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Suas unhas arranhavam de leve a minha nuca, enquanto nosso beijo se instensificava cada vez mais. Minhas mãos, que antes estavam em minhas coxas, agora seguravam e apertavam sua cintura com delicadeza. Sua respiração quente desceu por minha nuca, deixando-me excitada. Meu cérebro sentia cada inspirada de suas narinas em meu pescoço, mandando mensagens para o resto do meu corpo e arrepiando meus pelos quase que instantaneamente. Apertei um pouco mais forte o osso de sua cintura, fazendo-a suspirar ali. Subi minhas mãos por seu corpo e agarrei seus lábios como se minha vida dependesse disso e acreditem, ela dependia. Nossas línguas se encontraram e eu pude ouvir um pequeno gemido que estava preso em sua garganta. Mais uma onda de arrepio percorreu meu corpo, constatando o quanto eu sentia falta daquela mulher.

- Me leva daqui. - Pedi, interrompendo o beijo.

- Para onde quer ir? - Mirou seus olhos castanhos, que agora estavam cobertos de luxúria nos meus.

- Para onde quiser.

- Não tem medo? - Um sorriso sacana surgiu no canto dos seus lábios.

- Não consigo ter medo quando estou com você.

- Mas deveria. São oito anos sem nos vermos. O tempo muda tudo, inclusive as pessoas. -Sua frase me fez arquear uma das sobrancelhas e cruzar os braços.

Tudo ficou ainda mais confuso quando ela me olhou, tentando segurara a risada

- Não tô entendendo esse papo, Marília.

- Tô brincando com você, boba! -Riu.-
- Vamos para um hotel?

- Até para as estrelas, se você quiser. - Sorri e tentei descer de seu colo, mas suas mãos firmes me seguraram.

- Você é só minha, sabe disso, não sabe? - Apertou minha cintura

Naquele momento, nenhuma palavra precisou ser dita entre nós. Ao invés disso, meus lábios selaram aos dela num beijo calmo, cheio de ternura.

- Eu te amo, meu bem.

- Eu também, querida. - Beijou minha testa e eu saí de seu colo, sentando no banco do carona

Liguei a rádio, estava tocando Dona - roupa nova. Abri um sorriso de ponta a ponta e olhei para Marília, que estava dirigindo. Observei com detalhe todos os sinais, as marcas de expressões que o tempo fez o favor de firmar e ainda assim, aos meus olhos, fazia dela a mulher mais linda do mundo. A maneira com que ela manuseava o volante e que vez ou outra olhava de lado para mim, me faziam sentir a mulher mais sortuda do mundo.

- É a moça da cantiga, a mulher da criação. Umas vezes nossa amiga, outras vezes perdição... - Cantarolei olhando para ela, que soltou uma gargalhada.

- Ah, menina... Você me faz a mulher mais feliz de todo o mundo. - Ela parou o carro no sinal, virando-se para mim e beijando a testa da minha mão.

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- Meu doce, acorda! - Escutei uma voz angelical me chamando.

- Hm? - Esfreguei meus olhos com dificuldade.

- Chegamos. - Abri meus olhos e encarei aquele par de olhos castanhos fitando minha expressão sonolenta.

- Por que não me acordou antes?

- Porque sentia falta de ver você dormir... -Suspirou.-
- Me traz paz.

- Vamos subir? - Pedi, envergonhada,

- Você é mesmo um doce, menina. - Colocou uma mecha do meu cabelo para o lado. Marília acariciou meu rosto com o polegar enquanto olhava para os meus lábios. Tal ato me fez, involuntariamente, passar a língua por entre os mesmos

- Maraísa, Maraísa... - Balançou a cabeça negativamente.

- O que? - Me fiz de desentendida.

- Você é irresistível, sabia? - Proferiu com um sorriso sacana nos lábios.

- Então me leva... - Sussurrei em seu ouvido.-
- Para o q-u-a-r-t-o. - Sussurrei silabicamente.

Marília me olhou mais uma vez, tirando meu cinto e saindo do carro. Saí em seguida e ela estava me esperando ao lado de fora. Entrelacei meus dedos nos seus e ela apertou sua mão mais forte na minha. Seguimos em silêncio até o Hall do hotel, onde ela fez o Check-in e pegou as chaves. Num silêncio reconfortante, andamos até o elevador e entramos no mesmo, ela apertou o oitavo número e olhou para mim de lado, mais uma vez, me derretendo por dentro. Quanto mais próximas do oitavo andar, mais uma onda de calor percorria meu corpo. Eram os estrógenos mandando sinais para o resto do meu corpo, avisando que estávamos próximas do quarto. Apertei sua mão mais forte, e Marília não olhou para mim.

Foi quando chegamos ao quinto andar, que ela me colocou entre a parede, prendendo meu corpo com o seu, roçando suas pernas no meio da minha intimidade. Marília, num ato impetuoso, agarrou meus lábios, beijando-me apaixonadamente, apertando seus dedos em minha cintura. Castigando meus lábios com uma mordida. E eu me entregava, me derretia em seus braços e em cada ato de amor que proporcionava.

Agarrei seu pescoço com as mãos e soltei um baixo gemido quando sua língua encontrou a minha. Sentindo sua pele se arrepiar ao entrar em contato com as minhas unhas que arranhavam-lhe o pescoço sem muita preocupação.
Rapidamente abri os olhos ao escutar o barulho do elevador, avisando que estavámos no próximo andar. Lila agarrou mais forte minha cintura, fazendo-me soltar um gemido rouco, enquanto sua língua pedia passagem em minha boca. Mais um gemido foi ouvido da minha garganta quando nos encontramos. Tinha a sensação de que meu corpo inteiro estava em chamas. Sem ao menos uma pausa para respirar, ela me pegou em seu colo, saindo do elevador e buscando o cartão dentro do bolso. O riso nos lábios foi quase invevitável.

Entramos no quarto e ela fechou a porta com meu corpo, chocando minha coluna na madeira escura. Senti um leve incomodo, que logo foi substituído pela excitação que umedecia minha calcinha. Suas mãos, agora estavam firmes em meu bumbum, enquanto as minhas corriam pela alça de sua blusa, escorregando-as junto com as do seu sutiã.

- Que saudade de você, amor! - Sussurrei em seu pescoço, enquanto distribuía beijos e chupões no local.

Desci de seu colo, segurando em seu pescoço com a mão esquerda, olhando em seus olhos e apertando sua cintura com a direita. Encarando aqueles olhos, conduzi seu corpo até a cama, terminando de tirar as roupa que lhe sobraram, restando apenas uma calcinha de renda escura. Subi em seu colo, na altura de sua cintura, empurrando seu corpo, que caiu como uma luva na cama.

- Ah, Mendonça! -Sussurrei por entre seus lábios.-
- Não sabe o quanto esperei por esse momento. -O sorriso lascivo em meus lábios foi instântaneo.

- E agora que estou aqui, o que vai fazer? - Seu olhar carregado de luxúria me deixava cada vez mais entregue.

- Eu amo você, mas hoje, senhorita Dias, sou eu quem mando! - Sussurrei em seu ouvido, castigando seu lábio inferior com uma mordida.

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Talvez eu poste outro mais tarde ou amanhã, por favor, favoritem e comentem bastante

Indomável coração || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora