CAPÍTULO 13.

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ALESSIA.

Àquilo havia sido a coisa mais estranha, excitante e emocionante coisa que eu já tinha feito. Em minha noite de núpcias tudo foi rápido e tenso demais, naquela noite, Nico tinha me excitado tanto com a visão dele se masturbando que meu orgasmo fora devastador, no entanto, me lembrei bem do porque tinha que ter cuidado quando ele tensionou comigo nos braços no momento que quase toquei seu pescoço. Apoiei minhas mãos em seu peito e lhe lancei um olhar que deveria transmitir confiança, assim como um sorriso de desculpas; poderíamos brigar até queimar Las Vegas, mas eu jamais o tocaria no local que lhe dava medo se pudesse evitar. Tanto porque eu lembrava do que tinha acontecido quando o fiz na primeira vez, tanto porque causar dor a ele partia meu coração. Em alguns momentos eu o odiava, mas não conseguia continuar odiando quando via o medo em seus olhos cinzas, a confusão de emoções. Nico depositou um beijo calmo em meus lábios, um demorado selar que fez meu coração bater mais forte e me levou em direção ao banheiro. 

— Banheira ou chuveiro? — Ele perguntou me colocando no chão e eu repentinamente senti falta de seu calor. 

— Banheira. — Pedi e Nico se virou para abrir as torneiras da banheira de hidromassagem. 

Continuei em silêncio conforme procurava uma toalha pelo banheiro; mas não encontrei nenhuma. Nico não sentia vergonha de sua nudez, mas eu sentia da minha. Odiava estar nua, ao contrário dele, eu não tinha confiança alguma em meu corpo. Alívio me tomou quando a banheira encheu e eu rapidamente me enfiei sob a água cheia de espumas. Nico entrou com lentidão e sentou-se frente para mim; por um momento ele fechou os olhos e relaxou na água quente, mas então fixou as íris cinzas em mim. 

— Você não quer que eu esteja com outras mulheres, então? — Ele perguntou com cuidado, avaliando minha expressão. Meu rosto corou furiosamente. — Não é uma briga, Alessia, é uma pergunta. 

— Não, não quero. — Disse por fim, desviando os olhos dele. Nico puxou meu pé para seu colo e pressionou os dedos numa leve massagem. Me afundei ainda mais na água quente, aproveitando a sensação. 

— Então não farei. — Nico garantiu. — O que mais você não quer? 

— Que você insinue que eu seria capaz de trai-lo. — Respondi tão baixo que não tive certeza se ele ouviu. Nico apertou meus dedos com mais intensidade. 

— Você me odeia, você tem nojo de mim, você não suporta dormir ao meu lado. — Nico pontuou, abri a boca para protestar, mas ele ergueu um dedo para me impedir de protestar. —  O que você pensaria mediante a esses sentimentos, caso fossem sentidos por mim? 

— Primeiro, eu nunca disse que te odiava. Segundo, quando eu disse que tinha nojo de você foi porque você me feriu e eu quis revidar, e terceiro, eu realmente achei que você gostaria de me ter longe de você, por isso sugeri. Apesar de tudo, você é cavalheiro demais para pedir que eu me retire. 

Um sorriso apareceu no rosto de Nico após minha pequena explosão e eu revirei os olhos. 

— Você revirou os olhos para mim? — Ele perguntou sério, mas havia um brilho de diversão em seus olhos cinzentos. 

— É proibido? — Provoquei. 

— Você tem sorte de ser minha esposa. 

— Ou você arrancaria meus olhos? — Debochei mesmo quando a apreensão tomou meu estômago. 

— Basicamente. — Nico respondeu sem nenhuma hesitação e eu tive que controlar meu rosto para não expressar meu choque. Lentamente ele apertou meu calcanhar. — Mas você é minha esposa e eu nunca lhe machucaria. 

INCÊNDIO - SAGA INEVITÁVEL: LIVRO 2. | CONCLUÍDO.Onde histórias criam vida. Descubra agora