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_Lauana? -Bati na porta do quarto.

Sem resposta. Caminhei até o outro lado da casa e entrei no quarto de hóspedes. Tirei minha roupa e entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a água cair sob meu corpo. À medida que caía, eu lembrava da noite maravilhosa que tive... Sobretudo da Marília. Das últimas palavras e de estarmos à poucos centímetros longe uma da outra. Lembrei dela dizendo que me trouxe no colo até o carro, deixei escapar um sorriso bobo.

_ O que você tem, Marília? -Meu subconsciente tentava buscar respostas no íntimo do meu ser.

Saí do banheiro e vesti um pijama que Lauana deixou em cima da cama para mim. Liguei o ar condicionado e deitei

Tentava dormir e não conseguia. Ainda sentia o cheiro de Marília em mim. Talvez fosse o meu subconsciente que fazia questão de me lembrar dela. Talvez esse cheiro estivesse impregnado em cada parte de mim... Virei para o lado esquerdo. Fechei os olhos e tentei dormir pela milésima vez.

_ Bom dia, bela adormecida. -Lau mexeu em meus cabelos.

_ Que horas são? -Resmunguei.

_ Nove horas. -Ela desligou o ar condicionado.

_ Bom dia! -Abri meus olhos com dificuldades e deixei escapar um pequeno bocejo.

_ Dormiu bem? -Perguntei à ela, enquanto me levantava.

_ Sim. -Ela sorriu. -
_ Yohana dormiu aqui!

_ Ah sim. -Fui até o banheiro.

Escovei meus dentes e tomei uma ducha gelada para despertar. Troquei de roupa e arrumei minhas coisas.

_ Você já vai? -Lauana fez biquinho.

_ Sim, Lau. Prometi ao meu pai que voltaria antes do almoço. -Sorri.

_ Amanhã a gente se vê, tá bom? -Dei um abraço nela.

_ Tudo bem, amiga. Vou te levar em casa, mas antes, vamos tomar café. Meu pai está lá em baixo esperando nós duas. -Ela se desvincilhou do abraço e abriu a porta.

Saímos do quarto e descemos as escadas, em direção à cozinha. Nos sentamos e Lauana me serviu. Tinha sonho, suco, café, torradas e bolo de maçã com canela.

_ Bom dia, senhor Oliveira. -Eu sorri.

_ Bom dia, senhorita Pereira. -Sorriu de volta.

Terminei de comer e me despedi do pai da Lau. Lauana e eu saímos da casa e entramos no carro.

_ Como foi o fim da noite? -Lau perguntou, curiosa.

_ Foi bem... -Senti minhas bochechas vermelhas.

_ E com Marília? -Ela foi invasiva.

_ Ela só me trouxe em casa, Lau. -Fui curta.

_ Sei... Tá pintando alguma coisa no ar. -Ela riu.

_ Só se for a sua inconveniência! -Ri.-
_ Já disse que gosto de homens.

_ Você já ficou com alguma mulher? -Ela era descarada nas perguntas.

_ Aí meu Deus, não! Nunca pensei nessa possibilidade, Lauana. -Tapei o rosto com as mãos.

_ Mas, devia... Ainda mais se a mulher for a senhorita Dias. -Ela sorriu e começou a dirigir.

_ Você às vezes é muito inconveniente, sabia? -Eu ri.

_ Eu sei. -Ela fez careta

Tomei a liberdade de ligar o rádio e coloquei na JBFM. Minha rádio preferida da vida. E começou à tocar:

Indomável coração || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora