Herdeiros- Complexo Do Alemão

43 Upa

Gael narrando....

  No final, minha princesa estava certa, o medo que ela tinha de todos  descobrirem, e nós passar por isso que estamos passando, não a porrada, não a soco mas forte que a dor da separação entre eu e Cacau, não desejo vingança contra eles porque são minha família, mas se não fosse, eu voltaria e mataria um por um, mas eu vou retornar de cabeça erguida, e buscarei o amor da minha vida.
   Depois que sair do morro, sabia de um único lugar que me receberia bem , o Matuê e a Sara do morro da Formiga, então montei na minha moto, pilotando em direção ao morro,  passei voado pela contenção sem dizer um aí a ninguém, meu coração ficou apertado sacou? preciso urgente buscá-la, mas agora vai ficar difícil, conto com o Guga para tomar conta dela, confio no meu irmão,  mas ainda sim eu tenho  medo, Cacau tem um lado frágil,  esse bagulho de depressão mexe  com o psicólogo dela, e mexendo com o dela, acaba mexendo com o meu também, ela entrou em contato  comigo pelo celular do Guga, se falamos rápido, e por isso eu tiro minhas conclusões que tenho que buscá-la rápido,  mas de fato que não será  nada fácil, talvez eu não possa mas entrar no morro, talvez Cacau está proibida de sair do morro, mas isso tudo não tem problema,  eu consigo tudo oque eu quero, mesmo eu seja da forma mas difícil.
—Qual é GG? a comida está aí no prato mano, come isso, você está aqui a dois dias, e até agora não se alimentou.—Matuê diz.
—Quando eu sentir fome eu como, vou tampar com um pano de prato, mas tarde quem sabe.—Falo.

Na verdade,  já tem dois dias que eu falo isso, e no final a comida é jogada fora, Sara senta ao meu lado segurando a minha mão,  olho para ela agradecendo pelo o apoio, mas na verdade eu tento o máximo a não demostrar que estou mal, mas será que consigo? Cacau é o meu ponto fraco Porra! solto minha mão da dela, levantando da mesa, vou para a rua subindo o morro a pé, os caras já me conhece, então para me cumprimentando. Chego em uma área isolada pelo Matuê, assim que eu cheguei, ele me deu duas silenciadoras, sim aqui no morro eles usam somente silenciadora para não assustar ninguém,  a três bonecos em pé,  descarrego todas as balas do pente em cima do boneco, deixando ir toda a minha raiva. Sento me no chão olhando para o céu, Cacau sempre gostava de olhar as estrelas comigo quando era mais nova, as vezes eu me pergunto o porquê de eu ter vindo para esse mundo, já que apenas sofro nessa vida,  deito-me no chão colocando minha arma na cintura, então ali eu fecho meus olhos.

Manhã seguinte.....

Abro meus olhos vendo alguém em pé ao meu lado encurvado em minha frente,  sento percebendo que dormi ali mesmo, eu estava bem cansado.
—Morgou aí mesmo chefe?—Uns dos vapores do Matuê diz.
—É , devia está cansado,  não precisa me chamar de chefe, apenas GG.—Digo me levantando, mas sinto um desconforto no peito, sinto uma dor do nada.
— O chefe pediu para todos chamarem você assim, e ele pediu pra você ir na boca.
  Procuro minha moto pelos cantos, porém acabo lembrando que eu vim a pé,  então o rapaz me oferece uma carona até lá, aceito, porque essa dor só aumenta.
     Chego na boca, ali está o Matuê e Sara sentados na mesa juntos, sento-me de frente para eles. pousando minha mão sobre o peito massageando.
—Pow, eu não sei se você está bem para oque eu tô afim de fazer tá ligado? isso favorece pra mim pra nós dois.—Matuê diz.
—Ue, desenrola o papo aí, qual foi?—Pergunto.
—Eu e meu irmão queremos tomar o morro da babilônia, mas com isso precisamos de sua ajuda, se conseguimos, você será o sub dono de lá, aquele morro vai ser praticamente seu, é até uma boa pra você,  tu leva a Cacau pra la.–Sara diz.

  Uma ótima oportunidade para essa situação que estou passando, limpo minhas mãos  que estão extremamente suadas, olho o celular para ver se tem alguma mensagem dela, mas não a nada, penso se mando mensagem para ela, mas é melhor por enquanto não.
—Ei irmão,  oque você tem?—Matuê pergunta se levantando.
—Não é nada, resolvemos isso tudo amanhã pode ser?—Pergunto me levantando.