O Acordo - Madara Uchiha

Capítulo 21

POV Hana

Um mês depois eu estava na sala com os garotos, eu era a única menina tendo que ver filmes idiotas de ação, já que a Mito foi com a Tsuna pra casa dos pais dela, meu telefone tocou.

- Alô?

- Olá princesinha do Madara - um voz irônica falou.

- Quem está falando?

- Seu namoradinho sabe quem é, eu só queria te passar um recado — sua próxima fala saiu cheia de malícia — sua irmãzinha é uma linda menina!

Eu estava em choque, fiquei com o telefone mudo no ouvido, ele já havia desligado, mas eu não conseguia me mover.

- Hana, ta tudo bem? - Izuna perguntou segurando meus braços e tomando o celular da minha mão.

- Eu não sei - abraçei Izuna, eu estava tremendo.

- Aqui, bebe - Madara me entregou um copo de água - Fala com calma, quem te ligou e o que queria.

- Eu não sei, ele disse que você sabia quem era e que minha irmãzinha é um linda menina - falei tudo de uma vez e eles se entreolharam - O tom de voz era de quem pretendia fazer algum mal pra Haru, eu preciso ver a minha irmã agora!

- Calma, assim você só vai assustar ela - o Hashirama disse.

- O que ta acontecendo aqui? Por que parece que todos vocês sabem quem me ligou?

- O nome dele é Momoshiki Otsotsuki, a família costumava chefiar uma máfia em Vegas, mas meu pai começou a emprestar dinheiro e a máfia dele quebrou, ele e meu pai tiveram alguns confrontos e meu pai acabou matando o pai dele - Madara explicou com calma - Ele sempre quis se vingar de mim por isso e deve ter visto em você uma forma de conseguir, mas você vive bem protegida por isso ele deve ir atrás da sua irmã. Mas eu vou colocar seguranças atrás dela, pode ficar tranquila!

- Eu preciso ver a Harumi agora - me levantei e Madara me seguiu.

- Calma, se você quer vê-la eu te levo lá.

Ele me levou e nós ficamos com a Haru por horas enquanto eu tentava me acalmar, chegando em casa eu me sentei no sofá e chamei o Madara e os meninos.

- Me ensinem tudo que vocês sabem - pedi com a voz fria.

- Como assim? - Tobirama se ajeitou no sofá, desconfortável.

- Eu sei que você é excelente em artes marciais, Tobirama, então quero que ensine e você Madara, atira muito bem e eu também quero aprender.

- Não, Hana, eu não vou fazer isso - Madara falou firme - Essa vida não é pra você!

- Tem gente ameaçando minha irmã, Madara - me levantei e fiquei cara a cara com ele - Pra proteger quem amo eu preciso ficar mais forte, mesmo que pra isso eu tenha que corromper minha alma e que no fim não sobre nada do que eu sou!

- Eu não posso fazer isso com você, pequena - ele acariciou meu rosto — Suas mãos foram feitas pra salvar vidas e não pra tirar!

- Por favor - pedi com o olhar suplicante.

- Tudo bem - ele suspirou - Mas você só vai usar o que te ensinarmos em último caso, ok?

Eu assenti, no mesmo dia Tobirama começou a me ensinar a lutar, primeiro coisas básicas, como cair, me esquivar e me defender e Madara começou a me explicar como funciona uma 9mm, que era a arma que ele me daria.

- Você tem talento - Tobirama comentou, já estávamos treinando há um mês e eu estava ficando cada vez melhor, era até fácil - Mas ainda é muito gentil, você ta com medo de me machucar, tem que parar com isso e me atacar com tudo!

Eu assenti e fui pra cima dele, dei um gancho de direita, ele desviou, um gancho de esquerda ele defendeu e mais um de direita, mas antes de finalizar o de direita eu dei um de esquerda e o acertei na bochecha, fazendo-o cambalear. Dei uma rasteira nele e me sentei em sua barriga, dando outro soco em seu rosto, arrancando sangue do canto da sua boca.

- Ok, agora você pode levantar do colo dele - Madara falou com a cara emburrada.

- Acabou?

- Sim, você ganhou - Tobirama falou, levando uma mão a marca vermelha no rosto dele.

- Ah, meu Deus, eu machuquei você? Me desculpa, Tobirama - toquei o rosto dele com cuidado.

- Você fez o que tinha que fazer, Hana, agora sai do colo dele, caramba - Madara segurou minha cintura e me puxou pra cima.

- Você é muito ciumento, porco-espinho - Hashirama comentou.

Todos estavam rindo, inclusive eu e Madara estava de cara amarrada.

- Parabéns, Hana, você é a primeira a conseguir me acertar - Tobirama esticou a mão com o punho cerrado pra mim.

- Valeu, eu tive um bom professor - cerrei meu punho e toquei no punho dele.

- Agora vamos testar sua mira - Madara me puxou pro outro lado da sala ainda de cara emburrada.

Eu peguei a 9mm, carreguei o pente e destravei, olhei pra Madara e ele assentiu. Mirei no alvo e disparei três vezes, os três tiros acertaram perto do centro do alvo.

- Quase perfeito - Madara parou atrás de mim, passou os braços em volta do meu corpo e segurou minhas mãos - Mas você ainda está tensa, sinta a arma, faz dela uma extensão do seu corpo, respira e atira.

Ele soltou minhas mãos, mas continuou atrás de mim, dei um tiro que acertou o centro do alvo perfeitamente.

- Eu consegui - me virei pro Madara e pulei no colo dele, dando um beijo quente em seus lábios.

- Trava a arma sua louca - escutei Izuna gritando - E se quiserem transar vão pro quarto.

Eu desci do colo do Madara e coloquei dedo pro Izuna, travando a arma em seguida.

- Agora você deveria tomar mais cuidado com as provocações, Izuna - Hashirama comentou - Ela consegue bater até no Tobirama e tem a mira tão boa quanto a do Madara.

- Mas ela não seria capaz de me bater - dei um sorriso perverso - Hana, para de me olhar assim.

Eu corri na direção do Izuna e comecei a desferir socos mais leves contra ele, que defendeu todos, mas era só distração, dei uma rasteira nele e prendi o pescoço dele nas minhas pernas, em uma chave de coxa.

- Desisto, desisto - ele falou com a voz sufocada e começou a dar tapinhas em minha perna, soltei ele - Caralho, você apela muito fácil, Hana.

Dei uma gargalhada e estendi minha mão para ajuda-lo a levantar.

- Eu só não gostei de você deixar sua buceta tão perto da cara dele - Madara resmungou e até eu ri dessa vez.

- Não seja tão rabugento - apertei a bochecha dele - Quem toca nela é só você!

- Gente, que isso? A Hana ta ficando pervertida igual ao Madara - Hashirama falou rindo e eu coloquei língua pra ele.

Eu aprendi a amar esses garotos, apesar do constrangimento frequente, eles são uma boa companhia.