Herdeiros- Complexo Do Alemão

19 Imbecil

Gael narrando....

A vida não foi feita pra mim, isso é a realidade que eu mesmo estava se negando, tentei ao máximo ser uma boa pessoa, ser um homem bom pelo menos para minha familia, ainda sou, eles não tem nada haver com isso, quando eu me permiti a se apaixonar, eu já estava apaixonado pela minha própria irmã, que loucura né? Mas acabou que fui literalmente destruído, não pela traição da Cacau em si, mas pela dor da minha coroa, doeu nela, é como se tivesse enfiado uma facada em mim, odeio ver minha família sofrendo.

Todas as pessoas que fizeram mal a minha familia, encostaram apenas em um fio de cabelo deles, eu matei, não sobrou nenhum, e muitas pessoas, eles não sabem que eu passei o rodo, nunca fui de deixar rastro, ou melhor, eles nem conhecem esse meu lado, por enquanto, porque não admito ver minha coroa e meu rei sofrendo, até meus irmãos, mas oque fode tudo, é que foi a pessoa que eu depositei minha confiança fazer oque fez, por causa dela, minha coroa perdeu o bebê, sei que ela é forte pra caralho, mas não é de aço, todo mundo tem un ponto fraco.

Cacau será a unica pessoa que não farei nada, por causa da minha família, todos sentimentos que eu tinha por ela, se foi, se eu estou errado? Estou pouco me fudendo pra isso, ela sabe a lei do morro, sabe muito bem como meu pai é, e como eu sou, foi no errado porque quis, todos erros sofrem consequência.

Eu disse que iria passar uma temporada no morro da Rocinha, Klaus não precisaria voltar pra lá, mas deixa minha coroa aqui, depois do que ela passou, é dificil pra caralho, sempre fui o fiel escudeiro dela dos filhos, se ela está mal eu estou perto dela, então meu pai vai hoje para São Paulo, Klaus chegou a pouco tempo, meu coroa disse que quer conversa algo comigo, então hoje não irei sair pra beber com os caras.

Depois de alguns minutos depois, a porta é aberta com Klaus e meu pai entrando, Guga provavelmente ficou minha mãe.

- A coroa está com o Guga né?- Pergunto já a garrafa e cerveja da mão de Klaus.

- Sim filhão, bom vou ser direto e reto, sei que Cacau errou, mas é minha filha e irmã de vocês.- Ele diz pegando a garrafa da minha mão.- E dai? Vai querer que eu busque a força?

- Gael... Tenta ser maleável, ela é nossa irmã!- Klaus diz colocando a mão em meu ombro.

- VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUANTO EU FUI A...-  Paro de falar automaticamente, eles não podem saber disso- Quer saber, estou caindo fora, não contém comigo.

Meu pai se levanta e segura em meu ombro bruscamente, fecho meus olhos para não explodir ali, não de raiva, mas de algum sentimento desgraçado que está dentro de mim, respiro lentamente e olho para ele.

- Gael não é assim que a banda toca, ela errou sim, mas não custa nada saber o motivo, ela não deu nenhuma explicação, é minha filha, e sua irmã, eu já dei tempo demais, se fosse com você, tu pode ter a certeza que eu iria atrás de você, porque você é meu filho, e assim eu faria com os dois, se ela quiser vir com nós, beleza, se não, vida que segue, agora senta ali e vamos conversa.

Não digo nada, ele não está errado, vou fazer isso por ele e minha mãe, mas depois disso, vou meter o pé para tolinha, se ela estiver aí, ela ajuda minha mãe.

- Estou indo para Sampa hoje, assim que eu voltar nos arrumaremos um  esquema, e você vai conosco.- Meu pai diz.

- Fique sabendo que eu faço isso por você e pela minha mãe, agora to indo, já deu.- Falo sem deixar os dois responderem e saio da da salinha.

Klaus narrando..

Eu sei o quanto minha irmã errou, não surpreendo a raiva que Gael tem por ela, já que os dois era agarradão, pra mim também está sendo difícil, mas se eu não apoiar meu pai, ele vai fazer sozinho, e isso jamais6 eu deixaria, Gael também, ele é turrão, mas não deixaria nós na mão, já que ele é melhor que eu é Guga, Gael é um verdadeiro dono de morro, também sou, mas ele é frio, impiedoso, coisa que eu não sou.

  Vou correndo para alcança-lo e como sempre ele para pra me ouvir oque eu tenho que falar xingando, montamos em nossas motos e subimos o morrinho onde meu pai vai sempre.

- É pela nossa mãe irmão, nos somos uma família, somos os herdeiros do morro, se um cair, vamos levantar o outro, tu é o guia dos irmãos se lembra? Cacau errou, mas podemos da uma chance a ela, isso porque é família.

- Claro que eu lembro, é um perdoando o outro, e foi eu que comecei com isso, quando éramos pequenos, mas é que... Bom deixa pra lá, eu vou ajudar sim, afinal é nossa irmã.- Toda vez que ele fala dela, sai em um tom magoado, parece que tem algo ali, que eu ainda não descobrir.

- Então, ajude nosso pai, vai resolvendo algumas coisas aí, enquanto eu olho o morro de Sampa, bom eu tenho que descer, vou resolver umas paradas aí, depois eu subo para nós beber.

Monto na minha moto pegando minha Glock vou em direção ao morro, tenho que ver algo com os crias da contenção, olho para a porta da casa da amiga de minha irmã, e paro a moto.

- LAIS, APARECE AI-  Grito chamando pelo seu nome.

- Oque foi? Não precisava berrar- Ela diz cruzado seus braços.

- Oque tu sabe da minha irmã?- Ela olha levantando sua sobrancelha.

- A mesma coisa que vocês sabem, agora é só isso Klaus? Estou com comida no fogo, tchau.

Ela vira jogando seu cabelo em meu rosto e fico puto, vou atrás dela e entro sem que ela perceba, mas quando se vira, a menina vira uma leoa.

- Oque tu quer caralho? Já falei que não sei de nada dela, e pra você saber, se eu soubesse onde ela estaria, eu não contaria a vocês não, ela pode ter errado sim, mas todos seres humanos erram, ela é sua irmã, não vai julgar ela não, agora me de liçenca.

- Não pedi sua opinião, agora eu só saio daqui quando você falar alguma coisa, tu é amiga dela, tem que saber de alguma coisa, pelo menos alguma coisa, já ajuda.

- Se você não sair daqui, eu vou...- Corto ela em instantes.

- Vai fazer oque?- Coloco a mão em seu cabelo cheiroso.- Gritar? Pedir socorro?- Alcanço seu pescoço beijando a boca dela, para a minha surpresa ela retribui.

É um beijo calmo, lento, suas mãos passam sobre meu ombro, descendo pela minha barriga, ela arranha com vontade fazendo eu ficar completamente duro.

- Filha da puta... Porque tu fez isso?- Falo gemendo de dor, colocando a mão na minha parte íntima.

-- Do pai também! Fiz porque não sou trouxa, agora saia da minha casa seu imbecil.- Ela diz apontando para a porta.

- Não saio!- Sussurro me sentando no sofá

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