Capítulo 46

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POV Hana

Eu fiquei na sala de espera junto de toda a nossa família, estava nervosa e apreensiva. O tempo todo eu dedilhava aquele anel em meu dedo, pedido silenciosamente que Madara não me deixasse. Meu peito estava apertado, lágrimas estavam acumuladas em meus olhos e eu senti como se uma enorme faca estivesse perfurando meu coração. Mas eu não podia cair, Obito estava ao meu lado, olhando pro chão enquanto lágrimas e mais lágrimas desciam pelos olhos dele, meu filho precisava de mim, precisava de uma mãe calma agora para conseguir acalma-lo.

— Ei, filho, calma, ele já ta em cirugia, o tio Hashi vai cuidar dele — abracei o Obito e ele chorou mais ainda em ombro, chorando feito uma criança pela primeira vez em muito tempo — Escuta a mamãe, se for realmente o baço, então eles vão retirar o órgão e a recuperação do seu pai vai ser até melhor, porque ele só vai ter que se preocupar com os pontos externos que são mais firmes.

— Ei, filho, calma, ele já ta em cirugia, o tio Hashi vai cuidar dele — abracei o Obito e ele chorou mais ainda em ombro, chorando feito uma criança pela primeira vez em muito tempo — Escuta a mamãe, se for realmente o baço, então eles vão retirar...

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— E da pra viver sem o baço? — Obito perguntou com a respiração entrecortada e tentando controlar o choro.

— Da sim, filho, outros órgãos assumem a função dele, não precisa se preocupar, ok?

— Mas você ta preocupada, mãe, isso quer dizer que tem risco dele morrer!

— Isso é verdade, filho, toda cirurgia tem riscos, mas eu só tô preocupada assim porque é ele, se fosse um paciente meu eu não estaria assim — beijei a bochecha dele — Pode chorar o tanto que você quiser, é o seu pai, você tem direito de ter medo, mas segura minha mão e não solta por nada, porque eu tô aqui, Obito e sempre estarei, eu e o seu pai!

Foram horas agonizantes fora daquela sala, se eu estivesse lá dentro, se estivesse vendo tudo eu certamente estaria mais calma, ou não.

Hashirama chegou na sala ainda com a touca cirúrgica e um semblante cansado.

— Deu certo — Hashirama pressionou o polegar e o indicador no olhos e fez uma careta de choro — Deu c-certo!

A primeira cirurgia do Madara não foi feita por ele, então era justificável que ele estivesse assim agora, era o seu melhor amigo, um irmão, e estava com a vida em suas mãos, eu entendia essa sensação de ter a vida de alguém precioso nas mãos. Senti um abraço forte me sufocando e o choro do Obito molhando meu ombro. Depois de acalma-lo eu segurei sua mão e fomos até o Hashirama que estava sendo abraçado pela Mito.

— Obrigada, Hashi — o abracei apertado — Muito obrigada! Podemos vê-lo?

— Ainda não, Hana, sinto muito, ele só deve acordar na madrugada ou amanhã de manhã — ele falou quando conseguiu controlar a voz.

— Ainda assim, eu só preciso vê-lo por cinco minutos, mesmo que desacordado, só preciso sentir o coração dele, por favor, Hashirama!

— Tudo bem, mas só você e o Obito.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora