Capítulo 23

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POV Madara

— Ei, calma, você precisa se acalmar, se entrarmos lá assim a Harumi vai ficar ainda mais assustada — Izuna falava com a voz suave, acariciando o cabelo dela.

Eu só conseguia olhar para aquela pequena, frágil e inocente garota e pensar no que eu fiz com ela, eu acabai com a vida de Hana de várias formas e nunca serei digno dela, talvez Mito tenha razão e eu esteja realmente apaixonado, mas ela merece alguém muito melhor que eu.

— Madara, não foi sua culpa — Hashirama falou baixo, meu amigo me conhecia muito bem — É tudo culpa dos Otsotsuki, se eles não tivessem pego a Haru, nada disso teria acontecido!

— Madara — Hana se jogou em meus braços e eu fiz carinho em seu cabelo.

— Calma, meu amor, calma, já passou, você não tem culpa de nada, só estava protegendo quem você ama — os outros três nos encaravam — Agora respira devagar e tenta se acalmar, a Haru ta la dentro e precisa que a gente seja forte.

Ela assentiu, secou as lágrimas e respirou fundo e trêmula algumas vezes até conseguir se controlar, segurou minha mão e entrou na cabana.

— Haru? — chamou a irmã com um sorrisinho no rosto.

Harumi estava com o rostinho todo molhado de lágrimas, o olhinho roxo e um corte na boquinha, além do joelho ralado, aquele filho da puta claramente bateu nela.

— Mana, eu tava com medo — ela chorou nos braços na irmã quando Tobirama a desamarrou e tirou a mordaça de sua boca.

— Shiu, já passou, amor, ninguém mais vai te machucar!

— Vem cá, Haru — a peguei no colo e analisei os machucados em seu rosto — Eles fizeram alguma coisa com você além de te bater?

Quando Harumi negou com a cabeça eu me senti aliviado, ela era especial pra mim, era quase irmã do Obito já que os dois viviam entre brigar e brincar e pensar que aquele verme poderia ter... Não consigo nem imaginar o que eu faria se ele feito isso com Haru.

— A gente pode ir pra casa? — ela me pediu baixinho.

— Nós vamos pra minha casa, compramos bolo de chocolate no caminho, você toma um banho gostoso na banheira e depois brinca com o Obito, pode ser? — ela assentiu com um sorriso mínino no rosto — Mas pra isso você precisa fechar os olhos, eu vou te levar até o carro e você só pode abrir os olhos quando eu mandar, ok?

Ela fechou os olhinhos com força e apoiou a cabeça em meu ombro, Izuna vinha atrás de mim, com o braço em volta do pescoço de Hana, tapando sua visão e conferindo os olhos de Harumi. Não podíamos correr o risco dela ver os corpos estirados no chão e o sangue escorrendo deles.

— Pronto, pode abrir os olhos — falei baixinho quando chegamos no carro — Deixe eu ver como você está.

Eu segurei seu queixinho com cuidado e conferi seu olho roxo, levantei sua franjinha e vi um machucado com sangue seco em sua testa e notei que o sangue no canto de sua boca também estava seco, olhei seu joelho e notei que o ralado provavelmente era de uma queda, nada grave.

— Ta tudo bem? — Hana perguntou meio chorosa olhando os machucados.

— Nada que não possamos resolver em casa — abracei as duas com carinhos — Nada mais vai acontecer com vocês, eu não vou deixar!

Nós entramos no carro, Tobirama foi dirigindo, Hashirama com ele no banco de passageiro, eu fui com Harumi em meu colo, dormindo com a cabeça em meu ombro e Hana ao meu lado, com a cabeça apoiada em meu outro ombro, quase dormindo, enquanto Izuna, que estava do outro lado dela acariciava seus cabelos.

Quando chegamos em minha casa eu vi que as duas garotas estavam dormindo, o dia foi muito agitado pra elas.

— Izuna, você pega a Hana? — pedi baixinho e meu irmão assentiu, puxando a Hana com delicadeza para o lado dele, para me deixar sair com Harumi no colo, quando olhei pra trás Izuna vinha trazendo Hana e meus dois amigos nos acompanhavam.

— Graças a Deus — escutei Sakura exclamar baixinho quando entramos em casa e Tatsuo correu em nossa direção, checando Haru em meu colo e Hana no colo de Izuna.

— O que aconteceu com elas?

— Elas só estão cansadas — Hashirama respondeu.

— Tobirama, você vai comprar o bolo que eu prometi pra Haru? — pedi ao meu amigo, mas quando ele estava saindo Hinata se pronunciou baixinho.

— Não precisa, eu tomei a liberdade de fazer o bolo de chocolate que a Haru gosta pra quando ela voltasse. Eu tirei do forno agorinha!

— Obrigada, Hina — ouvi a voz baixinha de Hana.

— Acordou há muito tempo? — perguntei quando a vi descer do colo de Izuna.

— Agora, me da ela, vou dar um banho quente nela e você pega a caixa de primeiros socorros.

Antes que ela pegasse Harumi, Obito correu em nossa direção.

— Você ta bem? — ele perguntou a Hana, abraçando sua cintura e ela assentiu, o abraçando de volta — E a Haru?

— Ela ta um pouco machucada, mas vai ficar bem, não se preocupe — ela respondeu fazendo carinho no rosto do meu filho antes de pegar a irmã.

Hana subiu com Harumi e eu estava indo segui-la, mas Tatsuo me parou.

— Podemos conversar? — assenti e o segui até o quintal — Ela parece gostar de você. A forma como ela correu pros seus braços, como se você fosse capaz de resolver qualquer coisa, quase o herói da vida dela!

— Onde quer chegar?

— Não machuca ela, Madara — ele suspirou — eu sei que não tenho direito de te pedir nada, mas não machuca minha filha!

Assenti e fui pro quarto tomar meu banho. Depois que todos tomamos banho e comemos o bolo que Hinata fez, fomos deitar. Hana convenceu seu pai a ficar, então Tatsuo e Harumi dormiram no quarto de Hana e eu a levei para o meu.

— Uau, seu quarto é lindo — Hana murmurou, ela estava tentando agir normalmente — Bem a sua cara, tudo preto e cinza, um clima sério!

Sorri e a abracei por trás, beijando sua cabeça, nós dois deitamos, mas eu não conseguia dormir, depois que a pequena apagou eu me levantei e desci pra tomar duas doses de whisky. Quando voltei pro quarto, me sentei perto dela e acariciei seu cabelo.

— O que você fez comigo, pequena? Eu só quero proteger você e vacilei feio hoje, eu nunca vou me perdoar por você ter uma morte nas costas, mas juro que isso nunca mais vai acontecer — passei a mão no braço dela — Eu vou te proteger de tudo, você ...

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— O que você fez comigo, pequena? Eu só quero proteger você e vacilei feio hoje, eu nunca vou me perdoar por você ter uma morte nas costas, mas juro que isso nunca mais vai acontecer — passei a mão no braço dela — Eu vou te proteger de tudo, você vai ser a mulher mais feliz do mundo, mas pra isso você precisa me odiar, pequena, eu preciso voltar a ser o canalha que eu era!

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora