Freedom Wings - Levi Ackerman

Tatakae

— Senhores! — Minha voz ecoou mais uma vez, preenchendo o salão e capturando a atenção de todos. — Para aqueles que não presenciaram o Estrondo e não têm noção do perigo real que existe em ameaçar Paradis, vou me apresentar formalmente. Meu nome atualmente é S/n Ackerman, mas não se enganem, o sangue dos Ackermans não corre em minhas veias. Na verdade, sou descendente da família real. Nos livros de história, fui conhecido como a Rainha dos Demônios. Sou um dos Titãs que foram contratados contra Eren Yeager. Possuo o Titã Fundador e, ao contrário de todos os outros que eram controlados pelo Titã Coordenado dos irmãos Yeager e perdeu seus poderes quando o mesmo foi morto ao final da batalha entre céu e terra, eu possuo o último Titã.

Minhas palavras ressoaram pelo salão, relacionadas com gravidade e significado. Era chegada a hora de revelar minha verdadeira identidade e o poder que eu representava. Era a única chance de evitarmos uma catástrofe iminente e garantirmos a segurança do Paraíso e de todos que amávamos.

Diante das vozes descrentes e das acusações de mentira vindas da plateia, mantive minha postura firme, determinada a fazer com que meus sentimentos fossem compreendidos.

— Querem pagar para ver? — Respondi, minha voz ecoando com calma e autoridade sobre o tumulto. — Meus amigos e minha família vão sair daqui em segurança e voltar para Paradis. Os senhores podem ficar aqui, e se é verdade que há navios de guerra indo em direção à ilha, eu garanto que os destruirei. E depois, voltarei para completar o genocídio que Eren iniciou.

O salão ficou em silêncio, enquanto minhas palavras penetravam nas mentes daqueles presentes. A incredulidade ainda pairava no ar, mas havia uma faísca de dúvida se formando, uma possibilidade de que o que eu estava dizendo pudesse ser verdade.

— Se vocês, bando de inúteis sem cérebro, estão aqui hoje, foi porque lutamos contra o chamado "demônio de Paradis". Mas neste quesito, os livros estão equivocados. O demônio foi derrotado, mas sua rainha continuou viva. E foi graças à minha piedade e benevolência que os sobreviventes do Estrondo não definharam pela fome e doença até a morte.

Os murmúrios e a agitação entre os presentes indicavam que minhas palavras estavam causando um impacto. A dúvida começava a se instalar nas mentes daqueles que anteriormente estavam tão confiantes em sua posição.

— Agora, peço que todos vocês saiam do caminho e permitam que meus amigos e familiares deixem este lugar em segurança. Não há tempo a perder. — continuei, minha voz firme ecoando pelo salão.

Pensei que poderíamos sair dali em segurança, mas no momento em que percebi Aurora se aproximando de mim, um som forte de estouro ecoou pelo salão, o cheiro familiar de pólvora logo se fez presente no ar, cortando-o com uma violência inesperada.

Instintivamente, protegi Aurora com meu corpo, empurrando-a para trás onde os outros estavam. Senti meu ombro queimar quando foi atingido por aquele disparo, mas a dor de ser baleada não era nada comparada ao medo que senti ao ver a vida da minha filha em risco.

Vi Aurora cair entre Armin e Reiner, ambos parecendo preocupados enquanto se colocavam à sua frente para protegê-la. Aurora olhou para mim com os olhos arregalados de medo, sua expressão refletindo a gravidade da situação. Encarei minha primogênita, dando a ela um sorriso de adeus, minhas mãos tremiam quando, após décadas, usei meus poderes novamente, criando um domo de cristal em volta daqueles que eu desejava proteger.

Olhei ao redor, procurando por sinais de onde o ataque poderia ter vindo. O caos se instalou rapidamente, com as pessoas correndo em todas as direções, gritos de pânico ecoando pelo salão. Era uma cena de total desordem e confusão, enquanto tentávamos nos recompor diante da repentina explosão.