11 Quero conversa contigo

135 20 27
                                    

Cacau narrando...

Chegamos em minha casa, minha mãe estava sentada no sofá ao lado da minha tia Clara, com uma expressão emburrada para eu e Gael, Patty vem descendo as escadas de olho no tanquinho do Gael, porque ele cismou de colocar a camisa no ombro, encaro ela feio, e olho para a minha mãe tentando puxar assunto mas ela levanta.
- Eu falo grego nesta casa? Eu não disse que eu queria todos aqui para almoçar em família?- Ela pergunta colocando sua mão na cintura, eu iria responder, mas Gael entrou na frente.
- Por coroa, a teimosa da sua filha foi no Dendê me arrastar para cá, só que deu b.o lá, e não pude vir cedo.
- Mãe, vou colocar minha comida e dele tá?- Pergunto indo até a cozinha.
- Nada disso, o horário da comida aqui em casa é meio dia até uma hora, já se passou das quatro agora se quiser vai lanchar.

Patty começa a rir, ando até ela, mas Gael me segura, então ele diz que vai pedir hambúrguer para todo mundo,  Brenda já desce as escadas falando que também que hambúrguer e abre um imenso sorriso, ao ver eu e Gael um do lado do outro, fui de encontro a ela e o abraço.
- Obrigada prima! Você me salvou, agora é lutar para ver se vai dar certo e contar a família.
- Eu só posso te dizer boa sorte- Ela diz e rir me abraçando.

Nos sentamos na escada mesmo, e pela minha surpresa Gael senta em um degrau abaixo de mim apoiando seus braços em minha perna, Brenda da um sorriso e me cutuca e diz no meu ouvido, " estou feliz por vocês dois" e até que Gael começa a puxar assunto com Brenda do tempo da nossa infância, e neste exato momento, eu sinto que ele está mas aberto, feliz, e não com aquele ar carrancudo dele, abraço ele pelas costas, e dou um beijo em sua cabeça, minha mãe, Patty e tia Clara estão de costas para nós, então eu fico tranquila, ouvimos o barulho da buzina e o Gael se levanta, deve ser o cara do lanche, sigo ele até a porta e pego as sacolas que está o hambúrguer, entrego.
- Aqui mãe, esse aqui é da senhora- Digo entregando a ela- Tia esse daqui e seu, Brenda toma aqui o seu, bom esses que estão aqui, dois e do meus irmãos, um do meu pai, outro do Gael, um é meu, e como sobrou um, vou dividi-lo com Gael, até porque nós não jantamos e to morrendo de fome.- Brenda passa por tras da minha mãe e começa a rir, Gael não fala absolutamente nada, já Patty faz uma cara feia, e minha mãe se levanta mais uma vez.

- Onde foi que a sua educação foi parar Cacau?- Minha mãe pergunta e mordo um pedaço do meu hambúrguer, mastigo bem lentamente e falo.
- Mãe, não é que eu não tenho educação, é que eu odeio pessoa debochada, e olha eu já não aguento mas essa garota aqui em casa! Ela me inferniza o tempo todo, anda de short curto aqui direto, sabendo que a casa é cheia de homens, não tem respeito por ninguém aqui, já deu em cima dos meus três irmãos, e cuidado mãe, daqui a pouco essa dai vai dar em cima do pai, bom to indo para o meu quarto vem Gael, vem Brenda.

Desde quando essa garota chegou aqui, que ela vem rondando meu irmãos, ou até mesmo se insinuando com esse rabo de franga de quintal, é provocação por todos os lados, e oque me deixa mais perplexa é que minha mãe nunca se ligou nisso, nunca teve maldade com ela, é que meu pai e meus irmãos são responsa, se não passaria o rodo nela.

Entramos em meu quarto e peço para Brenda trancar a porta já que ela foi a ultima a entrar, como a minha cama é de casal, deu os três certinho, Gael de um lado e Brenda do outro, Gael pega o controle e põe na netflix, optamos por um filme de ação e sou agarrada por ele.

[..]

Brenda já foi para o seu quarto, Gael disse que ficaria aqui comigo, resolvi tomar um banho primeiro que Gael, não podemos da esse mole aqui, se alguém bater na porta, ferrou, volto para o quarto com meu cabelo molhado e solto, de pijama da lady bugg, sim, eu ainda tenho o meu lado criança que poucos conhecem, é um desenho que eu amo, ele cheira meu pescoço e solta um sorriso e vai para o banheiro, alguns minutos depois ele volta apenas de cueca box e deita ao meu lado.
- Coloque uma roupa Gael, vamos dormi com a porta destrancada, não podemos dar bandeira.- Digo me ajeitando na cama.
- Por enquanto Cacau.- Ele diz se levantando e vai andando até a porta e destranca e vai correndo até o banheiro e já volta vestido com sua roupa.

Pouso minha cabeça em seu peito enquanto ele faz cafuné em minha cabeça, estou sentindo sua respiração bem lenta, seu coração está acelerado, o cheiro dele é viciante, tem um corpo lindo, apenas eu, conheço esse jeito dele, mas uma palavra que faz errar duas batidas do meu coração.
- Cacau?- Ouço ele chamar meu nome baixinho.
- Sim?- Olho para ele com um sorriso no rosto.
- Eu amo você!- Uma lágrima rola pelo seu rosto, e sem se importa com a porta destrancada, eu sento em cima de seu corpo e olho dentro de seus olhos.
- Eu também amo você Gael, eu prometo sempre está ao seu lado, eu prometo sempre te amar.

[...]

Manhã seguinte.

Acordo passando a mão na cama e não sinto o corpo dele ao meu lado, coço minhas vistas, e abro e graças a Deus o quarto está escuro, por conta que esses dias troquei às cortinas daqui, ligo o abajur e tem um bilhete do lado do meu celular " fui na boca,  quando acorda vai ao meu encontro, quero ir no shopping, preciso comprar algumas coisas, tu vem comigo, amo você!" me levanto já toda animada, e arrumo a minha cama rapidamente vou ao banheiro fazer minhas higienes matinais e tomar um banho.

Já estou vestida com o meu macaquinho e uma sandália, passo um batom escuro e faço apenas um coque no meu cabelo, passo o perfume preferido de Gael e já estou linda, pego meu celular e minha identidade saio do meu quarto me deparando com tia Clara e Brenda.

- Oi tia e aí Brenda, cadê minha mãe e o pai?- Pergunto
- Eles dois foram para o morro da Paulistana, quem está no comando aqui é seus irmãos até amanhã.- Tia Clara diz comendo uma banana
- Vou ao shopping com o Gael, que vir Brenda?- Pergunto a olhando e dou um abraço rápido nela.
- Ah amore, eu preciso ver casa com a minha mãe, para se mudarmos essa semana, outro dia nos sairemos juntas.
- Tá bom amore.

Saio de casa cumprimentando todos os vapores que estão de contenção aqui em casa, resolvo descer um pouco o morro para comprar açai e levar um para Gael, mas um carro estranho para ao meu lado.

- Ei Cacau, entra aí, quero conversa contigo!

Votem e comentem

Herdeiros- Complexo Do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora