26 Fé pra você

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Gael narrando...

Eu planejei de buscar ela ao lado do meu pai, por causa dele, mas no fundo eu sabia que eu estava indo porque eu o amo, Cacau é minha perdição, a pessoa que pode me levar do céu ao inferno, e eu vou continuar amando.

Chegamos no tal predio onde ela mora, não vou negar que aqui é bonito, mas não condiz com a realidade dela, eu entro em ação com meu pai falando ao meu lado para eu mesmo proteger Cacau.

- Eu darei a minha vida, se for o caso pai- Sussurro já andando em direção prédio.

Antes que meu pai diga não, eu acerto um tiro na cabeça do porteiro que tinha levantado suas mãos se rendendo, não era necessário, mas pra mim ele faz parte da corja daquele desgraçado só por ele trabalhar aqui, alguns seguranças do hotel vem atirando, suas armas não chegam perto das minhas, mal sabem eles que eu tenho prazer imenso em matar, parece que isso me fortifica mas sabe? Aquele famoso filho da puta, ( Não dá minha mãe Mel)

Os tiros estão cada vez aumentando, não vim apenas com os soldados do morro, mas sim com três morros que meu pai se aliou para salvar a Cacau, não podiamos chamar os caras do Dendê e Paulistana por causa da invasão, o Tio Gabriel que está tomando conta de tudo.

Arrombei a porta do apartamento, aqui não tem o ar, o perfume dela, que ainda cheira em minha casa, este lugar é frio, sem vida, parece que aqui não é onde ela ficou esse tempo todo. Mas à uma foto que faz eu parar no tempo e apenas admira-la, pego o porta-retrato em mãos, ela está sorrindo em um belo vestido branco rodado, sera que ela está realmente feliz?

Ouço um grito de um homem na porta de um corredor, ele já ameaça a pegar o seu telefone, mas coitado, ja atiro mandando para o colo do capeta, ando a casa toda a procura dela.

- Cacau? Onde você está? Sou eu ... Gael.- Grito andando a casa toda.

Ouço um choro longe, vou a procura desse barulho, chego na cozinha o choro está vindo debaixo da mesa, conheço o choro de Cacau, então me frusto já sabendo que não é ela. Abaixo com cuidado vendo uma senhorinha, mas uma empregada.

- Eu quero apenas uma resposta.- Digo já sem paciência.- Onde está Cacau? Pergunto em um tom bravo apontando a arma para a cabeça dela.

- Só respondo, se você me dizer oque quer com ela? Já vai fazer mal a própria coitada? Já não basta oque ela sofre aqui?- Mas que velha mas afoita, eu meteria uma bala brincando se ela já não estivesse com essa idade, e pela informação, algo me diz que essa senhora é boa, eu espero não está enganado, se não eu volto é estraçalho o crânio dela

- Eu não sou o desgraçado do seu patrão, agora me diz, onde ela está?- Esbravejo.

- Ela foi para a igreja, é o casamento dela hoje.

Casamento, Cacau vai se casar? Pego o copo de vidro tacando na parede, eu que fui o otário de pensar em um futuro com ela, ela nunca se casaria com um fodido igual eu, mas lembro que ela é minha irmã e faço oque tenho que fazer.

- Você precisa sair daqui, vou te ajudar, mas olha se eu estiver errado com você, eu te caço até no inferno.- Olho dentro dos seu olhos saindo do prédio.

Vou perguntando a ela se tem algum lugar secreto, então ela me indica um lugar secreto, parece que aqui é apenas os funcionários que passa.

Der repente ouço um passo atras de mim, viro já apontando meu fuzil, mas sou surpreendido com o proprio capeta.

- Mas um passo, eu e ela atuamos em você agora- Desgraçado, minha intuição falhou com essa velha.

Rendo o fuzil no chão, levantando minhas mãos, ele pensa que vai me levar para o inferno, mas o inferno já habita em mim, mesmo sendo espancado por esse infeliz, meu sorriso diabólico não sai do rosto, se não me matar, vou continuar assim, até que eu apago e depois acordo sentado em uma cadeira no mesmo apartamento que entrei, com as mãos amarradas de frente para a porta.

Herdeiros- Complexo Do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora