INCÊNDIO - SAGA INEVITÁVEL: LIVRO 2. | CONCLUÍDO.

CAPÍTULO 25.

ALESSIA.

Estar com Nico tinha sido o melhor presente de natal que eu poderia receber. Seu carinho, sua voz suave… Céus. Eu nunca imaginei ao me casar que estaria ansiosa por mais sexo, mas ao acordar ao lado dele, vendo-o totalmente nú, excitação correu por meu corpo. Lindo, ele era lindo dormindo com um braço sobre a cabeça, a expressão em paz. Eu gostaria de ver paz em seu rosto quando estava acordado, mas era somente em sono profundo que ele parecia sereno. Estava me apaixonando pelo homem que achei ser incapaz de sequer estar perto sem tremer. 

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O café da manhã foi suspenso porque ninguém acordou a tempo e às onze da manhã, me dirigi ao lado de Nico para a sala de jantar ao ar livre, onde mamãe tinha deixado alguns pães e sucos pois o almoço demoraria a ficar pronto. Todos pareciam cansados, e por um momento me perguntei se alguma das minhas irmãs solteiras tinham feito algo mais do que ficar em seus quartos e dormir durante a madrugada. 

— Que cara horrível. — Nico comentou com Luca ao sentar-se ao lado dele. Sentei entre meu marido e Alessa, abrindo um sorriso para minha irmã, que não retribuiu.

— É claro. O casal aqui protagonizou um verdadeiro filme porno essa madrugada. — Luca indicou Carina e Thomaz com o queixo. — Eu e Samael jogamos cartas até às cinco da manhã, já que dormir era impossível. 

Carina corou por inteiro, e Thomaz suprimiu uma risada. Samael rolou os olhos azuis adornados por olheiras escuras e bebeu um longo gole de seu café. Cinzia se virou para mim. 

— Essa noite, Alessia, grite o nome de Nico mais baixo, pelo amor de Deus. — Minha irmã censurou e abaixou a cabeça para a mesa. 

Ah, porra. Foi a minha vez de corar. Nico não conseguiu imitar Thomaz e caiu numa gargalhada gostosa de se ouvir, irritando ainda mais minhas irmãs. 

— Sinceramente, se eu tivesse que ouvir alguém gemendo o nome do meu irmão, eu me jogaria no mar. — Luca disse antes de soltar um enorme bocejo. Samael lançou a ele um olhar irritado. 

— Bom, eu ouvi alguém gemer o nome do meu irmão. — O Rizzi mais novo parecia a ponto de quebrar a cara de alguém ou de literalmente se jogar no mar, como Luca tinha sugerido.

— Porque a gente não muda de assunto? — Carina perguntou envergonhada e eu assenti energicamente, praticamente implorando para que seguissem seu conselho. 

— Ninguém mudou de assunto de madrugada. — Alessa demandou secamente. 

— Qual o problema, meninos? — Mamãe perguntou saindo da cozinha com outro bule de café. — Quanto mau humor! Dormiram mal?

Foi demais. Nico e Thomaz caíram na gargalhada, meu marido chegou a engasgar de tanto rir conforme meu cunhado teve que se apoiar na mesa para recuperar o fôlego. Até mesmo Luca e Samael começaram a rir junto e por fim, todos nós estávamos rindo em unissono conforme mamãe encarava seus filhos, cunhados e agregados sem entender nada. Lágrimas pingaram em meu rosto e minha barriga doeu, céus, eu sequer me lembrava a última vez que tinha rido tanto. 

— Crianças, vocês são estranhos. — Mamãe disse antes de voltar a cozinha, nos fazendo rir ainda mais alto.  

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Depois do almoço, coloquei um biquíni meia taça vermelho que ressalva meus seios e os empinava, com uma calcinha fio dental com laços laterais. Eu sempre tinha usado esse tipo de biquíni, mas ao sair do quarto e atravessar o deque, me perguntei se Nico aprovaria. Eu gostaria de viver em um mundo onde pudesse me vestir da forma que bem entendesse sem me preocupar com a aprovação do homem que estava comigo, mas eu era uma mulher da máfia, e mulheres da máfia andavam sob as ordens de seu marido. Desci a escadaria de degraus espaçados e atravessei o deque inferior, indo em direção a borda do iate, onde todos estavam reunidos. Numa atitude tímida, desci o outro pequeno lance de escadas. Minhas irmãs estavam na piscina na altura do mar, meu marido, Luca, Samael, Thomaz e Carina estavam nadando no mar aberto. Minha irmã estava tão agarrada a Thomaz que se um deles se afogassem, ambos morreriam. Não vi meus pais em lugar nenhum.