Desejo Pecaminoso - Ohanitta

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Alguns dias depois, quando a festança se iniciou como todas noites. Melissa retornou à terra, desta vez sem parar o tempo ou deixá-lo mais lento. Sem almejar confrontar sua rainha.

-Anitta: O que faz aqui? - questionou alto, devido a música extremamente alta que rondava em todo ambiente.

Aquela boate estava mais movimentada que o normal, isso se dava também pela presença da morena. Costumava estar rodeada de mulheres e animando o ambiente.

-Melissa: Dafne me mandou. - respondeu, ao aproximar-se sussurrando no ouvido da infernal. - Você não pode ficar sozinha por muito tempo, costuma fazer besteira.

Larissa assentiu, antes de levar o copo com whisky aos lábios e sorrir canto a canto.

-Anitta: Já que está aqui... vamos nos divertir. - sussurrou ao mesmo tempo em que sua mão livre correu em busca da cintura escultural de Melissa.

A infernal levou uma garrafa de whisky aos lábios do anjo demoníaco, derramando uma quantidade considerável em sua boca. Os gritos ao redor, foram ouvidos mesmo que a música estivesse alta e envolvente. As luzes alternavam-se em tons avermelhados, dificultando a boa visibilidade dentro do ambiente. Facilitando e deixando favorável toda aquela emoção. Aquele desejo carnal, sexual e pecaminoso.

(...)

Um pouco distante dali, Ohana mexia no celular enquanto nem se quer conseguia dormir. Utilizar o aparelho telefônico lhe pareceu um bom entretenimento... mal sabia ela que aquilo alimentaria ainda mais sua insônia. Seria tão bom se não tivesse visto a cliente que ultimamente tinha se aproximado, em seus climas de festa, como costumava estar todas as noites na LUX.

Havia vídeos dela jogando dinheiro pra cima e aquilo lhe aparentava ser tão comum, assim como as mulheres completamente atraentes dançando ao seu lado ou em cima de si, inúmeros Angelinos famosos e até mesmo celebridades internacionais desfrutando da sua presença. Aquilo era a realidade de Anitta, e surpreendia Ohana.

Lúcifer era bem popular e desejada...

A loira apagou a tela do aparelho e caminhou até o banheiro. Fechou os olhos por alguns segundos, após se olhar no espelho, e então respirou fundo. Não podia estar sentindo uma pontada de vontade, Não é?! Larissa era dona de um lugar que geralmente era frequentado por mulheres extremamente lindas, com corpo padronizado e uma vida estável. Além do mais possuíam liberdade, não lidavam com pai abusivo. Poderiam oferecer a Larissa o que ela quisesse... já Ohana não. Ohana se sentia patética. Achava incrédulo, sentir vontade de provar daqueles lábios somente pelo carinho e respeito que Larissa a demonstrou. Era verdadeiro ou parte do seu plano em comê-la e deixar de canto? Como costumava fazer com as outras garotas. Ou só sua carência emocional sendo maior que a responsabilidade por si própria?

Larissa era uma fodida maldição que começava atraí-la severamente, mesmo que tivesse deixado claro nunca desfrutar de momento íntimos com a mesma.

(...)

A infernal encontrava-se em um ambiente agudamente indecente. Onde o camarote permanecia cheio, e uma morena rebolava em sua frente. Havia inúmeras bebidas de cores, marcas e sabores variados. Enquanto pessoas desconhecidas desfrutavam daquele luxo completamente pago pela dona da boate.

Larissa deu um sorriso lateral, assim que a morena sentou em seu colo e segurou seu maxilar com sedução. Seu corpo movia-se de acordo com o ritmo da música, e aquilo era um tanto quanto sexy e instigante.

Mas... a infernal aparentava estar entediada.

Em uma tentativa de beijo, a infernal virou o rosto e empurrou a garota, sem força, apenas para que a mesma se retirasse.