Capítulo 30

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POV Madara

Já faziam mais de três horas que ela tinha saído e ninguém tinha vindo ainda dar qualquer informação.

- Deidara? - Sakura falou atendendo o telefone e saindo da sala - A Hana tá operando ele, ainda não tivemos informações.

Eu tinha esquecido desse cara, que podia ser até namorado da Hana, quando a beijei, eu só queria aquela boca pra me sentir seguro.

- Ela sabe o que tá fazendo - eu não sabia se Harumi estava tentando me convencer ou se convencer, mas assenti pra ela.

Mais uma hora se passou até Hashirama chegar na sala, com um avental parecido com o que eu e Hana usamos para ver o Obito.

- A cirurgia foi um sucesso - deu para ouvir os suspiros de alívio de todos na sala - Hana só está terminando de fechar, mas a partir de agora é só esperar a recuperação dele!

- Hashirama - chamei quando ele estava saindo - Me leva até a Hana.

- Madara, ela está em um andar restrito.

- Eu não vou entrar na sala de cirurgia, só quero vê-la.

- Tudo bem, vem comigo, mas você não pode ultrapassar o limite que eu estabelecer, ok? - assenti e o segui por um extenso corredor, quando Hashirama colocou a mão na frente e não me deixou seguir mais, ficando parado ao meu lado.

Vi eles tirando meu filho em uma maca, com a cabeça enfaixada e quis ir até ele, mas me contive.

- Ele está bem? - meu amigo assentiu.

- Só está anestesiado, mas logo acorda.

Hana saiu logo depois, ela estava pálida, parecia tonta, se virou para uma lixeira e começou a vomitar, aí foi impossível que eu ou Hashirama ficassemos parados no lugar, corremos até ela.

- Hana, o que tá acontecendo? - segurei seu corpo antes que ele batesse no chão e olhei apavorado para Hashirama.

- Madara, calma - meu amigo limpou o canto da boca dela com um toalha de papel - Isso é só corpo respondendo ao nervosismo, ela foi excelente lá dentro, uma cirurgiã perfeita e não desabou. Mas temos que lembrar que ela abriu a cabeça do próprio filho, isso é demais pra qualquer pessoa e agora o corpo dela entendeu que finalmente pode ficar nervoso.

- Madara - ela me chamou com a voz fraca, abrindo os olhos.

- Eu tô aqui, pequena - acariciei o rosto dela e a ajudei a firmar no chão - Toma um banho enquanto eu pego alguma coisa pra você comer, ok?

Ela assentiu e seguiu para outra ala, enquanto eu ia atrás de alguma coisa, comprei um salgado, um café e um rocambole. Cheguei na sala em que estávamos esperando e coloquei sobre a mesa, ela chegou uns 15 minutos depois de cabelo lavado, exalando o cheiro de chiclete que eu sempre amei nos seus fios.

- Obrigada - ela sentou do meu lado e começou a devorar as coisas - Ele deve acordar logo, vocês deviam ir pra casa descansar.

- Ela tem razão - concordei - Estão todos aqui desde a madrugada, vão pra casa e assim que tiver novidades nós ligamos.

Passaram três dias e o Obito ainda não havia acordado, Hana estava desesperada, morrendo de medo de ter feito algo errado, mas os exames não apontavam nenhuma anormalidade, meu coração estava ficando apertando com toda essa tensão. Hana saiu do quarto depois de examiná-lo mais uma vez, chorando muito e foi lá pra fora, eu a segui e a encontrei com o rosto pra cima, chorando na chuva. A abracei por trás e ela se virou, enterrando o rosto no meu peito enquanto eu apertava sua cintura com força e acariciava seu cabelo.

 A abracei por trás e ela se virou, enterrando o rosto no meu peito enquanto eu apertava sua cintura com força e acariciava seu cabelo

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- Me desculpa, eu disse que ia salva-lo, que era sua melhor chance e agora ele não acorda - a voz dela estava cheia de dor.

- Shiu, calma, você fez tudo que podia e ele vai acordar, meu amor, eu sei que vai - beijei a cabeça dela - Vamos lá pra casa, Izuna vai ficar com ele e nós dois tomamos um banho e tentamos descansar um pouco, o que acha?

Ela assentiu e eu a conduzi até o meu carro, dirigindo com cuidado pra casa. Hana entrou sem cerimônia, como se nunca tivesse se afastado dessa casa e foi direto na cozinha beber água.

- Vou preparar um banho de banheira pra você no meu quarto, ok? - ela assentiu.

Eu subi, enchei a banheira com água quente e ela ainda não havia chegado no quarto, então sai a sua procura e vi o quarto do Obito aberto. Ela estava lá, olhando as fotos, sentada na cama dele.

- Ele e a Rin formam um casal bonito - ela me virou uma foto em que estavam ele e Rin abraçados e ele descansava o queixo na curva do pescoço dela - Mas e isso aqui? Haru tem alguma coisa com ele?

- Não sei, mas eu suspeito que sim e não gosto nem de pensar nisso - eu respondi me sentando ao lado dela e pegando a foto em que estavam Obito e Kakashi sentados com as pernas abertas e Rin e Harumi sentadas no meio das pernas deles - Você sabe que o Obito sempre a acoberta em tudo, então ele nunca nos contaria.

- Você tem que deixar de ser super protetor, implicante - ela apertou minha bochecha.

- Não é super proteção - fiz um bico - Só que eu vi a Haru crescer, ela é minha garotinha e eu não gosto de pensar em nenhum marmanjo se aproveitando dela.

- Do jeito que a Harumi é pra frente é mais fácil ela se aproveitar dele - Hana riu alto e eu a acompanhei, acho que foi a primeira vez em três dias que nós rimos de verdade, mas ela logo parou e seus olhos voltaram a encher de água - Nós não devíamos estar rindo assim.

- Seu banho já tá pronto - ela se levantou e me puxou pela mão até o banheiro - Não sei se isso é uma boa ideia, Hana!

- Só toma banho comigo, não quero fazer nada além disso, só quero ficar pertinho de você - assenti e tirei minha roupa, enquanto ela fazia o mesmo, entrei na banheira e ela se sentou no meio das minhas pernas, apoiando a cabeça em meu peito, eu notei a linda tatuagem que ela agora tinha sobre as cicatrizes entre o quadril e a cintura, mas resolvi deixar os comentários para o dia seguinte.

Ela só queria carinho e eu também, nessa situação tão inocente e cheia de necessidade um do outro, eu nem conseguia ficar de pau duro, sabia que ela só queria um porto seguro e eu amava que apesar de tudo que passamos ela ainda podusse ver isso em mim. É incrível a sensação de ser esse porto seguro pra ela, é como se o dever de protege-la coubesse só a mim!

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora