Capítulo 43

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POV Hana

Acordei meio dolorida no dia seguinte, com uma ardência no bumbum, mas sabia que Madara tinha sido gentil, ele tinha a capacidade de me machucar muito nessa brincadeira, só que não fez isso. Sorri sozinha lembrando da sensação de ser penetrada por trás pelo Madara, seu pau deslizando para dentro de mim, ele parando sempre que doía muito e permitindo que meu corpo se acostumasse com a sensação. Vi Madara torcendo o nariz, igualzinho o Obito fazia ao acordar.

— Bom dia, meu amor — enfiei meu rosto na curva de deu pescoço e senti sua bochecha crescer com um pequeno sorriso.

— Bom dia, meu amor — enfiei meu rosto na curva de deu pescoço e senti sua bochecha crescer com um pequeno sorriso

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— Bom dia, minha pequena — ele respondeu com a voz grave — Ta sentindo alguma dor?

— Ta preocupado? Pensei que sua intenção fosse me deixar sem sentar — comentei rindo de sua preocupação.

— Você sabe que isso é no momento, Hana — ele me abraçou mais — eu não quero machucar você!

— Eu sei, meu amor, eu tô bem, relaxa — sorri pra ele e me levantei.

...

Já se passaram quatro meses desde aquele dia, Madara e eu continuavamos em clima de lua de mel, mesmo depois de seis meses juntos. Obito estava quase se formando e pensava em fazer faculdade de engenharia de software, por isso estava se dedicando muito aos estudos e isso me deixava imensamente feliz.

— Vamos logo, Hana — Madara resmungou.

Iriamos para o apartamento da Sakura e do Izuna tomar um vinho e conversar sobre a vida. Chegamos lá e e começamos a beber e conversar, quando Sakura foi a cozinha e Madara foi ao banheiro, Izuna me perguntou.

— Por que vocês dois não vão morar juntos logo? Ficam mantendo duas casas quando dormem na casa um do outro toda noite.

— Eu quero fazer as coisas certas dessa vez, Izuna, me livro do meu apartamento quando a gente se casar — ele fez uma careta, nem ele, nem Sakura gostavam dessas formalidades.

— E o que um pedaço de papel vai interferir na vida de vocês? — ele fez cara de deboche — É sério, vocês vão transformar o que sentem um pelo outro em um contrato?

— Sim, um contrato que fala que eu sou dele — suspirei — e ele é meu.

— Você sabe que ele não fica com ninguém desde que vocês voltaram, ne? Ele ta sendo fiel a você!

— Eu sei disso, Izuna, mas tenho tanto medo dele se cansar de mim.

— Você devia colocar mais fé no amor dele, Hana — Izuna segurou minha mão — O que ele sente por você é real e nada no mundo vai faze-lo mudar de ideia, ele faria qualquer coisa por você!

Assenti sorrindo e resolvi ir ver o que a Sakura fazia na cozinha, só não esperava encontrar ela e Madara conversando. Eu não ficaria escutando se não tivesse ouvido o que ouvi.

— Você pretende contar pra Hana algum dia? — Sakura perguntava a ele.

Me contar o que? O que minha melhor amiga sabe e está escondendo de mim?

— Não, ela nunca aceitaria — Madara respondeu com a voz baixa e eu ficava cada vez mais tensa.

— Eu sempre tive uma dúvida, Madara, desde que nós resolvemos as coisas da suposta bolsa da Harumi, também foi você que pagou a faculdade da Hana e fez parecer uma bolsa? — ele não respondeu, mas provavelmente fez algum gesto confirmando — Eu sabia, sempre desconfiei.

A minha "bolsa", a "bolsa" da minha irmã, todas foram pagas por Madara, mas por que? Para cobrar um dívida de mim?

— Por que fez isso, Madara? — perguntei séria entrando na cozinha e os dois me olharam assustados.

— Hana? — Madara estava com os olhos arregalados, parecia não saber o que dizer — Vamos conversar em casa, ok?

Eu assenti e nós três voltamos para a sala e nos despedimos de Izuna, que olhava confuso pra nós dois.

Entramos no carro e eu não consegui segurar minha boca por muito tempo, precisava colocar pra fora tudo que eu estava pensando.

— Por que fez isso, Madara? Qual era sua intenção? Queria cobrar essa dívida depois de novo? — ele desviou o olhar pra mim, parecia revoltado — Parece que eu nunca vou estar com você de verdade, sempre vai ter dinheiro entre nós dois!

— É isso que você pensa de mim? Você ainda acha que eu sou um monstro? — nesse momento ele já não prestava atenção na estrada, apenas em mim — Você acha que tudo se resume em dinheiro pra mim? Eu fiz isso porque eu queria o melhor pra vocês, mas você não tem fé em mim!

Nesse momento um enorme clarão e uma buzinha nos tiraram da nossa bolha de discussão.

— Madara, o carro — gritei e ele girou o volante de um vez, para não bater de frente, mas isso fez o carro cair em um barranco.

Senti o braço de Madara prendendo contra meu peito, segurando meu corpo no lugar e impedindo que qualquer coisa batesse ali.

O carro capotou algumas vezes, eu senti minha cabeça batendo contra o vidro e de repente, tudo ficou escuro e eu não tinha resolvido essa discussão com Madara.

POV Madara

Eu estava muito magoado com ela por não ter fé em mim e no meu amor por ela, mas nunca me perdoaria se algo acontece ao meu grande amor porque eu não prestei atenção na estrada.

— Hana, Hana, Hana, fala comigo Hana — por maior que tivesse sido o esforço para proteger seu corpo, eu não consegui proteger sua cabeça — Por favor, por favor, por favor, por favor fala comigo, Hana!

Comecei a tossir e senti gosto de sangue na boca, eu não poderia morrer agora, não sem antes saber se ela ficaria bem!

Eu não sei quanto tempo fiquei ali chamando por ela, sem conseguir me mover graças ao pedaço de ferro alojado em minha barriga, mas eu não podia apagar, precisava ficar de olho nela. Aparentemente alguém chamou a emergência e eles avaliaram nós dois e resolveram me tirar primeiro.

— Ninguém encosta em mim — falei com a voz brava — Ela, ajudem ela primeiro!

— Senhor, você está consciente, por isso temos que começar pelo senhor — o paramédico falava e eu nem olhava para ele, meu olhar ainda estava em Hana desacordada — Nós vamos cuidar dela, mas temos que tirar o senhor primeiro.

— NÃO — gritei o mais alto que eu consegui — Cuidem dela, eu não vivo num mundo sem ela, então cuidem dela primeiro, por favor, cuidem da minha Hana!

Eu nunca havia implorado nada a ninguém, isso era estranho pra mim, mas pelo menos eu acho que eles concordaram, porque foram para o lado dela do carro e começaram a preparar as coisas para tira-la de lá, quando vi meu amor fora do carro e nas mãos dos médicos, eu senti que finalmente podia descansar um pouco, eles cuidariam dela por mim. Fechei meus olhos.

— Senhor, senhor, fiquei de olhos abertos, senhor — eu ouvia a voz do paramédico que estava falando comigo antes, mas parecia tão distante de mim, meu corpo estava leve demais.

— Cui-da de-la — eu pedi num fio de voz, antes que tudo ficasse preto.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora