Cacau narrando.
Depois que deitei na cama do postinho, uma enfermeira vem injentando algo na minha veia com uma seringa, adormeço logo em seguida, der repente apareço dentro de uma escuridão sem fim, chamo pelo Gael, minha família, mas só consigo ouvir o eco da minha voz, será que eu morri? O desespero vem com força, começo a andar com as mãos pra frente igual uma zumbi com medo de não esbarrar em nada, eu estava igual cega, não enxergava nada.
Eu lembrei da minha família, com a dor da minha mãe, Gael, ele precisa de mim, mas talvez ele já esteja bem, eu só queria me despedir do homem que eu amo, e o irmão que é super protetor comigo e com todos os irmãos, por mais que eu tentei preservá-lo a vida da minha família, eu não conseguir evitar uma tragédia, eu matei Gael fisicamente e psicologicamente, como diz aquele ditado, " a decepção vem de onde, nós menos esperamos".
Sento no chão abraçando minhas pernas, já aceitando que ali é meu fim, as lágrimas rolam pelo o meu rosto então deito fechando meus olhos, mas escuto uma voz ecoando pelo lugar, meu coração logo acelera.
- Volte Cacau, ainda não chegou sua hora, eu estou contigo, confie em mim e vá.
Minhas pernas estão bambas, eu não consigo dizer nada, por mas que eu abra a boca, o som não sai, não consigo ver nada, até que minha respiração começa a falhar e eu desmaio.
Abro meus olhos, desta vez, mal consigo abrir por conta da claridade, enxergo apenas vultos, esfrego meus olhos com meus dedos, e ali está minha mãe, deixo uma lágrima escapar por saber que eu conseguir sobreviver, e por ver minha mãe em minha frente ao lado de meu pai segurando minha mão.
- Filha! Que bom que você acordou.- Ela olha para meu pai e abre um imenso sorriso- Vai Felipe, chame o doutor rápido.- Ela olha pra mim e me abraça.- Como você está? Está com dor?
- Mãe, cadê Gael? Eu preciso vê-lo, por favor.- O medo de ouvir uma resposta é maior, então começo a chorar baixinho.
- Calma meu amor, Gael está ótimo, você ajudou ele bastante, é graças a você que Gael está bem- Ela diz com seus olhos marejados.- Eu me faço de forte, mas perde dois filhos, não da, olha me perdoa por tudo, minha filha, minha princesinha, confesso que aquela carta fez todos acreditarem, mas eu nunca deixei te amar, eu sou grata a Deus por proporciona a família que eu tenho.
- Eu te amo mãe, não precisa pedir perdão, era essa a intenção, ai eu conseguia proteger vocês.
Eu sinto o seu abraço mais apertado, confortante, é um abraço de mãe, também lembro da Maria, será que realmente ela morreu? Isso depois eu procuro saber, a única coisa que quero, é ver o Gael, quero conversa com ele, quero dizer a ele que eu o amo.
Mas tenho medo do que isso tudo pode proporcionar, querendo ou não, Gael é meu irmão, mesmo não senso de sangue, talvez isso seja passageiro, ou apenas loucura da minha cabeça, ou eu vá falar com ele, e o deixo livre, sou ser humano, posso errar a qualquer momento, e não quero que ele sofra mais uma vez por mim.Minha mãe começa a reclame pela demora de meu pai e o doutor,então ela pede para eu esperar aqui que ela já volta.
Eu sei oque estou fazendo é errado, acabei de acorda, não sei se o transplante foi agora ou cedo, mas não consigo ficar aqui sabendo que ele está do outro lado e não poder falar com ele, levanto da cama lentamente, a cirurgia é complicada, e cada ato que eu fazer, pode me prejudicar, tiro todos os acessos do meu braço, apenas levo o equipo com soro junto comigo.
Aqui não tem errada, conheço esse postinho todo, e sei que ele está na outra sala amarela, aqui do lado, abro a porta e vou andando lentamente até a porta que eu preciso abrir, e o medo de alguém me ver, é maior, mas por sorte eu consigo entrar, abro e tranco a porta em seguida.
Chego perto dele, não encosto em seu corpo, apenas o observo dormindo, sua pele é bem serena, parece que não sofreu nada, deixo uma lágrima escorrer pelo meu rosto, a vontade de gritar aqui está imenso, de abraça-lo, e acorda ele dizendo tudo que eu sinto por ele, mas infelizmente não dá, respiri fundo, e começo a dizer.
- Oi der repente quando você acorda, você não pode se lembrar do que eu falar, mas eu farei questão de te dizer tudo novamente, além do Guga, eu fui a mas pegada com você, o tempo foi se passando, e os sentimentos foi se aflorando, mas eu pensava que era só coisa de irmão, eu dormia ao seu lado sem intenção, mas depois algo se ascendia dentro de mim, e percebi que não era só um fogo, era e é amor, então deixei que tomasse conta de mim, e foi ai que eu não suportava ficar longe de você, mesmo sabendo o risco de todos saberem, e nos julgar, mas não estou nem ai para a sociedade, apenas para você, eu fiz isso tudo para proteger você e nossa família, me desculpa, mas era isso, ou chorar no enterro de vocês, eu sofri todo dia, todos os santos dias eu via fotos suas e do meus pais dormindo, e isso era devastador, porque eu sair de casa para proteger vocês, mas o assassino também estava dentro da nossa própria casa, mas eu quero que você saiba, que você é o primeiro e o único, que eu sempre vou amar, meu primeiro amor, eu sempre vou está aqui do seu lado, vou te ajudar em tudo, meu coração doi Gael, dessa vez quem está morta por dentro sou eu, e não quero ser um peso a mais em sua vida, e por eu te amar tanto, que eu deixo você livre, sou humana, e sempre vou errar, e não quero que você sofra mas por mim, quero ver seus sorrisos ao meu lado, como era antigamente, como irmãos, eu na sua vida, só causarei dor, e você precisa ser forte, quero você do mesmo jeito que eu via você antigamente, não quero perde a irmandade que habita em nós dois.- Enxugo minhas lágrimas.-Eu Sempre vou te amar Gael, saiba que a sua felicidade é a minha, me perdoa, mas não posso fazer isso da certo, eu estou morta por dentro, espero que fique bem.
Mesmo com meu corpo gritando novamente, por esta encostando nele, eu deixo meus lábios tocarem no dele e seguro em sua mão.
- Eu te amo Gael- Sussurro perto dos seus lábios.- sinto sua mão apertando a minha, olho para ele surpreendida com seus rosto marejados, ele chorou e eu não vi?
- Eu escutei tudo Cacau.. Eu te amo.. Fique comigo? Me perdoa.. Eu julguei você.- Seu tom sai em desespero.
Por mas que eu quero, meu corpo e minha mente não permite, eu o amo, amo de coração, mas estou morta por dentro, não quero que ele sofra por mim, e também não quero que ele saiba o quanto eu fui violentada, Gael tem seus próprios problemas, mas um pra ele será um baque.
- Você não tem que pedir desculpas, eu que não posso, desculpa, mas eu estou libertando você, por amar você, eu deixo você livre, vou para o quarto Gael, fique bem, a e te amo.
Eu ainda consigo ouvir o seu choro fora da porta, me encosto na parede não contendo o choro, e meu pai vem de encontro me abraçando.
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Herdeiros- Complexo Do Alemão
RomanceSegunda temporada do livro "Complexo do Alemão" 🎵Eu vivo pra eternidade, eles vivem pra vida, um louco de consciência tranquila 🎵 Ret , Louco pra voltar. Quatro irmãos é um futuro esperado e almejado. Cada um com sua própria personalidade. Cada...