Herdeiros- Complexo Do Alemão

58 Decepcionado

Lais narrando...

Sentei na cama de frente para o Gustavo, estiquei-me a mão para pegar minha filha, mas Gustavo não quis que eu a pega-se, nesse exato momento, eu consegui conter minhas lágrimas, mas Gustavo como sempre vem se sentando ao meu lado querendo saber oque aconteceu.
—Porque está chorando? Foi o Klaus?— Ele pergunta.
— Ontem a noite, fui na casa do Klaus, onde você disse que ele estava, e para a minha decepção Victoria estava lá, é assim que ele estava sofrendo Gustavo?—Pergunto irônica.
— Olha aqui, deixei meu irmão junto com outros muleques bêbado na cama, ele estava apagado.—Gustavo me entrega o telefone me a mostrando as fotos dele apagado, o pior que ele estava na mesma posição.
—Eu não quero saber mas não, eu vim aqui no morro para mostrar minha filha a Laís e vocês, não por conta do Klaus, daqui a alguns dias eu estou partindo, e falando nisso, eu vou dá uma saída com a minha princesa.
  Gustavo não diz nada, enquanto ela está mamando eu vou para o banheiro me arrumar, faço todas as minhas higiene matinais,  volto para o quarto já arrumada, estou bem simples, com um short jeans, um cropped preto, um sapato branco, deixo meu cabelo em rabo de cavalo, por conta que a minha filha adora enrolar as mãos no meus cachos, já disse umas mil vezes que ou eu vou corta ele bem curto, ou vou alisar de vez, mas e a coragem? Ou melhor e o tempo que não tenho? Do um banho na minha princesa rápido, deixo ela toda cheirosa , Gustavo disse que iria para o apartamento dele, depois ele voltava, desço as escadas vendo o pessoal tomando café,  Klaus para de tomar o café e olha pra mim, passo por ele caminhando até a Cacau, entrego minha filha para ela, e sento-me na unica cadeira que está vazia, do lado do Klaus.
—Para onde vai levar minha princesa toda cheirosa?—Ela pergunta.
— Falei para Victor que estou aqui no morro,  ele vai me buscar aqui, vou almoçar na casa dele, aí mas tarde, vou dá uma passada com ele na minha mãe,  não quero enfrentar ela sozinha não.—Digo.
— Não quer que eu vá contigo? Cacau pergunta.
—Não amiga, obrigado, você não pode se estressar, o Victor vai comigo, bom ele já chegou, devo chegar só mas tarde tá

Não olhei em nenhum momento para o Klaus, aquela cena bizarra não sai da minha cabeça, como pode? Dizer que está sofrendo e está com outra?  Saio da casa de Cacau,  batendo meus olhos no Víctor, porra!  Ele está um gato! Só muda para melhor, Victor é meu amigo do tempo de escola, já teve um tempo que ele gostou de mim, porém ele pra mim era só amizade, depois de um tempo ficamos no carnaval, foi o carnaval todo, sentamos e conversamos, nós dois dissemos que isso não poderia mas acontecer,  mas quando iríamos perceber eu já estava na cama dele, até que comecei a me envolver com o Klaus, aí foi definitivamente, não fiquei mas com ninguém, meu  coração era só dele,  mas fazer oque, eu estraguei tudo.
—Lais sendo mãe! Garota você está sensacional!—Ele diz vindo me abraçar, e a minha filha já estende o braço pra ele .
—Eita, Sara não é assim! Oque você tem para ela querer ir para o seu colo tão fácil assim? —Estranho.
—Eu sou eu né! Da licença, ela já tem bom gosto—Gargalhamos.
   Victor  mostra a cadeirinha que ele comprou para a Sara, abri um sorriso largo, depois que ele colocou minha filha na cadeirinha, eu fui da a volta pelo carro para abrir a porta, mas ele veio correndo rápido, me pegou por trás me rodando, levei um susto soltei aquele grito e começamos a rir, ele abre a porta do carro pra mim, e antes de eu entrar, percebo que o Klaus está nos olhando pela janela, entro rápido e o Victor da partida.
   O dia com o Victor foi maravilhoso, briguei com ele o dia todo para não encher minha filha de doce, ela não é acostumada, mas adiantou?  Falei que iria fazer almoço pra nós, mas o cabeça dura disse que ele que iria prepara-lo, depois disso tentamos ver filme mesmo com a Sara gritando ao nosso lado brincando com  seu ursinho, quando deu umas quatro e meia, pedi que me levasse na minha mãe, e aqui está eu sentada no sofá dela, Victor ao meu lado e Sara no meu colo, minha mãe mal falou comigo, só disse para esperar meu pai chegar da rua para conversarmos, estou aqui tentando me segurar, não era para ter vindo aqui, mas aqui está eu, tentando concertar tudo, meu pai chega em casa com duas sacolas de cachaça em mãos, este homem nunca muda.
–Oque faz aqui? —Meu pai pergunta.
—Fez filho para criar e veio pra casa para nós criar!–Minha mãe se pronuncia.
—NUNCA QUE VOCÊS IRÃO CUIDAR DA MINHA FILHA!—Altero minha voz já chorando.
— E porque veio aqui então? Sentiu saudades? Você foi embora sem falar nada! Sempre cuidei de você direito, nunca faltou nada para você, para nós agradece dessa forma? Dando para traficante!— Meu pai diz.
—A sua educação era me espancar, quantas vezes eu tinha que tampar as manchas com maquiagem para ninguém ver, quantos brinquedos vocês quebravam em forma de castigo, as vezes eu não fazia nada! Minha filha vocês dois não vai cuidar, eu fui embora sim! Mas aqui está eu, faço minha faculdade, trabalho na área da que eu gosto, consigo manter eu minha filha e a casa, vim aqui para vocês conhece- lá e até pedi perdão, mas estou vendo que quem tem que pedi perdão é vocês e não eu!
—E essa criança tem pai?quem é pelo menos?—Minha mãe pergunta toda murcha, mas com certeza ignorou todas as minhas falas.
—O pai dela sou ..— Victor me  interrompe.
—O pai dela sou eu! Eu não conseguir ir com ela por conta do meu trabalho, mas eu sempre estava lá, auxilie e tudo, mas e só isso mesmo, vamos amor? Já deu oque tinha que dá aqui.
  Meus pais sempre gostaram do Victor, essa foi a primeira vez que Victor foi rude com eles, Victor sempre frequentou aqui, mas não sabe nada do que eu passei com eles, tento me manter forte, porque não quero demonstrar fraqueza a eles, Victor segurou a minha mão e disse que sempre estará comigo, levanto do sofá, sem falar nada com eles, peço para Victor pegar minha filha no colo,  não estou com força para segura-la, entro no carro sem falar uma palavra, depois de uns cinco minutos ele para o carro em frente a casa da Cacau, Klaus estava em pé conversando com Gael, saio do carro, Victor pega a Sara, as lágrimas começaram a rolar instantaneamente, então corro para os braços do Victor tentando me recompor.
—Calma estou aqui com você!, vou sempre está com você Lais, sou o seu amigo, quer que eu entre com você?— Limpo minhas e dou um abraço nele soltando e pegando minha filha.
—Você é muito especial pra mim Victor! Muito obrigado, mas não precisa entrar não,  vou ficar um pouco com a minha amiga, obrigado por tudo, mas tarde eu te mando mensagem.
  Me despeço do Victor, Gael pergunta se está tudo bem,  digo que sim com a cabeça, não queria falar perto do Klaus, entro percebo que a casa está silenciosa, vou até o quarto de Cacau, dou umas leves batida na porta e ouço Cacau mandando entrar, ela ver como estou e logo se levanta, ou tenta né, porque minha amiga está uma bolinha.
—Oque aconteceu? Sente-se aqui.—Sento colocando a minha filha no chão e seu ursinho junto.
— Meus pais... Você tinha que ter visto eles falando coisas horríveis pra mim, amiga, eu não fui embora só por causa do que aconteceu com Gustavo não, mas sim porque meus pais me maltratava muito! Eu segurei essa barra sozinha,  foi anos de humilhação, de ficar apanhando atoa, até mesmo grande, depois que ele bebia, eu que sofria, mas enfim, não vou entrar neste assunto mais! Ele praticamente insultou minha filha, até que o Victor tentou amenizar dizendo que ele é o pai da Sara, pra mim foi um choque na hora, mas percebi que ele só quis ajudar.—Falo limpando minhas lágrimas.
—Porque você nunca me contou sobre isso? Poxa Lais, você sempre esteve ao meu lado, com toda a certeza eu estaria do seu lado como estou  agora, não só eu, mas todo mundo da minha família, isso você pode ter a certeza, você sabe que no morro, não aceitamos essas coisas,  e sobre o Victor gostei da parte que ele fez, porém sabemos muito bem que ele não é o pai, mas adorei oque ele fez, mas sobre seus pais,  eu estou indignada.—Alguém bate na porta.
  Klaus abre a porta e a minha filha engatinha para o lado dele, então Klaus pega ela no colo, e começa a brincar, Cacau olha pra mim com um semblante um pouco triste, então ele olha pra mim e diz.
—A sua filha é muito linda Lais... Quantos meses ela tem?—Ele me pergunta e roda ela no ar.
—Nove meses, cuidado, ela vai gofar em você!—Falo e ele rir.
—Isso não minha pequena por favor!—Ele diz olhando para ela, e volta sua atenção pra mim— Posso levar ela para da um rolê por aqui? Vou ir na boca não, por favor!.
  Eu não quero deixar, por mim ela não vai, Sara nunca saiu sem mim, mesmo que ele ande apenas pelo morro, como que eu posso confiar nele? Tudo bem que ele é o pai! Mas pra ele Sara é apenas a filha da ex dele, também sei que ele não fará nada com ela,  o problema é se tiver um confronto, meu coração começa a acelerar, mas olho para Cacau que está com seus olhos ameaçador se eu não deixar, tá bom! Eu preciso confiar nele.
— Tudo bem! Mas não demora, deixa eu ver se ela de xixi,  leva essa bolsinha aqui, caso ela queira mamar.— Ele me olha incrédulo.
—Não vou carregar está bolsa não Lais, tá doida! , a e Cacau, trás pra mim por favor aquela bolsinha preta do Gael, me empresta ela , só para carregar a mamadeira dela.
  Cacau rir, ela pede para ele buscar a bolsa enquanto eu termino de arrumar minha princesa. Klaus sai com a minha filha,  deixando eu sozinha com Cacau, eu ainda não contei pra ela sobre a minha conversa e do Gustavo, mas primeiro começo a contar pra ela sobre meu tempo na Brasília, Cacau ouve tudo atentamente, então entro no assunto do Gustavo.
—Mas então, vamos no  assunto que importa agora.... Gustavo veio conversar comigo sobre aquele dia, e eu estava super errada! Não ficamos, aconteceu nada, nós dois apagamos, ele disse que lembrou de tudo, e quando ele veio falar comigo, eu já tinha ido embora,  troquei de número e tals.—Minhs amiga põe a mão na boca.
—E oque você está esperando pra falar com ele? o Klaus vai amar saber que a filha é...— Klaus abre a porta com força, seu rosto está vermelho, ele chorou?
—Me diz que seu pai está mentindo Lais?—Engulo em seco, meu pai disse..
—Não é bem assim...—Ele me interrompe.
—Ah não? Me diz que é mentira então que o pai da Sara é o Victor? Foi por isso que você foi embora? Porque pelas contas você estava comigo, agora o morro todo está sabendo que o pai é o Victor, porque seu pai fez questão de esfregar isso na minha cara! Eu só não fiz nada com ele, porque eu ainda amo você, mas estou muito decepcionado! Sinceramente esperava que eu errasse com você do que ao contrário, ou seja te subestimei né? Tô indo embora.

E aí gente? Lais se complicou toda né!

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