Calmaria do Despertar

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Conforme previsto, o plano de utilizar Connie e Armin como iscas rapidamente revelou-se ineficaz. O grupo assistia impotente, enquanto a facção Yeager percebia a armadilha e agia com calculada destreza. A situação no porto tornou-se ainda mais tensa.

— Eu disse que era perda de tempo — declarei, engatilhando a base do DMT e ajustando as lâminas. — Vamos, precisamos agir agora!

Mikasa e eu nos deslocamos velozmente em direção ao edifício onde, supostamente, os Azumabito estavam sendo mantidos como prisioneiros. Nossa abordagem foi ágil, penetrando pelas janelas do prédio e surpreendendo, neutralizando alguns dos soldados da facção.

Enquanto avançávamos pelos corredores do edifício, enfrentamos resistência por parte dos Yeageristas, que tentavam nos impedir. O som dos conflitos reverberava pelos corredores, uma coreografia frenética de lâminas e ataques coordenados. Mikasa, exibindo sua maestria no combate, lutava ao meu lado, e juntas progredíamos pelo prédio, desmantelando a resistência inimiga enquanto protegíamos os Azumabito.

Os rostos aflitos e temerosos dos reféns refletiam o terror que haviam enfrentado nas mãos da facção Yeager. Orientamos que se encaminhassem para o porão, visando garantir sua segurança, conscientes de que a facção poderia retaliar com lanças de trovão a qualquer momento.

Conforme antecipado, mal começamos a descer os lances da escadaria quando o bombardeio começou. Estávamos no topo da escada, eu e Mikasa, quando o grito da senhora Kiyomi chamou nossa atenção; cerca de três soldados inimigos haviam nos localizado. Mais rápido do que eu esperava, meu corpo reagiu, lâminas em punho. No entanto, antes que eu pudesse atingi-los, os três caíram no chão com perfurações de bala em suas cabeças, e sangue se espalhou por todo lado.

— Por aqui, Azumabito! — Do outro lado do corredor, avistei Magath, Hange e Jean, armados e prontos. — Vamos nos esconder no porão! Venham comigo se quiserem viver!

Descemos apressadamente pelo corredor, seguindo Magath enquanto os sons ensurdecedores do bombardeio continuavam. A urgência pairava no ar, e a determinação em nossos rostos refletia a gravidade da situação.

— Nós ficaremos encurralados no porão! — A senhora Kiyomi indagou ao ver as explosões causadas pelas lanças de trovão tão próximas de nós. — Será apenas questão de tempo até que eles nos matem!

— Se estivermos seguros, eles vão poder fazer o que quiserem — Magath respondeu.

Esperávamos pela intervenção de Annie e Reiner. Ao se transformarem em Titãs, ambos conseguiriam devastar a facção Yeager.

Estava pronta para retornar ao campo de batalha junto com Mikasa quando os Azumabito nos comunicaram algo crucial. Mesmo com todo o equipamento necessário, seria preciso um dia para realizar toda a manutenção necessária para o hidroavião decolar. No melhor dos casos, os engenheiros poderiam concluir o trabalho na metade do dia.

Diante dessa informação, Magath e Hange trocaram olhares, conscientes de que se demorássemos tanto tempo, não adiantaria mais nada. Afinal, os Colossais estavam marchando mais rápido do que o estimado. Sem contar que não conseguiríamos manter o controle do porto por tanto tempo, mesmo que eliminássemos todos os membros da facção que estavam aqui; logo, reforços chegariam.

Aconselhei Mikasa a prosseguir sozinha. Ela assentiu, expressando determinação em seus olhos. Com um aceno rápido, lançou-se à frente, ágil e letal, desaparecendo nos corredores do edifício.

A senhora Kiyomi teve uma ideia: um hangar dos Azumabito em uma cidade marleyana. A manutenção poderia ser realizada lá, mesmo que não tivéssemos garantias do tempo que duraria. Era uma aposta arriscada, mas era o melhor que tínhamos no momento.

Freedom Wings - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora