Capítulo 38

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POV Madara

Fazia mais de duas semanas que ela me deixou sozinho na cama mais uma vez, se eu deitasse com Hana novamente com certeza passaria a noite em claro, para garantir que ela estaria em meus braços quando o sol nascesse. Eu não a julgava, no seu lugar também não confiaria em mim, ela tinha razão em ter medo de se entregar, mas eu preferiria ficar sem sexo pro resto da vida a magoar minha Hana novamente. Acordar sem ela me fez voltar aquela manhã há oito anos.

...

Estiquei o braço sobre o lado da cama, mas estava vazio, abri meus olhos e pisquei algumas vezes para clarear minha visão, levantei da cama nu e sentindo meu coração se apertar quando não achei Hana em nenhum lugar do quarto, vesti uma calça de moletom com pressa e corri para o andar de baixo, procurando ela em cada parte da casa, sem querer acreditar que ela havia me deixado sem se despedir.

— Cadê você, Hana? — liguei pra ela e caia direto na caixa postal, claramente ela já estava dentro do avião.

Mas o que eu queria? Deixei claro pra ela que não poderia espera-la, só não esperava que fosse sem dizer tchau, voltei pro meu quarto e abracei o travesseiro, sentindo o cheiro de chiclete do cabelo dela e algo quente molhar meu rosto.

— Droga, tô ficando mole por causa dessa garota — suspirei e larguei o travesseiro, indo para o banheiro — Foi melhor assim!

...

Na manhã da nossa última noite eu não precisei gastar tempo a procurando pela casa, ela tinha deixado um bilhete.

— Madara, vamos no aeroporto comigo rapidinho? — Hashirama chamou, ao lado de Izuna e Obito, me tirando desses pensamentos.

— Fazer o que? — já era início da noite, eu estava desanimado, jogado no sofá, passando os canais da tv sem prestar atenção neles.

— Só vamos, Madara — Izuna falou.

— Tô afim de olhar uma viagem, pai — Obito tomou o controle da tv da minha mão — E como é você que vai pagar, então tem que ir junto comigo!

Revirei os olhos, eles com certeza não me deixariam em paz, me levantei e fui vestir uma camisa para acompanhá-los ao aeroporto.

— O que vocês estão aprontando? — eu podia ver os três tentando conter o sorriso e a empolgação.

— Como eu disse — Obito foi em direção ao carro — uma viagem, pai!

Sua cicatriz já estava bem clarinha e ele não sentia vergonha de sair na rua, o que era bom e me trazia felicidade nesses dias sombrios.

— O que eles estão fazendo aqui? — perguntei quando vi Tatsuo e Harumi, de repente Obito cobriu meus olhos — O que vocês estão aprontando?

Meu filho não me deixou sair do aperto de sua mão por uns dois minutos, quando eu reconheci um toque suave e familiar em meus braços, aquele perfume, aquele toque, eu só podia estar ficando louco de carência.

— Madara — ouvi a voz suave de Hana e Obito soltou meus olhos, me permitindo focar no lindo rosto sorridente diante de mim — Ainda tem espaço pra mim na sua vida?

Não perdi tempo respondendo, agarrei sua cintura e tirei do chão em um abraço apertado, apoiando seus pés novamente e enterrando meu rosto em seu pescoço, me embriagando daquele perfume que eu tanto amava.

— Isso é sério? Você realmente voltou pra ficar com ele? — a voz decepcionada de seu pai a fez se afastar um pouco de mim.

— Papai, por favor, entenda que eu quero estar com ele.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora