Capítulo 27

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POV Hana

Eu mesma fui levar o Obito na noite antes de eu viajar, só mandei uma mensagem pro Izuna avisando que já estava indo, quando cheguei encontrei Izuna, Tobirama, Hashirama com Tsuna no colo e Mito.

— Boa noite — sorri pra todos e já fui logo pegar a Tsuna, mas não evitei olhar em volta.

— Ele não tá em casa — o Izuna falou baixinho e eu dei um riso triste.

— Não precisa mentir pra mim, Izuna, o carro dele tá na garagem — ele corou e coçou a própria nuca.

Eu fiquei uns vinte minutos conversando e me despedindo de todos antes de ir.

— Eu vou cobrar as visitas de vocês mesmo, viu? — os quatro assentiram sorrindo e eu me virei pro Obito — Promete pra mim que você vai ser um bom garoto, que vai estudar bastante, não vai ficar colado no celular o tempo todo e vai cuidar do seu tio cabeça oca e principalmente do seu pai.

— Prometo, mãe, prometo também que vou te visitar e te ligar todos os dias, mas você tem que prometer que vai se cuidar e que não vai esquecer de mim.

— Nunca, meu pequeno, agora deixa a mãe te colocar pra dormir mais uma vez — enquanto subiamos as escadas eu vi a porta do quarto de Madara se fechando de uma vez.

Coloquei o Obito pra dormir e caminhei lentamente até o quarto de Madara, respirei fundo e hesitei antes de bater na porta.

— Bate, ele com certeza quer isso — Izuna falou antes de entrar no seu quarto.

Então eu bati na porta, esperei alguns segundos e bati novamente, mas ele não me atendeu, eu iria embora sem ver seu rosto uma última vez.

Desci as escadas segurando minhas lágrimas e desbloqueei meu celular para pedir um Uber, mas parei ao ver aquele protetor de tela, tudo estava tão simples naqueles dias.

— Hana — ouvi a voz rouca de Madara me chamar assim que eu atravessei a porta.

— Madara — me virei e ele estava apenas de bermuda, com olheiras profundas e uma expressão abatida, nos olhamos por um tempo antes de eu dizer —  quando me mandou embora, não era aquilo que você queria dizer, não é? Se você sente algo por mim eu preciso que você me diga, sem mentiras ou meias verdades, eu preciso ouvir!

Madara ficou em silêncio por um tempo, ele franziu as sobrancelhas numa expressão sofrida e se aproximou um pouco, eu também me movi pra frente, era como se nossos corpos se atraissem um para o outro.

— Que diferença faz agora? Você vai embora!

— Mas você pode me dar um lugar pra retornar — nós já estávamos cara a cara, ele erguia a mão e descia novamente como se estivesse indeciso quanto a me tocar.

— E o que acontece nesse meio tempo, Hana? Eu fico te esperando por anos? As coisas não são assim pra mim, nós dois não é uma possibilidade, até porque você merece um cara muito melhor que eu!

Eu acabei com a pequena distância entre nós e peguei sua mão, a colocando sobre minha bochecha, implorando por um carinho.

— Quem decide isso sou eu!

— Não, porque você não ta pensando direito — ele arrancou sua mão da minha e cruzou seus braços, para impedir qualquer contato que pudéssemos ter — Olha pra mim, Hana, eu sou o cara que quis comprar você, que quase te impediu de viver seu sonho, que não respeitou você, eu coloquei Harumi em perigo e fiz você matar alguém a sangue frio, você acha mesmo que é com um cara assim que você deve ficar? Você merece muito mais que isso, Hana!

O Acordo - Madara UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora