A Noite Da Operação

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Estava lendo um de meus diários quando o vejo se espreguiçando ainda deitado em meu colo. Jean abre os olhos com dificuldade, roça os punhos sobre os mesmos e finalmente crava a visão em mim.

- Bom dia, flor do dia – digo calmamente e ele grita de susto, se levanta rápido, sua respiração estava acelerada.

- A gente...? – ele aponta para mim e depois pra ele mesmo – como? Não... Não me lembro...

- Sim, a gente... – aproximo seu rosto do meu até sentir sua respiração tocar minha pele, movimento meus lábios de forma simples e ainda sim sensual – não se lembra de ontem quando...te tirei daquele chiqueiro? – me afasto e começo a rir – você estava deplorável, e ainda está com cheiro de álcool barato e merda de porco!

- Tsc. Não acredito, logo você me encontrou... – ele esfrega as mãos no rosto com força. Logo após olha o ambiente ao redor e percebe onde estamos – estamos na casa da minha família? Como você me trouxe até aqui? Estávamos a quilômetros e...

- Hey. Hey. Calma. Eu sabia o distrito, quando chegamos te levei até uma hospedaria para te deixar um pouco mais apresentável, afinal, não pegaria bem te trazer até aqui todo sujo e desacordado. Sou uma mulher de respeito, o que sua mãe pensaria de mim?! Com certeza iria achar que estou te levando pro mau caminho...

- Não fode – ele ri, revirando os olhos -obrigado, por me trazer pra casa e cuidar de mim. Mas essa viagem foi perca de tempo, eu tinha marcado de encontrar o Connie e ir pra Ragako.

- Pois é... Sobre isso, você ta meio atrasado. Eu fui ontem pra Ragako com o Connie. E só pra você saber, ele estava chateado por você ter desaparecido sem avisar, mas também estava preocupado.

- Imagino que sim... – seu rosto estava aparentemente cansado, mas ainda havia algo que estava o incomodando. Então continuo.

- Tive o trabalho de te trazer até aqui para termos uma boa desculpa. Ele é seu melhor amigo, Jean. Se ele realmente quiser saber o que aconteceu, diga que veio ver sua família, não precisamos contar a ninguém sobre o ocorrido do bar, até por que seria bem vergonhoso!

- Ta bem... Fico te devendo – ele me abraça - valeu mesmo! E... O que você e minha mãe ficaram fazendo em quanto eu dormia?

- Conversamos bastante. Ela me contou várias histórias de quando você era pequeno – ele cora e eu começo a rir – sua mãe é um amor de pessoa, Jean boy.

- Não. Não me chama disso nunca mais, eu te imploro!

- Hã? Poxa, achei um apelido tão fofo!

- O que mais vocês conversaram? Aposto que arrumaram alguma forma de me envergonhar ainda mais.

- Bem... Isso depende se acha constrangedor sua mãe e eu termos dado banho em você – ele fica todo vermelho, não sei distinguir se era de vergonha ou raiva – você estava até que limpinho, eu já tinha te dado uma geral antes de virmos para cá, mas ela não gostou das roupas largas que você tava usando, disse que cheirava a mofo.

- Espera um pouco, você me viu pelado duas vezes ontem?

- Sim. E fui obrigada a te deixar em um estado aceitável para te trazer pra casa...

- Obrigada? Você parece ter se aproveitado da situação, isso sim.

- Deixa de ser mala – soco seu braço - Eu fui é muito gente boa em ter cuidado de você. Até roubei aquelas roupas.

- Roubou? – ele estala os olhos e arqueia as sobrancelhas - Sério isso? Você é inacreditável.

- Ta reclamando do que? Você nem se lembra do que aconteceu ontem, dos perrengues que eu passei pra te manter a salvo.

Freedom Wings - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora