era mais rápido.

-Ivana: Quando sua... garota, seja lá o que forem. Vem outra vez? - questionou paciente, quando a jovem advogada juntou-se a ela no café da manhã.

-Ohana: Quando tiver tempo. - sorriu, de fato. Não mentia. - Ela tem estado ocupada mamãe, mas tem feito o possível pra vir me ver.

-Ivana: Bem, que seja. Se está de acordo com isso, por mim tudo bem. - sorriu ladina.

Comeram em paciência naquela manhã de sexta, Ohana já estava exausta da semana tida. Entretanto, sua carreira na advocacia vinha tornando-se renomada, era minimamente conhecida pelos feitos. Já havia tornado processos enormes, conclusos de maneira positiva a sua carreira, e aquilo a tornava uma boa opção diante dos problemas tidos por aqueles que necessitavam dos trabalhos judiciais.

-Ohana: Daiana, pode... dar um jeito nessas papeladas pra mim? - pediu exausta, sentindo uma pontada fina em sua cabeça.

Estava estressada, ler e reler a manhã inteira a deixou completamente cansada. Retirou os óculos e os colocou sobre a mesa, respirou fundo e entregou a jovem garota, secretária, os papéis antes sobre sua mesa.

-Ohana: Envia eles pra mim, a comarca de Los Angeles. - pediu paciente, passando a palma pelo rosto. - E... cancela todos os meus compromissos essa tarde. Por favor.

-Daiana: Claro. - sorriu gentil, antes de retirar-se e fechar a porta.

Ohana ergueu-se com aquela dor de cabeça devido ao estresse, levou a mão ao rosto outra vez e respirou fundo. Buscou o moletom deixado por Lúcifer, e vestiu paciente. Retirou os saltos altos que calçava e calçou um tênis branco antes deixado no escritório. Agora tinha um look básico, casual digamos assim. Composto pelo moletom da infernal, uma calça justa e o bendito tênis em tonalidade branca. Buscou a bolsa antes posta sobre a mesa, ergueu o óculos escuro ao rosto e saiu do escritório, despedia-se aquela tarde, do trabalho exercido pela manhã. Não tinha patroa, era sua própria chefe.

Fechou a porta com a chave que somente possuía, e dirigiu-se até o estacionamento. Adentrando a Ferrari Italia 458.

Dirigiu até o restaurante favorito em Malibu, onde almoçou sozinha. Uma receita italiana foi o que a acomodou, uma Carbonara, bem preparada por um dos melhores cozinheiros de Los Angeles. Desfrutou de uma taça de vinho tinto e relaxou por alguns minutos enquanto deliciava-se da refeição leve.

Sentia leveza em seu corpo. Distanciar-se de toda aquela exaustão mental foi severamente perfeito. A ajudou, de maneira complexa.

Tinham sido dias difíceis.

Pagou e após isso retirou-se do local. Um banho gelado e uma roupa larga foi o que a confortou seguidamente. Deitou-se em sua cama um pouco mais leve, sorriu de canto quando o animalzinho subiu e aninhou-se a ela.

(...)

Lúcifer, pelo contrário da pureza vinda da jovem advogada. Representava a encarnação do mal, não era de se esperar um alguém bondoso todo tempo assim. Os passos firmes dado pelo interior da boate mostravam que ela chegava a terra outra vez.

O scarpin preto ecoava, enquanto seu corpo exalante de luxúria caminhava em completo pecado pela terra. Lúcifer foi servida com um pouco de whisky, enquanto encarava o barman humano.

-Anitta: As chaves do Corvette. - disse em um sussurro, enquanto seu dedo indicador contornava as bordas do copo de vidro.

A bebida caramelizada com mediano teor de álcool, foi levada aos lábios e logo Lúcifer pôde sentir o amargor tomar conta de si. Entregue-lhe as chaves, colocou o copo no centro e caminhou pacientemente em direção a saída. Não demorou muito para tomar controle do veículo e dirigir aceleradamente pelas vias de Los Angeles sem receio ou empatia alguma. Caso atingisse algum humano.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora