O Acordo - Madara Uchiha

Capítulo 3

POV Hana

— Onde já se viu? Que homem mais abusado — resmunguei no taxi para casa.

— Mas ele é um gato — Sakura falou e nós três rimos.

— Ele pode ser lindo o tanto que for, mas eu não tô afim de nada com ninguém, muito menos com um cara que parece estar acostumado a ter tudo que quer e não sabe ouvir um não!

— Não sei vocês — Hinata falou baixinho — Mas eu fiquei com muito medo daquela situação, ele parecia o dono daquele lugar, todos o obedeciam.

— Eu também fiquei, mas não podia abaixar a cabeça ou ele iria crescer ainda mais para cima da gente!

— Como é mesmo o nome dele? — Saky perguntou.

— Se não me engano Madara Uchiha — o taxista freou o carro de uma vez e nós três fomos jogadas para a frente e reclamamos — Que isso?

— Desculpe, não pude deixar de ouvir, vocês desafiaram Madara Uchiha? — eu assenti de leve — Você são loucas?

— Talvez, quem é esse cara — agora eu fiquei tensa.

— Ele é um "empresário do crime"! Agradeçam por saírem seguras daquele lugar, meninas — ele voltou a andar com o carro e nós ficamos ainda mais tensas.

— Agora nós não vamos nunca mais naquela boate — Hinata falou — E vamos torcer para nunca mais encontrar aquele homem!

Nós morávamos no mesmo prédio e cada uma foi para sua casa, eu deitei naquela noite e dormi feito uma pedra.

Ao longo daquela semana meu pai parecia mais tenso a cada dia.

— Ei, papai, algum problema? — perguntei quando ele chegou do trabalho, mais tarde que de costume.

— Filha, o que acha de você e a Haru irem juntas morar em Baltimore para você estudar?

— Pai, a Hopkins ainda nem me respondeu — o olhei desconfiada — O que você está nos escondendo?

— Nada, querida, eu só acho que seria bom para a Harumi crescer em Baltimore, lá tem muito mais oportunidades para ela.

— Papai... — eu sabia que tinha algo errado.

— Mana — Harumi me gritou — Vem contar uma história para eu dormir!

— Tô indo, Haru — gritei para ela e falei mais baixo para o papai — Quando eu terminar com a Haru, nós vamos ter uma conversa séria, certo, papai?

Ele assentiu, com a cabeça baixa, o que será que está acontecendo? Me deitei com Haru e comecei a contar a história do Pequeno Príncipe para ela, mamãe me contava essa história sempre e ela influenciou muito em quem eu sou hoje, espero que influencie na adulta que a Haru será também.

— Maninha, o Pequeno Príncipe conseguiu reencontrar a rosa? — ela perguntou baixinho, quase dormindo.

— O que você acha? — sorri e soprei levinho nos olhos dela, a obrigando a fechar e fazendo-a dormir.

Desde que mamãe morreu há dois anos e durante seu longo tratamento que durou três anos, eu me tornei mãe da Harumi, minha pequena irmãzinha se apegou a mim tanto quanto eu era apegada a mamãe.

Me levantei, eu estava com um shortinho de dormir e um camisão do Capitão América, meu cabelo estava em um coque mal feito e eu estava com meus óculos.

Escutei batidas fortes e insistentes na porta, fechei com calma o quarto da Hima quando ouvi um barulho na sala que parecia de alguém caindo.

— Finalmente te achei Tatsuo, eu te dei quinze dias e já se passaram dezeseis, eu não sou um cara muito paciente — quando vi tinham três homens na minha sala e um deles apontava a arma para papai — Você já tem o que me deve?