33 Me dê uma chance

109 20 44
                                    

Gael narrando...

Sim, fiquei felizão por eu conseguir salvar Cacau, ficamos um bom tempo na praia conversando, nada que eu disse era mentira, disse com todo o coração, apenas a sinceridade.

[..]

Eu falei que iria me vingar daquela velha, então já sair de casa na intuição de procurar o moleque para rastrear aquela velha raquítica, assim foi feito, conseguir a localização da casa onde ela mora e Mt, disse que iria comigo.

MT é o meu parceiro desde quando eu coloquei ele como o meu aviãozinho, mas o moleque cresceu e eu mesmo mudei o patente dele para gerente, o cria é um bicho, fecha a 10 a 10 comigo, e sem contar, que eu ajudei muito sua família, passou por necessidades, eu não tive a coragem de dizer um não para o cria para entrar como meu aviãozinho, e como eu sempre pergunto a todos, " por qual motivo de querer entrar nessa vida?" ele me respondeu que não estava conseguindo trabalhar e seus pais estavam passando fome, ou melhor comendo feijão e farinha, essa resposta me doeu, sou bandido, meu coração é frio para essa vida, mas eu sei muito bem oque é passar fome, minha infância antes de conhecer meus pais foram difíceis, eu nunca vou esquecer, essa é minha raiz, e hoje eu tenho condição de poder ajudar o próximo, então deixei ele como o meu aviãozinho, só trabalhava pra mim, e todo mês eu mesmo fazia aquela compra arregada com direito a carne e legumes para os pais dele, isso eu já fiz pra muitas pessoas, e o moleque em um mês se mostrou em um potencial brabo, não coloquei ele nem como vapor, mas sim como gerente, já matei três por bagulho de inveja, e fofoquinha, fofoca é pra coisa de mulher, homem é um tiro na cabeça e vala.

Eu e MT chegamos na casa dessa velha, a casa é um pouco grande, fiquei no carro esperando MT bater na porta dela, e como o combinado ele já entrou empurrando ela para dentro de casa.

Saio já todo equipado por debaixo da camisa, vou andando apressadamente até a casa e já chego com um sorriso.

- Ficou com saudades sua velha? Pensou que eu não iria voltar?-Pergunto olhando ela de joelhos do lado do MT.

- Veio me matar? Faz isso logo!- Gargalho da cara dela.

- A vingança é um prato que se come frio dona Ana.- Falo me sentando no sofá.

- Era meu filho, não iria ficar contra ele.-Sussurra chorando.

- Wont é lindo né MT, mas seu filho já está no colo do capeta, agora só falta você.- MT faz sinal para agilizar logo, mas estender é sempre bom.

- Eu não queria o mal da Cacau e a sua família, mas era meu filho, por favor entenda isso.- Choro dela é livre.

- A cobra e falsidade são bem semelhantes dona Ana, mais a vantagem da cobra é que ela nunca mentiu em relação ao seu veneno, pois bem, a cobra sou eu.- Me levanto pegando minha arma e disparo sobre seu peito, mas a desgraçada ainda não morreu, nem o capeta quis, talvez eu atirando de novo ele aceite sem reclamar, atiro em sua cabeça e pego o facão cortando a cabeça dela.

- Põe no saco MT, vamos sair daqui, você jogar o corpo na praça,  pra todo mundo  ver com quem eles brincaram.

Entramos dentro do carro, logo mas a frente, tem uma praça, eu não  sei se é  movimentada, pois agora está  bem  tranquilo, abro a porta do carro jogando o corpo longe,  e ele dá partida  com o carro.

O toque  do meu celular começa e desperta, olho no visor, Guga já  me ligou  umas  duas vezes, então  decidi atender.

Ligação on

- Qual  foi Guga? solta o verbo!
- É  a Cacau mano! Vem pra cá, ela passou mal e está  internada  aqui no postinho.
-Ja  é  vou parti  pra ir.

Ligaçao off

Passo  a mão no cabelo nervoso, ela estava tão  bem, dá vontade  de ressuscitar  aquela velha e matar de novo  só  por causa  da raiva.

- Qual é a fita  GG?- MT  pergunta.

- É  a Cacau, voltou para o postinho, me deixá-la e guarda  esse presunto na geladeira  até eu chegar.

[..]

Cheguei  no postinho, com minha família  sentados na cadeira, menos meu pai, vou até  a eles  nervoso  e abaixo em frente à minha  mãe.

- E aí coroa, oque houve? Porque  ela  veio pra cá?- Pergunto.

- Não  sei meu filho, ela apenas desmaiou após  matar a outra  lá, trouxemos  pra cá e estamos  aguardando  alguma notícia, seu pai ficou no morro para resolver  algumas  coisas, mas já está vindo.

- Fica sussa  mãe, vou resolver  isso em instante .

Tiro a arma dá cintura já  andando em direção a uma enfermeira, primeiro peço  com educação  para  chamar  o doutor, mas  não  resolveu.

- Vai lá porra, agora  não  estou  pedindo, estou mandando, a não  ser que você  queira  levar  um tiro  nessa cabeça oca.

A enfermeira  aparenta  ser nova no pedaço,  ela  treme da cabeça aos pés, mas a Anna vem em minha direção  pedindo  para não  fazer  nada.

- Oque houve? Porque  todos estão  aqui? E abaixo essa arma Gael, está assustando a menina. - Ela diz colocando a mão  sob a minha.

- Porra Anna, você  trabalha  aqui e não sabe oque está  acontecendo? Em que mundo você  trabalha? Vai você  é chame  o doutor  pra mim por gentileza, não  tô afim de me estressar  com você.

- Okay desculpa, eu troquei  de plantão  agora, mas já  suponho  quem esteja  aqui, vou chama-lo peraí.

Ela saí puxando  a sua colega  pelo braço, em alguns  minutos  o doutor  vem com uma prancheta  em mãos chamando pela família  de Cacau, e nós  todos se apresentamos em uníssono.

- Perdão  pela demora, eu chequei o exame da paciente  mais  uma vez, para não ter erro.

- Vai abre essa boca logo doutor, como a Cacau  está?- Pergunto nervoso, não  sei oque seria de mim, se acontecer alguma coisa com ela.

- A paciente teve apenas  um estresse, nada demais, ela está  acordada, conversei com ela, e aconselho  que ela  volte com os medicamentos  da ansiedade, bom s visitá está  liberada.

Minha  mãe  sai correndo na frente, nos deixando  tudo para atrás, logo  em seguida eu e o pessoal  entramos e lá está  minha mãe, Anna  e Cacau conversando, dou um oi, para Cacau, mas antes  que ela possa me responder  a Anna  vem na frente.

- Eu sei  o quanto  eu posso está  sendo trouxa  Gael, mas eu não  aguento  mas segurar isso, e como vocês  homem fazem isso, acho  que mulheres  podem também.

Ela respira  com seus olhos marejados, e vem andando em minha direção, Anna as  luvas jogando  na lixeira  e põe  suas mãos novamente sobre  a minha.

- Foi mas forte que eu Gael, eu não  queria, mas eu apaixonei  aprofundamente por você, eu já  te amo tanto, que largo tudo só  para viver ao seu lado, só  em pensar  em você, eu já  começo a chorar, esse teu cheiro, que só  você  tem, esse  jeito marrento, me desculpa  oque eu vou  falar, mas eu sempre  bebia no seu copo para sentir o seu gosto, isso tudo é porque  eu te amo, me dá uma chance  Gael? Deixa eu mostrar o quanto  você  vai ser feliz?

Votem e comentem 😘

Herdeiros- Complexo Do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora