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Ohana era a baixinha que levava o Diabo as alturas. A deixava tonta com o jeito de caminhar, o coração parecia pular quando a via ter a bochecha corar.

Deixava a maligna boba mesmo possuindo lábia de sábio.

Não enjoava mesmo com o passar das horas, roubou um beijo rápido antes de ouvi-la dizer que ia embora. Se encontrava pensando nela, ainda nem se quer tinha partido mas já estava com vontade de vê-la.

Lúcifer era intelectual, tinha uma mente aguçada e bastante inteligente. Parecia afrontar em cada dito. Dona de uma beleza inquestionável, na cama era compara por Ohana a ser superior a própria Afrodite. Como não se apaixonar pela ruiva de calça larga?Aquela mulher bonita mexia com o coração da puritana, e só agora concretizava um pouco mais...

"O Diabo está nos detalhes."

-Ohana: Eu já estou amando até o jeito que você caminha... - disse fraco, enquanto analisava a ruiva caminhar pelo quarto.

Lúcifer sorriu de canto, e virou-se para ela. Aproximou-se em passos vagarosos e segurou seu rosto entre as mãos, selou-lhe os lábios como se quisesse prendê-la a si.

-Anitta: Tenho que ir. - sussurrou.

Estavam em meio ao quarto escuro, enquanto sentada na cama Ohana agora a abraçava pela cintura e repousava a cabeça em seu abdômen. Lúcifer acariciava seus cabelos, tendo os olhos fechados e a respiração já pesada. Seu cheiro estava severamente impregnado no ambiente, Ohana custaria a livrar-se dele.

-Anitta: Quer a blusa pra você? - questionou baixinho, quando a loira esquivou-se para olhá-la nos olhos.

Assentiu milimetricamente, tendo um sorriso apaixonado nos lábios. Lúcifer retirou a peça larga de cor bege, e então a entregou com paciência. Ohana repousou a peça de algodão sobre as pernas e deixou beijos fracos no abdômen a mostra.

-Ohana: Vou sentir saudade. - disse baixinho, ao analisar Lúcifer lançar a moeda pentecostal para cima e observá-la flutuar já com dificuldade.

-Anitta: Fecha os olhos... - pediu baixinho, inclinando-se para beija-la uma última vez. - Eu estarei onde você for.. não esqueça-se.

Ohana sentiu os lábios carnudos tocarem os seus com delicadeza, e o cheiro impregnado em seu quarto um pouco mais perto. Inebriou-se com ele, e respirou fundo quando sentiu a ventania intensa a sua volta, o toque na face sumiu aos poucos, suas mãos repousadas na cintura desenhada pareceram tocar o exato nada. E quando abriu os olhos...

Estava sozinha.

(...)

Depois da chegada de Lúcifer, Melissa manteve-se mais calma, assim como Arielle. Havia dado tudo certo, e tentariam manter assim o quanto fosse possível.

Lúcifer levou longo tempo em um banho demorado. Retornou a sua forma, percorreu o corpo desnudo e desenhado com as mãos. Sentia a água fria molha-lo por inteiro...

O castelo infernal não era assustador, ficava distante das áreas pecaminosas, das áreas de culpa. Sua forma era medieval, carregava uma estética antiga. Composto em pedras infernais, de tonalidade parcialmente clara. Em um campo deserto, em meio a grama morta, a beira de um enorme penhasco. O penhasco mais alto de todo o inferno.

Não se era possível ter natureza, afinal, de solos mortos e pecaminosos, não se nasce vida.

Lúcifer respirou fundo, e pode sentir seu pulmão esvaziar em seguida. Sentiu os pés descalços tocarem as pedras frias no chão, enquanto ainda era molhada pela água gélida. Fechou o registro e abriu os olhos vagarosamente, sorriu ladina ao olhar-se no espelho.

Os cabelos negros combinavam com seu corpo esteticamente perfeito.

Encarou a linha de cintura magnificamente bem feita, as tatuagens em pele, feitas com dificuldade por Dafne. Devido sua impenetrável pele. Tocou o rosto enquanto analisava o maxilar bem demarcado, encarava-se analisando os próprios olhos negros e persuasivos. Os seios fartos, as pernas torneadas e a tonalidade bronzeada.

Era linda, perfeita.

(...)

Sentou-se na cadeira principal, na sala de jantar. Ao lado e Melissa e Dafne. Após ter uma maquiagem impecável feita com calma, e usar um vestido preto, longo, com uma grandiosa fenda na lateral.

-Asmodeus: É bom tê-la de volta, Luci. - o homem de olhos cor de mel, a mencionou em graciosidade.

Lúcifer sorriu ladina, ele ali como os outros príncipes do inferno. Tinham medo de sua ida, afinal os deixava vulnerável, em meio a um reino descontrolado. Lúcifer era luz para eles, nunca deixaria de ser.

-Asmodeus: Uma humana? - questionou paciente, servindo-se do vinho seco posto a mesa.

-Anitta: Uma puritana. - recolocou o dito. - Uma puritana única. Incomparável.

Lúcifer levou a taça com vinho aos lábios, sentindo o gosto amargo tomar conta do seu paladar exótico. Respirou fundo enquanto era encarada pelo pai de Melissa, o mesmo qual tinha um olhar irreversível cheio de questionamentos.

-Asmodeus: Ela não nos trará problema, não é Luci? - questionou obstinado, em tom regulado.

O olhar de Arielle, qual comia silenciosamente. Foi direcionado ao príncipe infernal, e a rainha qual tinha a pergunta direcionada a ela, sorriu ladina.

-Anitta: Minha garota não trará problemas. - respondeu convicta. Entretanto, o tom mostrado pelo príncipe a revelou ameaça. - Mas quis dizer algo com isso?

-Asmodeus: Não, claro que não. - negou rapidamente. - Longe disso, Lúcifer.

-Anitta: Essa entonação me pareceu ameaça. - disse concreta, revelando o olhar negro persuasivo em direção a ele. - Eu espero ter compreendido errado. Asmodeus. - soou rígida.

-Asmodeus: Não só eu, mas todos nós. Não queremos que abandone seu trono outra vez. Por vingança, ou por essa garota. - soou calmo, em explicação pela repreensão tida.

-Anitta: Não haverá mais problemas. - ressaltou com convicção.

Lúcifer comia silenciosa enquanto recebia o olhar de Melissa, não importava o que acontecesse. A demonia abriria mão das vontades do próprio pai, para apoiar o Diabo. Lúcifer era sua verdadeira luz guia, e ninguém mais.

(...)

Longe do inferno, Ohana permanecia deitada na própria cama. Sua mãe conversava com o novo amigo na sala, enquanto a loira permanecia abinhada a cama, vestida na camisa larga deixada por Lúcifer. Enquanto mexia no aparelho telefônico.

Observou as fotos tiradas com a infernal, onde em todas elas Larissa parecia agarra-la um pouco mais forte. Sorriu boba com o feito.

Talvez tivesse o Diabo nas mãos.

Desejo Pecaminoso - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora