Capítulo 14

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POV Hana

Madara era um louco bipolar, porém sabia o que fazer na cama. Quando ele disse que não seria delicado eu fiquei com medo, mas quando experimentei aqueles puxões de cabelo e tapas na bunda sem poder mover meus braços, foi incrível!

Agora ele ainda me empresta o telefone para falar com meu pai, depois de ter apertado meu queixo ontem, como eu disse, um louco bipolar.

- Papai?

- Filhinha? Está tudo bem com você? Que número é esse?

- Esse é o telefone do Madara - ouvi um suspiro - Eu estou bem, tô ligando pra saber de vocês.

- Nós estamos bem, mas Haru foi dormir chorando nas duas últimas noites com saudade de você, ela fica lendo aquele livrinho o tempo todo, é uma pena que ela já saiu pra escola - a voz de papai estava embargada e meus olhos encheram de lágrimas, eu nunca fiquei sem ver a Haru nem por um dia, mas agora nem falo com ela há dois - Ele...ele foi gentil com você?

- Foi, papai, pode ficar tranquilo em relação a mim, foca em você e na Harumi - respirei fundo - Você cortou as frutas pro café da manhã dela? O senhor sabe que eu não gosto que ela fique comendo essas porcarias no café!

- Até cortei, mas ela mal comeu, ela disse que eu corto as frutas muito grandes, que só você sabe fazer isso.

- Te esperamos no carro - Madara sussurrou e eu assenti.

- O senhor sabe que ela ta é pirraçando, ne? - perguntei rindo - Leva ela pra tomar um sorvete naquele parque que ela gosta e se cuidem, agora eu tenho que ir. Amo você mais que tudo no mundo!

- Mais que tudo no mundo!

Eu desliguei e sai pela porta quando Madara e Obito estavam entrando no carro. Nós fomos em silêncio até a escola do Obito, quando estava saindo para a escola ele me deu um beijo no rosto.

- Eu devo ficar com ciúmes? - Madara perguntou e eu ri alto - É sério, ele raramente é carinhoso comigo e você chegou em dois dias e já ganha beijinhos e abraços.

- Você não é do estilo carinhoso - dei de ombros - Crianças retribuem aquilo que recebem!

- Agora pronto, vai criticar até o jeito que eu trato meu filho - dei uma gargalhada do bico que ele fez.

Fomos direto no mercado e estávamos quase terminando a feira quando ele começou a reclamar.

- Isso demora muito - Madara empurrava o carrinho emburrado.

- Que biquinho mais fofo - apertei a bochecha dele e dei um selinho.

Madara ficou me olhando estranho e só ai eu percebi que parecíamos um casal, abaixei a cabeça e coloquei o cabelo atrás da orelha.

- Você deveria parar de agir como se fossemos um casalsinho - ele falou frio e voltou a andar com o carrinho, decidi não falar mais nada no mercado.

Depois de colocarmos as compras no carro, ele se sentou ao meu lado e apertou minha coxa.

- Não me leva a mal, é que eu não posso corresponder ao que você quer e eu quero que você entenda isso - ele falou com a voz calma - Eu nunca vou fazer o estilo casalsinho, de ficar trocando carinhos e sendo fofo e quanto antes você entender isso melhor!

Assenti e virei o rosto para a janela, ouvi um suspiro do Madara antes dele dar partida. Pensei que fossemos para casa, mas paramos no estacionamento de um shopping.

- Onde vamos?

- Só vem comigo - ele saiu do carro e eu saí atrás.

- O que vamos fazer? - Madara não falou nada e continuou caminhando até parar em frente a uma loja de eletrônicos - Você odeia que te ignorem, mas ama ignorar as pessoas, ne?

Ele riu e apontou para a loja, eu o olhei confusa e o vi rolar os olhos.

- Escolhe um - ele entrou e eu o segui.

- Como assim?

- Você não é tão sonsa assim - sua voz tinha um tom de riso - É pra você escolher o celular que você quiser e eu te dou.

Arregalei meus olhos e comecei a negar com cabeça.

- Não, Madara, não mesmo, eu não posso aceitar - ele colocou um dedo sobre meus lábios, me calando.

- Eu não perguntei se você queria ou não, eu só te mandei escolher qual você quer - ele cruzou os braços e foi minha vez de rolar os olhos - Você não quer depender de mim e do Izuna sempre que quiser falar com alguém não é?

- Madara, de verdade, eu não posso aceitar - dessa vez ele calou minha boca com um beijo quente e eu olhei chocada pra ele.

- Só aceita, a noite você me recompensa.

- Credo, falando assim eu me sinto até uma prostituta - eu realmente fiquei ofendida.

- Ora, você está transando comigo pra pagar uma dívida, não é? - ele falou em tom de brincadeira, mas aquilo me magoou de verdade.

Caminhei até a bacada e escolhi um celular simples.

- Pronto, esse aqui tá ótimo!

- Não tá não e se você continuar com isso eu vou pegar o mais caro daqui pra você - bufei e olhei feio pra ele - Tudo bem, vai ser esse!

Ele pegou um lançamento caríssimo e foi em direção ao caixa.

- Eu nem devo saber mexer nisso, o que importa pra mim é ligar e receber ligação, Madara - segurei o braço dele - É sério, sua puta não precisa de algo tão caro!

- Então é por isso que você ta emburrada? - fiquei calada - Considere um presente, Hana e não me ignore quando eu falo com você!

A voz dele soou raivosa no final da frase. Ele pagou pelo celular e fomos para o carro, lá dentro me entregou a caixa junto com um chip.

- Obrigada - falei em tom baixo.

- Eu só tava brincando com você, pequena - Madara segurou meu rosto e me fez olhar pra ele - Você não é uma prostituta e eu nunca olhei pra você assim!

- Mas eu tô transando com você pra pagar uma dívida!

- Não, você ta transando comigo porque eu sou um louco que exigiu isso pra manter seu pai vivo, isso não faz de você uma puta e sim uma boa garota.

- Obrigada - toquei o rosto dele e quando ia beija-lo, me afastei.

- Por que não me beijou?

- Quando eu fiz isso no mercado você não gostou - dei de ombros e me assustei quando ele me puxou pra um beijo feroz.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora