27 Sim eu sei

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Cacau narrando.

Uma semana se passou, depois do dia que fui visitar Gael no leito, eu disse pra mim mesma que não queria ver-lo por enquanto, seria mas facil pra mim, eu o amo, mas estou me sentindo um lixo, meu corpo se treme todo com toque masculino, e por isso também que faço o máximo em evitar contato com ele, porque eu sei o quanto ele está sofrendo, eu também estou.

  Meus pais contratou uma enfermeira para cuidar dos nossos curativos, a Anna é uma pessoa boa, ela dá atenção a nós dois, mas eu percebi uma certa aproximação dela com ele, ainda fico tranquila sabendo que ela o chama de GG, ele deixa apenas os próximos a chamarem pelo nome, então fico mas tranquila, mas sempre a palavra "livre" fica martilizando em minha mente, eu deixei ele livre, então não posso pensar nessas coisas, foi minha escolha, e eu preciso seguir.

Gael não sai do quarto pra nada, então ele não ver a doutora vindo duas vezes por semana a me consultar, na verdade, são duas, uma psiquiatra que vem segunda e sexta, e a outra é psicóloga que vem terça e quinta, estou tomando remédios por causa da cirurgia, remédio para dormi, por causa da insônia que eu adquirir, remédio para ansiedade e depressão, estou tendo alguns pesadelos a noite, tudo me faz lembrar o desgraçado do Luiz, a noite pra mim é horrível, Brenda que tem passado a noite comigo, ela não sai do meu lado pra nada.

Meu pai entra no quarto com seu fuzil nas costas, senta ao meu lado, e não encosta em mim, ele sabe bem.

- Bom dia minha filha, como você está?- Ele pergunta olhando dentro dos meus olhos.

- Tentando sobreviver, a Patty ainda está na salinha da tortura?- Inquiero me ajeitando na cama.

- Sim, como você pediu, sobrevivendo apenas com um pão por dia e um copo d'agua.-Abro um sorrisinho, não vejo a hora de eu me recuperar.

A enfermeira, a Anna entra no quarto com a caixinha de primeiros socorros em mãos, com certeza ela foi no quarto de Gael primeiro, meu pai se levanta para ela chegar mas perto, então ela diz.

- Bom dia Senhor Coringa, oi bom dia Cacau.- Ela diz depositando a caixa sobre a mesa.

-Bom dia Anna.- Eu e meu pai falamos juntos.

- GG resolveu sair do quarto foi? Ela diz vindo até a mim.

Meu pai olha confuso pra ela e sai do quarto em disparada, ela cuida do meu curativo e me entrega alguns remedios, ouço gritos do meu pai pela casa chamando por minha mãe e meus irmãos, peço liçenca a Anna e vou ver oque está acontecendo.

- Oque houve gente?- Pergunto me escorando na parede.

- Gael, não está no quarto e muito menos no morro.- Klaus diz preocupado.

Minha cabeça da um giro de trezentos e sessenta grau, será que aquele desgraçado sobreviveu e pegou meu Gael? Sou amparada por Anna que já estava ao meu lado, sou levada para a cama, a Anna presencia muito técnica da psicóloga comigo para eu me acalmar.

- Vai Cacau, respira soltando o ar bem devagar, conta até dez, vai da certo você vai ver, GG está bem, ele é forte não é?- Eu sentir o tom de preocupação dela.

Faço oque ela está falando, alguns minutos depois eu estou mas calma, dessa vez eu não precisei de um remédio para me acalmar que na verdade me apaga legal, o tempo foi se passando, o morro todo está sabendo, pedi para ficar na sala com minha mãe para aguarda alguma notícia dele, levanto do sofá, depois sento novamente, a agonia vem, e eu levanto, ando pela casa a procura dele.

- Luiz... Luiz.. Luiz.- Digo enquanto eu vou andando.

- Oque tem ele minha filha?- Minha mãe pergunta vindo até a mim.

Herdeiros- Complexo Do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora