Rugido

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S/n-on

Sinto que minha cabeça vai explodir, tudo parece me incomodar: a luz queima meus olhos, qualquer som se assemelha a unhas raspando na lousa e eu não suporto a ideia de alguém vir falar comigo. Desde que voltamos tenho ignorado todos a minha volta, em especial três belos homens de quem preciso manter distância.

Decido ir para casa, ficar sozinha no local que cresci, talvez me ajude a pensar. Faz meses que não viajo até lá.

'toc toc toc toc'

Quando ouço o som da porta, meu corpo estremece, nunca é um bom sinal alguém me visitando. Torço para que seja uma das garotas! faço silêncio, caminho até a porta, encosta meu ouvido na madeira tentando descobrir quem era.

- O que está fazendo S/n? - ouço uma voz masculina nas minhas costas e logo seus risos por conta da situação em que eu estava percorre meu quarto. Assim que me viro vejo Reiner, ele me encara esperando por uma reação.

- Agora você também invade o quarto dos outro?

- Só o seu! - mesmo com a aparência bruta, Reiner tem uma postura sedutora - não te via a dias, imaginei que estava me evitando, então resolvi invadir. não pode me culpar!

- Se eu estava te evitando talvez fosse porque eu não queria te ver, não acha?!

- Tem certeza disso? - ele se levanta e começa a se aproximar - eu duvido que queira ficar longe de mim! ­- Sua voz grossa me faz estremecer, ele toca meu braço e desliza delicadamente até minha cintura, seus lábios tocam os meus.

- Não vou cair nessa - empurro as mão contra seu peito fazendo-o cair na cama - tenho que terminar de arrumar minhas malas e você ta me atrasando!

- E nós vamos pra onde?

- Você eu não sei, mas eu vou para casa!

- Então, finalmente vou conhecer meus sogros? - arregalo meus olhos ao ouvir a forma que ele se referiu - Acha que vão gostar de mim? - Ele realmente está falando sério?

- Bem, se for verdade que o espírito deles continua me observando... então eles te conhecem tanto quanto eu!

- A... entendi, sinto muito, s/n! - posso ver seu olhar de arrependimento - você nunca falou deles... De onde eram?

- Sina...

- Bertholdt e eu estávamos querendo ir até Sina, para visitar uma antiga amiga, se quiser podemos fazer companhia durante a viagem.

- Ok... Podem se hospedar em minha casa durante esses dias se quiserem... Partimos logo que anoitecer então melhor se apresar!

- ótimo! Nos vemos logo - Antes de sair ele beija minha testa de forma carinhosa, seus braços me envolvem em um abraço apertado e então ele se vai.

Não demora muito para que minha porta volte a abrir, imagino que Reiner tenha se esquecido de algo. Quando me viro, me surpreendo com a figura que vejo. Ele me olha com ódio e tristeza, sua respiração está densa, já imagino o que ele deve ter visto, tenho que contornar a situação de algum jeito!

- O que vocês estavam fazendo? - ele gritava e aponta para fora - não adianta mentir pra mim, eu vi o Reiner saindo do seu quarto, s/n.

- é, e daí? você estar agindo desse jeito é o que não estou entendendo, Jean - de certa forma eu não estava mentindo, não naquele momento pelo menos - sua crise de ciúmes é patética. Reiner veio me perguntar se ele e Bertholdt podiam me acompanhar na minhas viagem até a muralha Sina!

- E por que você iria para Sina? - sua desconfiança não diminui.

- Vou visitar a casa da minha família. Reiner e Bertholdt queriam visitar uma amiga ou coisa do tipo, eles não tinham lugar para se hospedar. só tive uma atitude amigável os convidando pra ir comigo! - Ele parece se convence que estou dizendo a verdade.

Freedom Wings - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora