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Olhei para a mulher que ali estava, observando cada detalhe do seu corpo alvo e curvilíneo. Seus olhos miravam os meus, deixando-me excitada, sentindo aquela onda de alta-tensão percorrer cada centímetro do meu corpo. Seu olhar exalava uma luxúria nunca presenciada por mim antes. Meus dedos percorriam os ossos do seu colo, enquanto meus olhos acompanhavam meus movimentos. Senti seus dedos apertando levemente minhas coxas, fazendo-me remexer em seu colo. Fechei os olhos para segurar um suspiro ao sentir o movimento mais forte de suas mãos, tão firmes, tão saudosas, que sabiam exatamente o que e como fazer.

Minhas mãos desceram, circulando seus seios por cima do sutiã, mordendo os lábios ao sentir o calor que eles exalavam por cima do tecido.

- Gostosa! -Curvei meu corpo na altura do seu, sussurrando em seu ouvido, deixando uma mordida no lóbulo de sua orelha. Observando seus pêlos se arrepiarem novamente.

Voltei à posição de antes, dando continuidade aquela provocação. Marília fechou os olhos, apertando mais forte a minha cintura. Desci meus dedos até seu abdômen, circulando o local. Sentia o peso do seu olhar sob mim, tal como sentia os seus poros gritando meu nome. Meus dedos continuaram desenhando seu corpo, até chegar em sua virilha. Ela era tão quente, que meus dedos podiam arder levemente naquele momento. Alisando vagarosamente o local, escutei-a soltar um suspiro curto. Um sorriso sacana nasceu em meus lábios.

- Maraísa... -Marília sibilou.-
- Você vai mesmo continuar?

- Honestamente, senhora Dias... -Interrompi, observando-a. Um silêncio me invadiu quando um pequeno flash passou em minha mente. Lembrando-me da primeira vez em que nos esbarramos no corredor da escola, da primeira aula que ela mentoreou. Balancei minha cabeça, voltando meu olhar a ela, que retribuía o mesmo.

Marília aproveitou o meu momento de nostalgia e usou-o à seu favor. Inclinou seu corpo, agarrando minha cintura e trocando nossas posições. Agora, era ela quem estava sentada em meu colo. Apoiando o peso do corpo com as mãos, esperei que dissesse algo relacionado ao meu momento de recordação. A ligação que tínhamos era extraordinária e eu sempre me perguntava se ela pensava o mesmo que eu.

- Eu sei que está lembrando dos nossos primeiros momentos. -Inclinou-se para baixo, sussurrando em meu ouvido.-
- Da primeira vez que nos vimos... Do esbarrão que me deu... tsc tsc tsc. -Sussurrou.-
- Menina desastrada! -Mordeu o lóbulo da minha orelha, arrepiando-me. Fazendo meu corpo sentir uma grande descarga elétrica que subia e descia pelo meu corpo.

Marília distribuiu beijos molhados em meu pescoço, mordendo meu queixo, cada pedaço da região. E eu suspirava, me arrepiava, sentindo o poder que ela tinha sob mim.

Eu sentia a sua respiração quente passeando em minha pele, me enlouquecendo o juízo. Ela selou nossos lábios com um beijo molhado, sem pressa. Nossas línguas se encontraram e se movimentavam vagarosamente, deixando-me cada vez mais entregue. Senti suas mãos subindo pela minha cintura, até chegar nos meus cabelos, onde ela agarrou os fios com força, puxando-os. Fazendo-me soltar um gemido arrastado, que estava preso em minha garganta. Marília parou o beijo no mesmo momento, olhando em meus olhos.

- Menina... - Sussurrou, encarando-me.

Eu, que nunca havia olhado para seus olhos tão de perto, começava a entender o real poder que exerciam sob mim. Era aquele maldito par de olhos castanhos com que me faziam ficar cada vez mais apaixonada por ela. Havia algo naqueles olhos, que eu, humanamente falando, jamais conseguiria explicar.

- O que foi, M-a-r-i-l-i-a? -Sussurrei silabicamente contra seus lábios e ela apenas voltou a me beijar, dessa vez com mais vontade.

Eu sentia a malícia e a luxúria daquele beijo. Suas mãos embolavam em meus fios, enquanto eu segurava sua cintura, descendo e subindo minhas mãos. Alternando entre ela e seu abdômen. Quando senti novamente a sua língua tocar a minha, apertei sua cintura, suspirando baixo, para que só nós pudéssemos ouvir. Ela desgrudou nossas bocas, descendo os beijos até o meu pescoço, onde novamente, ela mordeu e chupou, sem receio de me deixar marcada.

Indomável coração || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora