O Acordo - Madara Uchiha

Capítulo 2

POV Madara

— Eu ainda acho que deveríamos ter ido para a outra boate — Izuna resmungou.

— E na outra eu não os acompanharia — Mito olhou feio para ele.

Hashirama era o único de nós que tinha um compromisso sério, ele amava Mito e eles se casaram há pouco mais de um ano, era uma linda relação, Hashirama fez de Mito a sua única mulher depois de sete meses que eles estavam juntos, depois disso, ela foi única na vida dele. Antes ele era como nós, saía toda noite e fudia uma mulher diferente todos os dias, ele insiste que um dia nós também dariamos nossa fidelidade a uma mulher, mas eu achava isso pouco provavelmente.

Eu tenho 26 anos, Hashirama tem 27, enquanto Tobirama e Izuna tem 24. Meu pai era dono dos negócios e quando ele morreu em um acidente de avião há cinco anos, Izuna e eu herdamos e ampliamos o negócio da nossa família. Tobirama e Hashirama eram nossos grandes amigos de infância, o mais velho não se envolvia na parte suja dos meus negócios, a menos que eu precisasse muito, ele era um médico renomado, já Tobirama sempre me ajudou em tudo e trabalha comigo na administração dos negócios.

Tinhamos duas boates "normais", uma boate de striptease, que também servia como prostíbulo e tinhamos o maior cassino de vegas, as mulheres caiam aos nossos pés, eu não precisava me amarrar a uma, quando podia ter todas!

Desde aquele acidente há uma semana eu não tirava aquela menina da cabeça, sua pele avermelhada pela tensão do quase acidente, sua cara emburrada diante de mim, seu estilo meio excêntrico.

Ela era uma garotinha petulante! Uma petulante linda e que atiçou minha imaginação, a calça jeans justa, que marcava suas pernas grossas e seu bumbum redondinho, a blusa era um moletom frouxo escrito Star Wars, a largura não me permitia ver como eram seus peitos, o que só atiçou minha curiosidade.

Ela não pareceu nem intimidada com meu nome, isso não ficaria assim, essa garota iria gemer embaixo de mim logo logo.

— Pensando naquela garota, Madara? — Izuna perguntou debochado.

— Que garota? — Mito sorriu curiosa.

— Uma garota que o Madara atropelou, só que ela não caiu aos pés dele e isso deixou ele puto da vida — Hashirama falou rindo alto.

— Calem a boca porra — me levantei e apoiei na grade do segundo andar — Não pode ser.

Pisquei algumas vezes para ver se era real e os quatro se apoiaram ao meu lado.

— Ih, Madara, seu sonho de foda ta bem aqui — Tobirama falou rindo.

— É ela? — Mito a encarou bem e nós assentimos — Nossa, essa garota é linda! Acho que aquele papo do Madara se amarrar ta cada vez mais perto.

— Traga aquela garota para mim — falei para um dos meus funcionários.

Alguns minutos depois ela chegou com suas duas amigas, ela vestia uma calça rasgada, um tênis e uma blusa que parecia da Mulher Maravilha, com o cabelo amarrado e nada de maquiagem no rosto, aquela garota se destacava totalmente das demais, ela não precisava de uma super produção para ser linda.

— Ta, ta, eu já tô aqui em cima, agora tira a mão de mim — ela exigiu para meu segurança e revirou os olhos, ainda não havia me visto — Eu disse que não queria vir, Sakura, agora vai saber em que porcaria você meteu a gente, eu não estaria sendo arrastada para um lugar estranho se estivesse em casa lendo algum livro!

Nós cinco demos uma risadinha e ela finalmente nos olhou, suas amigas estavam tensas, segurando os braços dela, a de cabelo rosa estava maquiada, com um vestido e um salto e eu vi Izuna babar a garota, enquanto Tobirama parecia hipnotizado por uma menina de cabelo preto azulado e olhos diferentes.

— Desculpa se meu segurança foi grosseiro — sorri sedutor para ela, que fechou a cara e fez Mito rir baixinho — Eu só queria ter o prazer conversar um pouco com você, pequena.

— Eu já disse que meu nome não é pequena! — ela cruzou os braços e suas amigas pareceram ficar mais tensas.

— Você ainda não me disse seu nome — tomei um gole do meu whisky — Sem contar que esse apelido combina com seu tamanho reduzido.

— Idiota — ela murmurou e sua amiga de cabelo rosa apertou seu braço.

— Da pra segurar a língua pelo menos uma vez, Hana? Caralho, cê sabe quem ele é? Vai que esse cara é perigoso!

Então seu nome é Hana, o nome combina com ela, delicado e atrevido.

— Pouco me importa quem ele é — ela bateu o pé e resmungou de dor, acho que é o pé que estava torcido — Eu nunca aturei cara babaca e abusado, não é agora que eu vou aturar!

— Vamos embora — a de cabelos azulados pediu baixinho, nós mal pudemos ouvir sua voz com a barulho da música e as três se viraram, sendo barradas pelo meu segurança.

— Vem conversar um pouco comigo — pedi a ela, batendo no assento ao meu lado.

— Eu só quero ir pra casa, cara — ela parecia começar a ficar com medo, mas não perdeu a pose de petulante — Então pede pro seu guarda-roupa sair do meu caminho!

— Madara, meu irmão, acho que essa daí não te quer mesmo — Izuna falou rindo.

Ela era realmente uma garota diferente, todas as mulheres costumam cair aos meus pés, ela parece correr de mim e não ter noção do perigo que é me afrontar.

— Conversa comigo e eu te deixo ir — falei com um sorriso de canto e ela viu que eu não a deixaria sair até que ela falasse comigo, suas amigas olhavam tudo meio tensas.

— O que você quer, Madara? — meu nome saiu em um tom áspero e debochado da boca dela.

— Não seja tão difícil, pequena, eu só quero falar com você um pouco e quem sabe prolongar nossa noite — ela estava de pé, me olhando com deboche.

— Então pode ir atrás de outra, porque comigo é que você não vai conseguir prolongar sua noite.

— Onde você conheceu ele? — a de cabelo azulado perguntou baixinho.

— Foi ele que me "atropelou" — ela fez aspas com as mãos — e como forma de pedir desculpas você deveria me deixar ir embora.

— Em minha defesa, você estava correndo no meio da rua e praticamente se jogou no meu carro, eu fiz uma favor para você freando e me oferecendo para te levar a um hospital — dei de ombros.

— Você é realmente um cara muito egocêntrico — ela bufou.

— Madara, para de gracinha, ela não quer estar aqui — Mito interveio — Deixa a garota ir!

A Uzumaki não sabia portar uma arma, mas era uma mulher firme em suas palavras e todos a respeitavamos, não falei nada ela olhou para o segurança assentindo.

— Obrigada — Hana sorriu de leve para Mito.

Ela passou pelo segurança e saiu rapidamente da boate.

— Você estragou minha noite, Mito — reclamei.

— Estraguei nada, estava bem claro que você não iria conseguir nada com ela! Mas diz, Madara, é essa recusa dela que está te deixando com tanta vontade de tê-la?

Eu ignorei Mito, não admitiria que ela está certa, peguei um cigarro de maconha e fui fumar perto da grade, aquela garota ainda vai implorar para eu fuder com força em cima dela.