34 Tudo de novo

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Gael narrando.

Não sei porque, mas essa atitude dela não me surpreendeu, pisco o olho em Cacau, que mesmo tentando ficar serena, ela não consegue deixar de esconde seus olhos arregalado, suas manias de crianças.

Minha mãe abre um sorrisinho toda surpresa, acho que ela chegou a se iludir com esse ato.

Por mais que Anna, seja uma pessoa incrível, eu já tenho alguém ocupando o espaço todo no meu coração, sim o bandido aqui tá preso.

- Anna, eu te admiro pra caralho, tu é mó firmeza, é linda, mas eu não posso enganar você, e a ninguém, oque eu tenho contigo é apenas amizade, no momento eu prefiro ficar na minha.- Olho para Anna e Cacau ao mesmo tempo.

- Não custa nada a tentar Gael, sei que você tem medo de relacionamento..- Eu a corto de uma vez.

- Anna, não é isso, eu quero tentar sim, mas com a pessoa certa, e... Eu amo uma pessoa, uma mulher incrível, posso ser bandido, mas o meu coração pertence a minha mina pow.

Minha mina, olha eu usando essas gírias dos crias, Cacau está toda solta, minha mãe não sabe se consola a Anna, ou me pergunta quem é a mulher, se ela saber que é a sua própria filha, acho que tem um infarto na hora.

Converso com elas um pouco e saio metendo o meu pé para a boca, com Cacau bem, eu consigo resolver minhas coisas na tranquilidade.

Cacau narrando...

Eu não vi mas nada desde que eu apertei o gatilho, acordei com um doutor em minha frente com uma prancheta em mãos, ele me examina e percebo um pequeno sorriso em seu rosto, a covinha dele é bem visível mas não é mas bonito que a do Gael.

Depois de um tempo minha mãe entra com a Anna conversamos sobre oque eu sentir na hora do desparo da arma, mas sou interrompida com Gael abrindo a porta.

Meu coração acelera mais um pouco, meu sorriso abriu ao vê-lo em minha frente, queria tanto poder dizer a todos o quanto eu amo este homem, mas meu sorriso morre quando Anna resolve se declarar para ele.

  Tudo bem que Gael é um homem lindo, é um sonho de consumo de qualquer mulher, mesmo ele sendo bandido, porque isso não afeta nas qualidades que ele tem, muitos trabalhadores aí, não chega aos pés dele, eu falo em questão de caráter, e outros sentidos, mas não é por isso que vou ficar toda vez no pé dele, é bonito a mulher se declarar? É! Mas tem que se por no seu lugar, tem que se valorizar.

Gael sempre me fazendo eu ficar mais apaixonada por ele, DEUS, ESSE HOMEM É PERFEITO, EU POSSO ESTÁ ERRADA POR AMAR O MEU IRMÃO, MAS ESSA FOI A MINHA MELHOR ESCOLHA.

Eu conseguir claramente entender que a mina que ele citou, sou eu, não por me gabar, mas porque os olhares dele pra mim já mostra tudo, tem olhares que demonstra mas que palavras, sim, Gael é minha salvação.

Sorriu com minha mãe toda curiosa para saber quem é essa tal mina, se ela souber que sou eu.. Não quero nem imaginar.

[...]

O tempo foi se passando, como vou ficar essa noite aqui, minha mãe disse que iria ficar comigo, mas Gael chegou aqui dizendo para ela ir embora que ele ficaria comigo, e aqui está ele contando todas as fofocas do morro.

Homem é pior que mulher em fofoca, se de confiança já sabe.

- Sabe aquela senhora que tem um cabelo espinhado parecendo um porco espinho?- Diz ele.

- Sim Gael, oque tem a Dona Creide?- Digo

- Tá ligado que a filha dela está ficando com o bunhanha? Aquele vapor da boca da onze, o menor do olho claro.

- Sim, não enrola homem, o que tem.

- Entao, a filha dela a Yasmim- Ele dá uma pausa rindo- Cacau, a Yasmim pegou a mãe dela pagando um boquete para o bunhanha no quarto dela, a Yasmim pegou o cabo de vassoura e tá vou três vezes na cabeça do bunhanha, o morro hoje está agitado.

- Não creioo, tudo bem que a Dona Creide é bonita de corpo, mas porra, esse cara é retardado, e que mãe é essa em, não precisa nem e inimigo.

- Que bonita de corpo oque Cacau, bunhanha a essa hora deve está com a cabeça quebrada e o pinto bichado por pegar aquela doida.

Entrei em uma gargalhada junto com ele, até a porta se abrir com o doutor entrando com uma prancheta em mãos.

- Boa noite senhorita Cacau.- Ele diz com um pequeno sorriso pra mim-  bom eu preciso repetir mas uma vez o seu exame, constatei que deu erro.

Gael de cara fechada, chega para mas perto de mim, e do doutor, sento na cama depressa, enquanto o doutor arruma suas coisas para tirar um pouco do meu sangue, após alguns minutos ele sai deixando Gael de cara fechada, mas entro em uma conversa e ele vai se soltando aos poucos.

Depois de três horas, eu já estava pegando no sono, Gael ao meu lado velando o meu sono, o Doutor entra mas uma vez chamando pelo meu nome e mas uma vez ele desprezou o Gael ao meu lado, não  cumprimentou desde cedo.

- Como eu tinha falado mas cedo, o exame estava errado, por isso que eu pedir um novo exame, eu iria trazer o resultado amanhã, mas isso é importante para você senhorita Cacau, é óbvio para o seu irmão e família também.- Ele diz e eu não entendo nada

- ai tu pode abrir a porra desse bico logo? Que enrolação- Gael diz de cara fechada

- Você está grávida de três meses Cacau e..- interrompo

-Diz que é mentira! DIZ QUE É MENTIRA! GRÁVIDA NÃO, GAEL, ELE ESTÁ MENTINDO NÃO ESTÁ?

Grito desesperada, isso não é real, não pode ser, não estou gravida daquele verme, sinto braços envolver sobre o meu corpo, Gael está tentando me acalmar, e o arrependimento bateu, porque não me joguei no mar, porque deixei ser salva por ele? Eu só sinto dor.

Tem um fruto do mal dentro da minha barriga, uma criança, um ser que não tem nada haver com isso, mas eu não vou conseguir cria-lo, eu não quero isso pra minha vida.

Olhar para essa criança, vai fazer eu relembrar de todos os momentos horríveis que eu tive naquela casa, vai começar tudo de novo...

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