Capítulo 55

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POV Madara

Eu estava quase subindo pelas paredes e com a mão calejada, Liz já tinha mais de três meses e Hana ainda não queria se entregar pra mim, mas eu jamais cobraria isso, sabia como ela estava sobrecarregada mesmo com minha ajuda. Só que o que realmente me incomoda é saber o motivo pelo qual ela não quer se entregar, Hana achava que eu não percebia como ela se aproveitava dos momentos em que estava longe de mim para tomar banho, de como ela estava sempre vestida na minha frente e não me deixava ver nenhum pedacinho a mais do corpo dela. Além disso Izuna, Sakura e Mito vieram conversar comigo cada um em um dia diferente para falar sobre como Hana estava se sentindo insegura com o próprio corpo e que eu deveria fazer algo sobre isso, mas como fazer alguma coisa se ela não falava comigo? Isso me deixava frustrado, ela não falou comigo nenhuma vez sobre suas próprias inseguranças enquanto eu não exito em falar qualquer coisa pra ela.

Quando entrei em nosso quarto eu ouvi o barulho do chuveiro e engoli em seco ao abrir a porta silenciosamente tendo a visão de Hana nua dentro do box, meu pau deu sinal de vida imediatamente. Eu só queria invadir aquele box e entrar fundo nela, me declinado em seu corpo gostoso.

A maternidade realmente alterou o corpo de Hana, sua cintura ficou mais larga, a pele já não era tão lisa e tinha algumas marcas das estrias que ela ganhou na gestação, mas ainda era o corpo incrível da minha esposa. Com o quadril mais largo e os seios mais farto, franzi as sobrancelhas com a vontade de agarrar aquele quadril e chupar aqueles peitos enquanto ela cavalga pra mim, no entanto seu grito me tirou da minha fantasia.

— Saí daqui, Madara, sai — aquele grito partiu meu coração e eu me perguntei se algum dia minha esposa iria se entregar pra mim novamente.

— Tô indo no shopping com a Liz — falei depois de ter saído do banheiro, fui até o quarto da nossa filha e a peguei no colo — Sua mãe é complicada, bebê!

Depois de prender Liz na cadeirinha e guardar seu carrinho no porta malas eu fui para o shopping, andando com ela por lá até encontrar uma cabeleira ruiva que chamava a atenção por onde passava.

— Chefinho — ela sorriu pra mim e se abaixou para fazer carinho na Liz.

— Olá, Karin — respondi o cumprimento, das garotas da boate que eu fudia ela costumava ser a mais tranquila e menos obsecada por mim fora do quarto.

— Então essa é a sua bebê, devo dizer que ela é sua cara — ela ergueu o corpo e voltou a me olhar — Fico feliz que você tenha construído uma família e esteja fazendo as coisas do jeito certo, você merece, Madara!

— Eu tenho certeza que apesar de tudo não mereço a Hana, mas se ela me escolheu eu só posso honrar com isso — falei com um meio sorriso e vi um sorriso verdadeiro crescer no rosto de Karin.

— Eu larguei a boate, encontrei um cara disposto a ter um relacionamento comigo, apesar de também não achar que eu mereço o Suigetsu, mas ele me escolheu — ela corou e me abraçou — Parece que nós dois demos sorte, eu torço muito para que sua família seja feliz, Madara!

— Obrigado, Karin — retribui o abraço rapidamente, antes de voltar a andar com a Liz.

Depois de um tempo voltei pra casa e encontrei Hana deitada no sofá chorando muito.

— Ei, meu amor, o que foi? — perguntei me aproximando dela enquanto deixava nossa filha no carrinho.

— Eu não quero acreditar que você seria capaz de me trair, Madara, pensar nisso dói muito — eu a olhei confuso — Mas aquela ruiva gostosa, a Karin com quem você já transou me deixou muito nervosa, você estava se agarrando a ela.

Tudo finalmente pareceu fazer sentido, Hana foi ao shopping me encontrar, me viu no momento em que estava conversando com Karin e a associou ao telefonema do meu aniversário há alguns anos.

— Eu não estava te traindo, Hana, só me encontrei com ela por acaso e ela disse que torcia pela minha família, eu a abracei e agradeci, só isso. Custa confiar em mim, porra?

— Como quer que eu confie quando você olhou com tanto nojo pro meu corpo? — ela chorava mais e Liz começou a chorar também com a gritaria.

— Nojo? Eu olhei com tesão, minha vontade era entrar ali e fuder você todinha — nesse momento Izuna e Sakura chegaram, arregalaram os olhos, pegaram o carrinho da Liz e sairam com ela sem dizer nada — Mas agora que tocou nesse assunto vamos falar de como você tem me evitado nos últimos três meses!

— Vai querer me cobrar agora? — ela pôs a mão na cintura com a expressão nervosa e o rosto vermelho e inchado.

— Vou sim, mas não é sexo, eu nunca te cobraria isso — me sentei no sofá e tentei controlar meu tom de voz — Eu vou te cobrar cumplicidade, confiança, reciprocidade de eu te falar minhas merdas e você falar pra mim as suas! Porque você não pensou duas vezes antes de desabafar com o Izuna, com a Sakura, com a Mito e sabe-se lá com quem mais sobre suas inseguranças...

— Madara, eu... — ela tentou me interromper.

— Madara o cacete, quem vai falar agora sou eu — me levantei novamente — Eu tô do seu lado, sou seu marido, seu parceiro, o pai dos seus filhos e exijo que você me enxergue assim, que divida comigo o peso que carrega em suas costas porque uma relação é isso, é entrega e confiança. Mas você não confia em mim, pelo menos não como um parceiro com quem você pode contar — minha voz estava alterada de novo e algumas lágrimas enchiam meus olhos, eu estava magoado com Hana e isso doía — Você devia ter chegado em mim e falado "Madara, eu tô insegura com meu corpo" e aí nós dariamos um jeito nisso como um casal, mas você preferiu se esconder de mim como se eu fosse um desconhecido, esconder seu corpo, suas dores, tudo! Eu não odiei seu corpo, eu não deixei de desejar você, será que faz ideia de como você ficou gostosa? Seus peitos tão maiores, seu quadril ta mais largo e eu tenho fantasiado com você desde antes de me expulsar do banheiro a gritos.

— Minha barriga ta horrível e toda marcada — a voz dela era baixa e frágil.

— Foda-se — me aproximei dela e ergui sua blusa de uma vez exibindo sua barriga enquanto ela tentava inutilmente se cobrir — Algumas marcas não fazem diferença pra mim, eu nunca deixaria de te desejar pelas marcas que você ganhou para me dar nossa filha, esse ainda é o corpo delicioso da minha esposa, o único corpo que eu desejo nesse mundo e eu só queria que você confiasse em mim!

Saí da sala e fui para o nosso quarto, deixando uma Hana chorando alto pra trás, eu não estava errado em cobrar isso dela, é hora dela começar a me ver como parceiro.

Dormimos sem que eu falasse com ela e no dia seguinte no café da manhã ainda não tinha respondido nem ao bom dia dela.

— Madara — ela chamou e eu a ignorei, pegando minha xícara de café — Vai mesmo ficar me ignorando? Esse tratamento do silêncio é péssimo!

— A gente volta a conversar quando você resolver falar de verdade comigo — virei de costas para sair dali.

Doía tratar Hana assim, mas precisava fazer ela entender que algumas atitudes machucavam de verdade.

— Me perdoa — a voz ela estava embargada — Me desculpa, eu só tava com medo, cheia de paranóias e sabia que você iria achar drama o que eu tava sentindo.

— Seu sentimentos não são drama — abracei sua cintura por trás, apoiando meu queixo em seu ombro — São o que se passa em seu coração e isso nunca vai ser drama pra mim!

— Seu sentimentos não são drama — abracei sua cintura por trás, apoiando meu queixo em seu ombro — São o que se passa em seu coração e isso nunca vai ser drama pra mim!

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Hana começou a desabafar todas as suas inseguranças ali em meus braços e eu aliviei cada uma delas, ouvindo atentamente minha esposa e falando quando era necessário.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora