O Acordo - Madara Uchiha

Capítulo 17

POV Hana

Já tinha dois meses que eu e Madara estamos "juntos", só que eu tô com ele, mas ele continua com todas.

A primeira vez que ele chegou com marcar que não foram feitas por mim eu fiquei bem chateada e reclamei, falando que ele poderia ao menos evitar ficar marcado e sua resposta foi "eu te disse que teria outras mulheres e não queria que você reclamasse disso", então eu nunca mais reclamei.

Madara continua o mesmo bipolar, as vezes um fofo, as vezes um grosso. Ele já tinha assistido toda a franquia de Star Wars comigo e por mais que tentasse negar, ficou um pouquinho viciado e até me comprou uma película do R2-D2.

Nosso sexo estava cada vez mais selvagem e gostoso, nós faziamos todos os dias de quase tudo, quase porque eu já neguei anal pra ele duas vezes, mas estava pensando em fazer uma surpresa no aniversário dele daqui três meses. Ele já me amarra quase toda, me venda, me amordaça e até controla o momento em que eu vou gozar, sempre com o meu consentimento e sabendo que eu estava adorando ser sua submissa e descobrir o prazer em ser dominada por ele!

Minha relação com Obito foi uma das que mais evoluiu, Madara comprou o livro do Pequeno Príncipe e eu li pra ele várias vezes, Obito se apegou muito a mim e eu a ele. No início ele e Harumi sentiram ciúmes e disputavam a minha atenção, mas depois de alguns dias convivendo eles se tornaram bons amigos, Madara me levava pra ver a Haru ou trazia ela aqui pelo menos três vezes por semana.

Izuna foi outro de quem eu me aproximei muito, ele era quase um irmão pra mim, nossa relação evoluía nesse sentido e nós falávamos de tudo com muita naturalidade, Madara até ficou com um pouco de ciúmes no início, mas logo se acostumou e entendeu que eu e Izuna nos víamos como irmãos. Além do mais, ele e Sakura estavam se entendendo bem. Eu também fiquei muito amiga da Mito, do Hashirama e do Tobirama, que ficou com a Hinata algumas vezes, não foi pra frente mas eles ainda se davam bem, nós fazíamos algumas reuniões em que bebiamos vinho e conversávamos por horas, geralmente com Madara me abraçando.

Minhas amigas começaram a faculdade, Sakura de psicologia e Hinata de direito, eu estava muito feliz por minhas amigas, mas sentia um aperto no peito por não estar seguindo meu sonho, aquela carta guardada no fundo da minha gaveta de calcinhas ainda me atormentava.

— Hana — Izuna chamou entrando na cozinha com o Madara — Parece que nossa casa será invadida em breve!

— Como assim?

— Sakura acabou de ligar pro Izuna, ela e Hinata estão vindo pra cá com vinho, parece que elas querem falar com você — Madara comentou — Acontece que os caras e Mito também vem, então pra ter privacidade vocês terão que falar baixinho.

— Onde está o Obito?

— Ta no banho, pode deixar que hoje eu coloco ele pra dormir — Madara comentou cheirando meu cabelo — Eu amo esse cheiro!

Depois de alguns minutos Mito e Hashirama entraram na cozinha com Tsunade e foram seguidos pelo Tobirama.

— Vem cá, bolinha da tia — peguei a Tsuna que sorria largamente pra mim.

— Eu acho que ela gosta mais de você do que de mim — o Tobirama comentou pegando uma cerveja.

— É porque você vive com essa cara amarrada — coloquei língua pra ele e o vi rolar os olhos.

Depois de fazer Tsuna dormir, eu estava colocando ela no bebê conforto quando as meninas chegaram, Hina sempre tímida e Sakura sempre escandalosa.

— Boa noite, pessoas — Sakura falou alto e deu um sorriso sem graça quando viu que Tsuna estava dormindo.

— Boa noite, sorte sua que ela não acordou, vou colocar o bebê conforto no quarto do Obito, colocar ele pra dormir e já volto — dei um beijo na bochecha da Sakura e na da Hina.

Subi as escadas, entrei no quarto do Obito, coloquei o bebê conforto no chão ao lado da cama dele e me aproximei, pegando seu tablet.

— Ah, não, mãe — ele resmungou rapidamente e acho que nem se deu conta do que tinha dito.

— O que você falou, Obito? — meu coração estava acelerado, eu não sabia que ele me considerava tanto quanto eu o considerava.

— Nada — ele respondeu com as bochechas coradas e eu não quis insistir.

— Boa noite, meu amor — beijei a bochecha dele.

— Eu pensei ter dito que hoje eu colocaria ele pra dormir — Madara falou, se sentando ao meu lado na cama dele.

— Desculpa, é que eu não consigo não vir aqui — ele abraçou minha cintura e beijou o topo da minha cabeça.

— Eu sei disso — Madara se levantou e deu um beijo na bochecha do Obito — Boa noite, filho!

Nós dois saímos do quarto e eu ainda estava atônita, segurei o braço de Madara e ele se virou pra mim.

— Ta tudo bem?

— Ele me chamou de mãe — Madara abriu a boca, mas não disse nada — Eu nem sabia que ele me considerava tanto assim!

— Eu já sabia, você faz tudo por ele, Hana, coloca pra dormir, ajuda no dever de casa, conta histórias, chama a atenção, você faz o papel de uma mãe pra ele — Madara se apoiou ao meu lado na parede — Obito me perguntou o que eu achava dele te chamar pra festa das mães da escola.

— Isso é sério? — meus olhos estavam cheios de lágrimas.

— Sim, eu só não sabia como você reagiria, tenho medo dele passar a te considerar uma mãe e você não sentir o mesmo por ele.

— Madara, eu já o amo como se fosse meu, pensei que você tivesse percebido isso — o abraçei apertado — Mas e você, tem certeza que não tem problema minha relação com o Obito ir pra esse lado? Se você quiser eu posso continuar sendo a tia Hana.

— Eu não me importo, ele precisa de uma mãe — Madara acariciou meu rosto — Mas você não é obrigada a ter essa responsabilidade!

— Tem dois meses que eu conheço esse garoto e ele já ocupou um lugar enorme no meu coração — toquei o rosto do Madara — Obrigada por me proporcionar isso!

— Ta me agradecendo por praticamente te sequestrar? — ele perguntou rindo.

— Falando assim fica estranho — dei uma gargalhada — Agora com relação ao Obito, não vamos forçar nada, ok? Quando ele estiver pronto eu também estarei!

Madara assentiu e me beijou com carinho, em seguida ouvimos Sakura gritando para descermos logo e deixar pra transar depois.