SE NÃO TIVER BASTANTE ESTRELINHA EU NÃO CONTINUO
- Anda, gatinha. -André me envolveu pela cintura.
- André, sério? -Bufei, tirando meu óculos e colocando em sua caixinha.
- Eu disse que te buscaria. - Ele riu.- - Vamos, Doutora! Você precisa descansar, curtir um pouco. - Ele sorriu.-
- Prometo que vai ser legal.- Tudo bem, tudo bem. - Revirei os olhos.-
- Mas se eu não gostar, eu volto para casa. - Ele revirou os olhos e nós saímos do hospital.- Vamos. - Abri a porta do carona para ele entrar.
- Você dirigindo? - Ele Gargalhou.
- Você é doente? - Ri.-
- Você não é o único que tem carteira.- Mas eu sempre dirijo. - Ele deu de ombros e ligou o rádio.
Estava tocando photograph, Ed sheran.
- Troca. - Me fazia lembrar de Marília e por mais que eu estivesse feliz por tê-la encontrado, ainda sofria com tudo o que aconteceu.
- Entendi. - Ele compreendeu meu desespero e mudou para a FM.
Fomos o caminho todo em silêncio. Vez ou outra André tentava puxar assunto e me animar, mas a minha cabeça estava à mil e eu sabia que não conseguiria relaxar.
- Prontinho. - Estacionei o carro em frente a sua casa.
- Você tem meia hora. - Ele piscou e saiu do carro.
Estacionei na minha garagem e entrei em casa, já largando minhas coisas pelo sofá. Maiara tinha saído com o bebê, disse que ia visitar a madrinha dele que havia chegado de viagem.
- Cê por aqui, Salem? - Minha bolinha de pelo se esfregou por entre minhas pernas.
Peguei meu monstrinho nos braços e afaguei suas dobrinhas, até ela miar e pular do meu colo.
- As vezes eu tenho certeza de que você é Ariana. - Ri, batendo minha blusa cheia de pelos.
Fui até meu quarto e busquei minha toalha, entrando no banheiro logo em seguida. Tomei um banho quente e relaxante. Enquanto a água caía sob meu corpo, eu me lembrava de Marília, de suas doces palavras. Do seus lindos olhos castanhos... Por que ela tinha que mexer tanto comigo? Nunca fui capaz de esquecer suas mãos passeando pelo meu corpo, desenhando minhas linhas e ligando minhas pintas. Quanto mais eu evitava, mais ela me arrebatava por dentro. E isso era destruidor... Ora de maneira boa, ora de maneira ruim. Tinham dias que eu pensava que não iria suportar tamanha dor.
Eu pensei que fosse ser diferente. Nosso reencontro me trouxe uma felicidade que há tempos não sentia, mas também me trouxe uma enorme tristeza. Eu ainda precisava ser forte e olhá-la todos os dias. Por vezes pensei em passar a paciente, mas não conseguia. Meu coração queria cuidar dela, estar com ela... Porque era ela. Era porque tinha de ser.Afastei os pensamentos e desliguei o chuveiro, me enrolando na toalha e indo para o guarda roupa. Separei uma blusa de gola alta branca e um macacão jeans preto com margaridas. Passei uma maquiagem rapidamente, apenas para me dar um ar de saudável e me vesti. Calcei meu vans preto e coloquei meu relógio de pulso. Coloquei meu celular para carregar enquanto esperava pelo André. E não demorou muito até que ele chegasse.
- Meu Deus, você é muito gata! - Ele sorriu.
- Bobo. - Sorri envergonhada.-
- Vamos?- Vamos na minha moto? - Sugeriu.
- Com tanto que você não esteja bêbado. - Ele riu.
- Vamos.
Fiz carinho na Salem antes de sair e nós caminhamos até a sua Honda CB 1000 e ele me entregou um capacete branco. Afivelei o mesmo e subi na garupa. Segurei em sua cintura, porque eu sabia o quanto ele gostava de velocidade.
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Indomável coração || Malila
Fiksi PenggemarCarla Maraísa é uma adolescente de dezessete anos que acabou de entrar para a tão sonhada escola naval brasileira, uma instituição de Ensino Superior da Marinha do Brasil que tem por objetivo formar mental e fisicamente jovens brasileiros que irão o...