Herdeiros- Complexo Do Alemão

8 Eu amo você!

Cacau narrando...

À dias que eu não vejo Gael, desde aquele momento que nem eu mesmo soube do que estava fazendo, ele se distanciou de mim de uma forma que me surpreendi, mas não posso negar que isto é bom quanto para ele tanto para mim, isso poderia machucar um de nós dois, e eu me magoaria muito, se eu soubesse que eu fui a causadora de mas uma decepção da vida dele. Tenho ficado esses dias em casa, minha menstruação veio, e quando estou na tpm, o capeta corre até de mim.

  Não recebi nenhuma mensagem do Luís mais, pensei que ele ligaria, depois daquela noite, mas por enquanto eu prefiro ficar na minha, começo ouvir música da Luisa Sonza, quando ouço baterem na porta, Guga aparece na porta com seu sorriso estonteante, e dou espaço para ele deitar ao meu lado, aqui todos nós irmãos somos unidos um com o outro, e sou o xodó da casa, por eu ser a única mulher dos irmãos.

Guga faz suas perguntas do porque eu não ter ido as aulas e logo em seguida vem com seu caderno, estudamos um pouquinho, e ele vem com a ideia de um pagode na casa do tio Gabriel, já me animei um pouquinho, ainda mas quando ele disse sobre a surpresa que quer fazer a sua namorada, eu concordei em ajuda-lo, Marina é uma pessoa maneira, e fazendo meu irmão feliz, eu também fico feliz.

Fomos busca-la em sua casa, e a mesma vem com um vestido igual uma patricinha, Guga olha pra mim de uma forma parecendo que está pedindo para eu ir pro banco de trás e nego com a cabeça, ela é namorada, e eu sou a irmã e tudo certo, nos se comprimentamos, e cada vez que vamos chegando mas perto da casa do tio Gabriel, parece que minha barriga está cheio de borboletas, não sei se é nervosismo ou outra coisa. Tio Gabriel aqui no morro hoje, eu pensei que ele  estaria no morro de São Paulo hoje, ele deve ir apenas segunda-feira.

Chegamos na casa da Tio Gabriel, e vejo todo mundo, tia Stefany, Lavinia, e seus outros filhos, olho para o lado, e ali esta Gael com um copo de cerveja em mãos, ele me olha e sai andando para outro lado, resolvo ir atrás dele, ele esta me evitando?

- Gael? Pare por favor?- Pergunto segurando em seu braço.

- Oi Cacau, pode falar- Ele diz dando um gole da sua cerveja e deixando em cima da bancada.

- Você está distante de mim e da família esse tempo todo... Eu cheguei agora e você saiu, porque está fazendo isso?- Olho no fundo dos seus olhos, e sinto suas mãos em volta do meu rosto, e apenas sinto o calor do seu corpo.

- Minha pequena, eu sou homem para te dizer que eu gostei muito daquele nosso beijo, mas apesar de não sermos irmãos de sangue, eu te... considero e você me considera também porque eu sei, e antes que eu te machuque, eu prefiro me afastar, pelo menos por um alguns dias, você merece um amor de verdade, que lhe faça se sentir amada, que supri suas necessidades, que seja um cavalheiro com você, e que não tenha esse rancor todo que eu tenho, mas eu quero que saiba que você pode contar comigo pra sempre, porque sempre te ajudarei.

Talvez ele tenha razão, talvez aquele dia pode ter sido um erro, limpo uma lágrima que desce pelo meu rosto, mas não consigo e explodo ali mesmo, Gael limpa minhas lágrimas, e ele se abaixa me abraçando por eu ser bem menor que ele, roço meu nariz em seu pescoço e nosso rosto vai se encontrando, e se olhando um perto do outro, por um impulso eu puxo ele por um beijo, mas o mesmo me desgarra e sai andando.

Fico ali paralisada o olhando saindo do meu campo de visão, e volto para o pagode e vou a procura de Lavínia que está conversando com o Klaus animadamente, abraço ela por trás, e a mesma me retribui com um outro abraço, peguei a cerveja da mão do meu irmão e começo a beber com eles ali enquanto o tempo vai passando, Gael surge ao lado de meu pai, os dois conversa seriamente e alguns sorriso sai dos lábios dele e do meu pai, mas em nenhum momento Gael me olha.