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Quatro dias distantes de Lúcifer deu a Ohana o tempo necessário para pensar se levaria tudo isso a diante. Mesmo que seus sentimentos pela infernal fossem verdadeiros, nem todo mundo queria manter relações com o Diabo.

Andava sempre meio dispersa, pensativa... o que chegou a chamar bastante atenção da sua mãe. Entretanto, quando foi questionada sobre o motivo dessa dispersão toda, manteve-se silenciosa quanto ao assunto e relatou apenas querer privacidade quanto a isso. Negando qualquer tipo de conselho.

Lúcifer valia a pena?

Esse questionamento vinha sendo colocado muito em sua mente. E por mais que o quisesse tirar, simplesmente não conseguia. Era como um pecado imperdoável, martelando seguidamente.

Estava se relacionando com o Diabo e sentia culpa.

(...)

Quatro dias depois, lá estava Lúcifer, em meio a madrugada. Retornava a terra. Permanecia silenciosa no canto do quarto, analisando a loira que dormia vestida em um pijama de seda. Tinha o corpo abraçado a um travesseiro e deitava-se lateralmente.

Lúcifer olhou no relógio, e marcava-se 4:40 da madrugada de uma sexta-feira. Ohana não trabalharia nos dias seguintes, poderia ficar com ela por cerca de 36 horas. Estava cada vez mas estável, e orgulhava-se de trabalhar em prol disso. Afinal, lhe dava cada vez mais tempo com a loira.

-Anitta: Ei... - chamou baixinho, deitando-se na cama após retirar o tênis e permanecer apenas em uma calça jeans jogger e uma blusa larga em tonalidade branca.

-Ohana: Lari? - questionou ao sentir a mão firme segurar em sua cintura, ao adentrar o edredom e a encaixar por trás.

-Anitta: Shhh... - sussurrou baixinho. - Estava com saudade, não quis esperar até você acordar.

Acontece que Lúcifer já estava naquele quarto a alguns minutos, escondida no escuro. Enquanto observava-a dormir tranquilamente na mediana cama de casal.

-Ohana: Ainda bem que não esperou... - sussurrou virando-se de frente, escondendo o rosto na curva do pescoço da infernal.

Ohana pôde sentir o cheiro delicado vindo dela, abraçando-a pela cintura enquanto sentia a mão firme acariciá-la lentamente a cabeça, afastando alguns fios insistentes. Mesmo sem poder vê-la naquele momento. Aninhou-se um pouco mais, confortando-se melhor no corpo feminino e bem desenhado. Mesmo que escondido pelas roupas.

-Ohana: Tira essa calça. - pediu baixinho. - Fica mais confortável sem ela.

Lúcifer retirou a peça e retornou a mesma posição, abraçando-a melhor. Era o clima perfeito para um sono pesado. O quarto estava escuro, o ar-condicionado gelava a exatos 16ºC e o edredom de linho as confortava de maneira extrema.

-Ohana: Tenho o fim de semana livre, podemos ficar na cama até tarde. - disse baixinho. - Espero que não sejam só 24horas...

(...)

Acordaram por volta das 11:00, aquilo parecia ser tarde. Entretanto permaneceram na cama, afinal estavam sozinhas em casa. Ivana havia ido para o turno matutino no trabalho, enquanto Ohana teria o fim de semana completamente livre de papeladas e estresse judicial.

Sentiu as mãos delicadas tocarem seus fios loiros, os movendo com vagareza em um carinho sútil. Podia ouvir o respirar compassado e sentir o corpo quente qual abraçava. Vestida apenas em um blusão. Passeava lentamente a mão sobre o abdômen levemente definido, e podia sentir o quanto ele arrepiava.

(...)

-Anitta: Eu sei que tem dúvidas quanto à mim. - soou paciente enquanto Ohana permanecia sentada na pia do mediano banheiro, a tendo entre suas pernas.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora