Capítulo 16

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POV Madara

Em dois dias essa garota ta bagunçando minha cabeça, ela é uma menina encantadora, de sorriso lindo! Mas eu não sou homem disso, porra, tenho que parar com esse desejo irracional de querer agrada-la.

— Te mandei ai — Izuna falou e eu visualizei sua mensagem, era encaminhada e eu dei um sorrisinho, esse lugar aqui eu conheço.

— Valeu ai, mano — falei e vi Hana nos olhar meio curiosa.

Tobirama e Hashirama chegaram em minha casa e estavam indo sentar no sofá quando Izuna gritou.

— NÃO — todo mundo olhou confuso pra ele — Eu não faria isso se fosse vocês, o Madara e Hana transaram no sofá e deve ta cheio de fluídos corporais deles.

Hana ficou roxa de vergonha e escondeu o rosto nas mãos. Eu, meu irmão e meus amigos começamos a rir alto e ela abaixou o rosto na mesa.

— Vem cá, pequena, pode bater no Izuna, eu deixo — a puxei pros meus braços e Hana escondeu o rosto em meu peito, ela parecia sem coragem para olhar pra qualquer um de nós.

Os meninos pararam de rir e começaram a nos olhar com uma expressão cheia de insinuação, eu fechei a cara pra eles e Hana ergueu o olhar, fazendo-os disfarçar.

— Eu vou colocar fogo no Izuna enquanto ele dorme — Hana saiu dos meus braços e pegou um copo de água.

— Eu vou trancar minha porta, ela ta com cara de assassina!

Dessa vez até a Hana riu, nós passamos a tarde jogando conversa fora, ela estava cada vez mais a vontade entre meus amigos. Até que deu a hora de buscar o Obito na escola.

— Você vem comigo, Hana? — chamei e ela fez uma careta — Vem, pequena!

Estendi minha mão pra ela, ela pegou e fomos de mãos dadas até o carro. Quando chegamos em frente a escola do Obito nós descemos e ficamos apoiados no carro, esperando por ele.

— Hana — meu filho correu direto pros braços dela.

— Como foi a aula? — ela pegou no colo e beijou sua bochecha, o colocando no chão novamente.

— Foi legal, mas eu já tava cansado de ficar aqui — nós entranos no carro.

Nas quartas e sextas Obito ficava até de tarde na escola para ter aula de futebol, francês e italiano.

— Mas é pro seu bem, filho — Obito me olhou feio e Hana riu.

Eu estava meio receoso de como a relação deles estava evoluindo, tinha medo de Obito começar a ver em Hana uma mãe e ela não gostar disso.

— O que vocês acham de um sorvete? — perguntei empolgado e Obito pulou no banco de trás, enquanto Hana murchou o sorriso — Ei, o que foi?

— Nada não — ela me deu um sorriso forçado e eu apoiei minha mão em sua coxa.

— Fala pra mim, pequena.

— É que você não me deixou ver minha irmã porque você não queria sair de casa e agora ta chamando a gente pra tomar sorvete, era melhor dizer que não queria que eu visse a Harumi!

Resolvi não falar nada, só queria ver a reação dela quando visse pra onde estávamos indo.

— Papai, nós nunca viemos aqui — Obito comentou e Hana finalmente olhou em volta, com uma expressão confusa.

— Aquele ali não é seu pai? — apontei para onde Tatsuo estava com uma garotinha — Eu pedi pro Izuna perguntar sua amiga onde era a praça, por isso te chamei para vir comigo.

— E eu te julgando tão mal, desculpa, Madara, de verdade — ela pediu sem tirar os olhos da irmãzinha.

Assim que eu estacionei Hana saltou do carro e pegou Obito no banco de trás. Correndo com ele na direção do pai dela, ela se abaixou e abraçou uma criaturinha muito fofa, que chorava nos braços dela.

 Correndo com ele na direção do pai dela, ela se abaixou e abraçou uma criaturinha muito fofa, que chorava nos braços dela

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— Eu pensei que você tivesse me abandonado — escutei a voz doce da irmã de Hana falando quando me aproximei.

Tatsuo se colocou na frente das duas e eu parei de andar.

— Eu tô em missão de paz, só queria que a Hana visse a irmã — ergui os braços e os outros três prestaram atenção em nós.

— Papai, por favor, deixa tudo pra la — Hana pediu com a voz delicada — Esses são Madara e Obito e essa é Harumi, minha irmã, e o Tatsuo, meu pai.

— Harumi? — perguntei me abaixando da altura da fofinha e ela se escondeu um pouco atrás da Hana — Você sabia que quer dizer "beleza da primavera" em japonês?

— É? — ela perguntou se aproximando e eu assenti.

— Na verdade Haru, esse é seu nome porque sua irmã ama a primavera e pra combinar com Hana, que é "flor" em japonês — o Tatsuo falou e a pequenina sorriu para a irmã.

— Vamos brincar? — Hana chamou o Obito e a Harumi.

Quando eles já estavam longe Tatsuo me chamou para sentar no banquinho com ele.

— Eu nunca imaginei que minha garotinha estaria nessa situação por minha causa — a voz dele era baixa.

— Eu tô cuidando bem dela, Tatsuo, nada de ruim vai acontecer com a Hana.

— Mas e o futuro dela, Madara? Minha filha tinha muitos planos e teve que abrir mão de tudo isso só porque eu não conseguia pagar uma porcaria de um hospital pra mãe dela!

Eu não falei nada, achei melhor não falar. Depois de um tempo em silêncio eu vi a pequena Harumi vir correndo em nossa direção.

— É pra você, Madara — ela estendeu uma pequena flor pra mim — A minha mana falou que agora mora com você, então você promete que vai cuidar bem dela?

— Prometo, pequeninha — fiz carinho na bochecha dela, que sorriu largo pra mim, o mesmo sorriso infantil que a Hana dava quando estava se divertindo.

— Vamos tomar sorvete? — o Obito pediu e todos nós fomos para a sorveteria.

Depois do sorvete, Hana se despediu de seu pai e sua irmã e entrou no carro radiante, se jogando em meus braços de um jeito meio torto pela posição que estávamos.

— Obrigada, Madara — ela beijou minha bochecha e eu sorri pra minha pequena, fazendo carinho em seu cabelo.

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora