Capítulo 24

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POV Hana

Já havia se passado uma semana desde o ocorrido, eu evita ao máximo pensar naquilo, Madara estava distante, nós já não transavamos há dias e ele mal falava comigo.

— Bom dia, Izuna — sorri quando ele entrou na cozinha — Vou aproveitar que ele foi levar o Obito pra te perguntar. Você acha que o Madara vai achar ruim se eu fizer uma festinha surpresa pra ele no seu aniversário?

— Com certeza — fiz um biquinho e ele riu — Faz uma coisinha só pra vocês, ele não gosta de festas.

Fiquei murcha o resto da manhã, uma coisinha só pra nós dois eu já tinha programado, mas pelo menos um bolo eu vou fazer pra ele.

Madara passou o dia fora, eu preparei um bolo com velinhas e deixei na cozinha, a noite, coloquei Obito pra dormir e fui para o quarto, encarando aquela caixa que continha meu presente pra ele e me perguntando se eu teria realmente coragem.

Eu comprei uma fantasia de gatinha preta, era um arquinho de orelha felpuda, um sutiã todo rendado e uma cinta liga que se fixava a uma renda em minha cintura, uma meia calça que ia até minhas coxas e sem calcinha para que eu pudesse usar o principal acessório da noite, o plug anal em forma de rabo peludo.

Hoje eu iria finalmente liberar meu bumbum pro Madara, então o plug era um preparação pra monstruosidade que entraria em minha bunda hoje. Passei bastante lubrificante e ainda senti um pouco de dor na hora de inserir aquela coisa. Me deitei na cama e fiquei esperando o Madara, mais de uma hora se passou e nada dele, resolvi ligar e esse foi meu maior erro.

— Madara? — chamei quando ele atendeu e ouvi duas vozes de mulheres no fundo.

— O que foi, Hana? — ele perguntou grosso — Engole tudo, Karin!

— Isso é sério? Você ta realmente me atendendo enquanto come suas putas?

Escutei o gemido dele e antes que ele falasse qualquer coisa eu desliguei. Eu sou uma completa idiota por pensar que ele poderia ser apenas meu, uma idiota burra!

Tirei toda aquela fantasia idiota e tomei um banho, hoje eu dormiria com o Obito, não quero ser incomodada pelo Madara.

— Mãe? — Obito perguntou sonolento quando me deitei ao lado dele.

— Sou eu, filho, vou dormir aqui com você — abraçei Obito e demorei muito para conseguir dormir, pensando em como eu provavelmente nunca seria o suficiente para o Madara.

Na manhã seguinte eu abri os olhos e vi Madara dormindo sentado na poltrona ao lado da cama, com o pescoço todo marcado. Me levantei com cuidado para não acordar ele nem o Obito, mas quando estava saindo do quarto Madara me chamou.

— Hana, vamos conversar — eu pensei em ignora-lo, mas apontei com a cabeça para meu quarto, quando eu estava chegando na porta, parei de uma vez, a fantasia estava espalhada pelo chão — O que foi?

— Nada, só acho melhor encontrarmos outro lugar para conversar.

— Por causa da fantasia? — senti meu rosto corar — Eu já vi, passei no seu quarto antes de ir pro do Obito.

Suspirei e entrei no meu quarto, recolhendo aquelas peças espalhadas.

— O que você quer falar?

— O plug eu não tinha visto — Madara comentou com um sorrisinho safado e eu olhei feio pra ele — Desculpa por ontem, eu tava bêbado e nem pensei no que tava fazendo quando te atendi, quando cheguei em casa eu vi o bolo e essa fantasia eu me senti pior ainda. Eu perdi a oportunidade de passar um aniversário incrível ao seu lado para passar com duas garotas sem graça!

— Você não me deve satisfação — falei com a voz mais fria que eu conseguia.

— Não faz isso comigo, me bate, me xinga, grita, mas não volta a ser fria comigo — ele cheirou meu pescoço e eu o empurrei.

— Eu tô chateada, então não me toca por agora, ok? — Madara assentiu e se afastou com as mãos erguidas.

Eu passei o dia todo sem falar com o Madara, ele também não insistiu, respeitou meu espaço. Eu estava pronta pra dormir aquela noite quando o Izuna bateu na minha porta.

— Podemos conversar? — assenti e ele se sentou na minha cama — Ele não fez por mal, só que ele tinha bebido e tal, acabou perdendo toda a noção.

— Você não precisa vir defender seu irmão, Izuna — abaixei a cabeça — Eu sei bem qual é o meu lugar aqui, eu que fui idiota o bastante pra achar que ele poderia ser só meu.

— Eu confesso que também achei — Izuna falou baixinho — Enfim, amanhã ele pediu pra avisar que vai trazer a Haru pra passar o dia aqui, certo?

— Perfeito, eu tava com saudade dela — sorri pra ele, que se levantou e beijou o topo da minha cabeça.

— Boa noite, maninha — quando estava saindo Izuna voltou — Antes que eu me esqueça, você tem que ligar pra faculdade, falta pouco tempo pra reabrirem os prazos.

— Não acho que vá dar certo, mas vou ligar — mandei beijo pra ele — obrigada, maninho!

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora